Leia sobre nosso segundo dia, em Mônaco e Nice
O dia amanheceu belíssimo em Nice e, às 10:30, deixamos a cidade em direção a Cannes.
O primeiro mico do dia foi na hora de abastecermos o carro. Paramos numa bomba self-service, mas que só aceitava cartão. Nossos três cartões foram recusados, então passamos para uma outra bomba, mas não encontrávamos onde inserir o cartão ou dinheiro. A nossa dúvida também era qual o tipo de combustível do nosso carro. Perguntamos para um dos clientes como fazíamos e, em italiano, ele nos explicou que devíamos encher o tanque e depois pagar dentro do posto. Perdemos uns 15 minutos nesta tentativa de abastecer o carro.
A rota mais rápida até Cannes seria pela autoestrada A8, a pedágio, mas optamos pela Route Nationale (ou Av. de Nice), mais panorâmica, margeando o mar. É um trecho muito tranquilo, apesar das várias curvas, mas tem de ficar atento com os limites de velocidade, que mudam bastante, entre 70, 50 e 30 km/h.
Cannes
Ao chegarmos a Cannes, caímos num pequeno congestionamento até o estacionamento onde deixamos o carro (perto do centro histórico). Da garagem até o centro histórico de Cannes eram apenas umas duas quadras, numa caminhada de uns 5 minutos.
Logo encontrarmos o mercadão (Marché Forville), repleto de frutas, verduras e legumes frescos.
Dali, seguimos para a Vie Meynardier, uma das artérias da Croisette, com várias lojas e restaurantes, onde paramos para provar uma quiche de queijo, presunto e alguma outra coisa em francês. Duas quiches custaram 5 euros.
Depois de uma volta pela marina de Cannes, que perde um pouco a graça depois de ter passado pela de Mônaco, subimos para a igreja Notre-Dame D'Esperance, no topo de uma colina, de onde se pode ter uma linda vista da cidade.
Além disto, o próprio percurso de subida já é bastante interessante, passando por ruelas históricas que nos transportam no tempo.
Em Mônaco e Nice, ainda foi possível encontrar bastante gente que falava inglês ou italiano. Já em Cannes, a comunicação se tornou um pouco mais complicada. A vendedora das quiches era filha de portugueses, então falava um português razoável, mas, no restante dos estabelecimentos, estava difícil explicar o que queríamos.
O estacionamento em Cannes nos custou 2,40 euros e foi o cenário do segundo mico do dia. Ao chegar perto do carro, percebi que o vidro do carro estava aberto. Primeiro, pensei que alguém havia quebrado-o para nos roubar, mas como não vi nem um caco de vidro no chão, cheguei a conclusão que havia esquecido de erguer o vidro depois de pegar o ticket do estacionamento. Mas tudo estava dentro do carro com o vidro aberto: o som, todas nossas malas, o GPS, tudo!
Lição a se levar para vida: nunca mais se esquecer de fechar o vidro.
Pegamos mais um pouco de tráfego para deixar a cidade, mas recuperamos o tempo na autoestrada A8, com limite de 130 km/h, com motoristas bastante civilizados. Havíamos lido que esta é uma das rodovias mais caóticas e perigosas da França. Talvez tenhamos tido sorte, mas não vimos nada de extraordinário (caótico, para mim, é o anel que contorna Roma!). Acredito que a situação possa ser um pouca mais bagunçada durante o verão, quando hordas de turistas invadem a Riviera Francesa.
O pedágio entre Cannes e Aix-en-Provence custou 13 euros.
Aix-en-Provence
Esta cidadezinha provençal nem é tão conhecida, mas vale uma passada. O centro histórico é encantador e bastante movimentado.
O melhor mesmo são as opções gastronômicas, quase todas de encher os olhos. Nossa primeira parada foi no Paul, uma rede francesa de panificadoras e confeitarias com uma das mais cheirosas e apetitosas baguetes que já vi. Vale experimentar seus croissants e hoje nos arriscamos no macaron tamanho gigante. Desembolsamos 7 euros por 1 croissant de chocolate, um sonho de framboesa e dois enormes macarons de chocolate.
http://www.paul.fr/
Dois programas obrigatórios nesta cidadezinha: bater perna no centro histórico e caminhar pela rua principal, o Cours Mirabeau, onde estão várias fontes pelas quais a cidade é conhecida.
Próximo da maior destas fontes está o ultra-futurista escritório de informações turísticas. Além dos usuais funcionários para ajudá-lo, há também painéis digitais enormes onde você pode pesquisar atrações, restaurantes, peças teatrais em cartaz e muito mais. O próprio escritório acaba sendo uma atração em si.
Prosseguimos para o nosso hotel, o Formule 1 de Meyreuil, uma cidade perto de Aix-en-Provence. A diária feita pela internet foi de 24 euros, com quarto de casal, mas sem banheiro privado, com estacionamento e internet grátis, apesar de a conexão ser catastroficamente lenta e instável.
http://www.hotelformule1.com/
Então, o terceiro mico do dia. Saímos para fazer a compra de uns mantimentos num supermercado próximo, erramos o caminho e fomos cair novamente na autoestrada com pedágio. Ao chegar na cancela, eu não sabia o que fazer, pois a máquina não estava emitindo nenhum ticket, e eu não tinha nenhum ticket para pagar. Chamei a operadora, que não falava nenhum outro idioma além de francês. Ela gritava de um lado, eu gritava do outro, o motorista de trás também gritando, quando percebi que num display estava aparecendo o valor de 90 centavos. Joguei uma moeda lá, a cancela se abriu e pegamos a autoestrada errada, que nos levaria para Aux-en-Provence, ao invés de irmos para o mercado.
Aproveitamos para dar uma volta à noite pela cidade, comer um lanche insosso no Quick, uma rede de fast food europeia, sendo que dois cheeseburguers, uma porção de fritas e um refri custaram 9 euros.
http://www.quick.fr/
Para estacionar em Aix-en-Provence, somando tanto durante o dia quanto à noite, saiu por 5 euros.
Depois, para retornarmos ao hotel, como vimos que pela autoestrada com pedágio encurtávamos o trecho pela metade, foi o trajeto que escolhemos.
Por fim, o quarto mico do dia: a Denise descobriu que havia esquecido suas Havaianas de estimação no hotel de Nice.
Balanço do dia
Distância percorrida: 180 km
Combustível: 30 euros
Pedágio: 14,8
Estacionamento: 7,4 euros
Hospedagem: 24 euros
Alimentação: 21 euros
Total para duas pessoas: 97,2 euros
Esquecer as Havaianas de estimação: não tem preço
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Continue lendo sobre nossa viagem para Narbonne
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Denise se esbaldando nos macarons...rs
ResponderExcluirE que sorte com o lance do vidro aberto do carro heinnn...
Segue viagem...
Onde você parou o carro em Cannes? Tem algum guia desse trecho (ITA-FR)?
ResponderExcluirE da Itália para Mônaco e para entrar na França temos que parar em algum alfandega ou coisa parecida?