(Praia do Gunga, no litoral sul de Alagoas)
Neste mês de agosto, passamos 20 dias viajando pelo Nordeste brasileiro. Nossa intenção era a de gastar o mínimo possível com transporte, alimentação, hospedagem e passeios.
Adiantamos que conseguimos descobrir algumas barbadas e bocas-livres, mas que também não é nada fácil economizar numa região onde o principal objetivo das pessoas é explorar o turista.
Dados da viagem
distância percorrida: aprox. 2 mil kmnº de estados visitados: 5
cidades visitadas: 19
praias visitadas: em torno de 30
hospedagem em: 2 hotéis, 4 pousadas e 2 casas de amigos
meios de transporte: avião, ônibus, carro, van, jangada, lancha e buggy
vezes que tentaram nos explorar: centenas
vezes que conseguiram: 3
Passagem aérea
Compramos a passagem aérea com bastante antecedência, em fevereiro deste ano, pelo valor de 422 reais por pessoa (com taxa de embarque), diretamente pelo site da GOL.
O embarque foi em São Paulo (GRU) no dia 3 de agosto, por volta de umas 10 da manhã, com destino a Maceió, no estado de Alagoas. O retorno foi via Fortaleza, na madrugada do dia 24 de agosto.
Quando ir?
Logo descobrimos que agosto não é das melhores épocas para se viajar ao Nordeste. Pegamos chuva em boa parte da nossa viagem, mas felizmente intercalada com períodos de sol. Só conseguimos nos livrar do mal tempo de Natal para cima. O clima no Ceará estava extraordinariamente bom.
Em contrapartida, por ser baixa temporada em agosto, conseguimos incontáveis descontos em hotéis e passeios.
Conversamos com vários donos de pousada e guias turísticos e todos foram unânimes em afirmar que a melhor época para ir ao Nordeste é nas semanas seguintes ao feriado do Carnaval, pois ainda é clima de verão e os preços caem radicalmente.
O que levamos?
Queríamos carregar o menor peso praticável, pois sabíamos que no meio do caminho teríamos de trocar várias vezes de ônibus, ou outros tipos de transporte. Tínhamos duas mochilas e uma pequena valise de mão, mas, na metade do caminho, compramos uma terceira mochila (de trekking), não tanto por precisarmos dela, mas porque o preço estava bom.
Acabamos nem usando boa parte das roupas que levamos, pois, mesmo no "inverno" nordestino, a média de temperatura estava em torno de 28 graus. Por isto, roupas leves, camisetas e calções de banho (ou biquínis para as mulheres) fazem parte do kit básico.
Também abusamos dos Crocs, aqueles chinelões desengonçados que estão virando moda, pois, além de serem confortáveis, provaram ser uma mão na roda na praia e para andar nas rochas das piscinas naturais. Não dá para se esquecer dos óculos de sol, bonés, chapéus e do mais importante: protetor solar.
O repelente estava na mala, mas, quando precisamos, ele não deu conta e fomos obrigados a comprar um aparelhinho para espantar os pernilongos que estavam nos comendo vivos. É sempre bom carregar uma ou mais garrafinhas d'água consigo, para evitar de pagar os valores exorbitantes das barracas de praia.
Além disto, trazíamos 3 câmeras fotográfica, duas delas compactas (uma para fotografar e filmar embaixo d'água) e uma Reflex com duas lentes (uma grande-angular e outra tele).
Definitivamente, não recomendo fotografar com uma câmera que chame atenção nas grandes cidades do Nordeste (aliás, em nenhuma grande cidade do Brasil), a não ser em circunstâncias onde a segurança seja evidente. Já nas praias mais desertas, em vilas de pescadores e cidades menores, há uma maior liberdade para quem gosta de tirar uma bela foto.
Um netbook foi fundamental para mantermos contato com o mundo, mesmo que a qualidade e a disponibilidade de internet variasse de uma cidade para a outra.
Snorkels são necessários para as piscinas naturais, que podem ser alugados por valores relativamente módicos (por volta de 5 reais), mas muitos passeios os incluíam de graça. Optamos por trazer os nossos.
Dinheiro e cartão
Por razões de segurança, jamais carregamos muito dinheiro conosco.
Há caixas eletrônicos 24 horas e bancos em todas as capitais e em muitas das cidades pequenas. Quase todos os restaurantes em que estivemos aceitavam cartão de crédito ou débito, porém os passeios (buggy, lancha ou van) tiveram de ser pagos em dinheiro. Várias vezes tivemos de pedir para o bugueiro ou o motorista parar em algum caixa eletrônico porque havíamos sido pegos "desprevenidos" (é óbvio que isto não podia ser feito numa lancha).
Os ônibus interestaduais também foram pagos em dinheiro vivo. Os hotéis e pousadas foram pagos adiantados.
Segurança
Se você estiver vindo com um pacote, provavelmente não verá muito do que vimos fazendo a viagem por conta. Apesar da opulência das áreas turísticas das cidades do Nordeste, esta ainda é uma região muito pobre, onde o turista está sujeito a furtos e roubos.
Sentimo-nos inseguros várias vezes durante nossa rota, principalmente no estado de Pernambuco, e recomendamos o máximo de cautela em rodoviárias e em transporte público, como ônibus e metrôs. Jamais deixe sua bagagem desacompanhada, nem ostente jóias, relógios ou objetos caros.
Dependendo das suas feições ou sotaque, você dificilmente deixará de atrair atenção, ainda mais se for estrangeiro. O ideal é tentar ser o mais discreto possível.
(continua...)
Northeast Brazil for the Tight-fisted
(Praia do Gunga, Alagoas southern shore)
This August, we spent 20 days traveling in Northeast Brazil. Our goal was to spend less money possible on transportation, eating, lodging and sightseeing.
We`ll tell you beforehand that we`ve gotten some deals and free-rides, but also that`s not an easy task to save money in an area where everybody want to rip you off.
Trip information
distance traveled: aprox. 2000 km# of States: 5
Cities: 19
Beaches: around 30
Lodging: 2 hotels, 4 hostels and 2 friend's houses.
Transportation: plane, bus, car, van, raft, speedboat and buggy
ripoff attempts: hundreds
ripoffs accomplisheds: 3
Air ticket
We bought the air ticket in advance, in february, for 422 reais (boarding charge included) directly at GOL's website.
The flight departed from São Paulo's airport (GRU) to Maceió, Alagoas State, on August 3rd, around 10am. The flight back departed from Fortaleza, on August 24th early morning.
When to go?
We soon discovered that August is far not the best season to travel to Northeast. It was mostly rainny, fortunately sunny at times though. The weather got better when we arrived in Natal and, in Ceará, it was incredibly beautiful.
On the other hand, August is low season, so we managed to get some discounts in hotels and sightseeing.
Some hostels owners and tour guides agreed that the best time of the year to travel to Northeast Brazil is during the weeks after Carnival (which takes place in the end of February or beginning of March), when it's still summertime, but everything is much cheaper than the prior months.
What we brought?
Since we'd have to take many buses or other means of transport, we wanted to carry less load possible. We brought two backpacks and a small suitcase, but in the middle of the way we bought a third backpack, not because we needed it, but for its price.
We ended up not wearing most of the clothing we packed, for the northeastern “winter” average temperature was around 28 degrees (Cº). Thus, light clothing, tees and bathing suit are going to be your basic apparel all year long.
We used Crocs a lot, those huge and flimsy sandals, because they're comfortable and proved to be very handful on the beach and to walk on the rocks at the sea pools. You mustn't forget sunglasses, caps, hats and the most important: sunscreen, as well.
There was repelent in our bag, but, when it was necessary, it didn't work and we had to buy an electronic repelent against the mosquitos that were eatings us alive. It's a good idea to carry some bottles of water with you all the time, so you can avoid paying the unbelievable prices the beaches kiosques charge.
Besides, we had 3 photo cameras with us, two point-and-shoot (one underwater camera) and one SRL with two lenses (a wide-angle and a telephoto).
Definitely, I do not recommend to carry a fancy camera in Northeast big cities (actually, in none of Brazil big cities), unless in some circunstances where safety is evident. But in some desert beaches, fishermen villages and smaller cities, the shutterbugs will be able to shoot freely.
A netbook was very important to keep contact with the world, but internet connection quality and availability was unequal from one city to the other.
Snorkels are a necessary equipment for the sea pools, and you can rent one for a reasonable price (some 5 reais), but most of the sightseeings offered snorkels for free. We prefered to bring ours.
Money and credit card
For safety reasons, we never carried lots of money on us.
There're ATMs and bank branches in every major city and in most of the small ones. Almost every restaurant we've been at accepted credit or debit cards, however when sightseeing (buggy, speedboat or van) we had to pay in cash. Many times we had to ask the driver to stop near an ATM, because we didn't have enough money for the ride (it couldn't be done in a speedboat, for obvious reasons!).
Interstate buses were paid in cash. Hotels and hostels were paid in advance.
Safety
If you're coming with a travel package, you'll probably not see what we saw traveling by ourselves. The touristic areas in Northeast might be very opulent, but this is a very poor region of Brazil still, where a traveler is a potential victim to theft or robbery.
Many times during our trip we felt unsafe, specially in Pernambuco state, and we'd recommend to be cautious in bus terminals and while using public transportation, such as buses and trains. Never leave your luggage unattended, nor show jewelery, expensive watches or other valuable objects.
We heard stories of armed robbery in buses, and it might happen on a daily basis, since interstate buses stop all the time to pick passengers up on the road.
Depending on your facial features or accent, you'll hardly pass unnoticed. That you'll be worse if you're a foreigner. Try your best to be discreet.
(to be continued...)