De Porto de Galinhas a João Pessoa
Conseguimos uma carona de Porto de Galinhas até Recife, que nos deixou perto da estação do metrô. Em Recife só há três linhas de metrô, então não há muito segredo. Com a linha Centro, seguimos até a Rodoviária.
O trecho entre Recife e João Pessoa pela viação Nordeste custou, por pessoa, 29 reais num ônibus caindo aos pedaços. Após uma viagem de mais ou menos duas horas, chegamos à capital da Paraíba, arrastando atrás da gente a chuva que estava nos seguindo desde Alagoas.
O táxi da rodoviária de João Pessoa até nosso hotel custou 20 reais, sob uma chuva torrencial.
Hospedagem
Nossos problemas começaram já na chegada, na hora do check-in na Unidade I da Pousada do Caju. O preço era um dos melhores que encontramos na cidade, pelo valor de 87 reais por noite, no Tambaú, que é a região mais recomendada para se hospedar.
A distribuição da Pousada é estranhíssima, quase um labirinto de corredores e quartos. A sala de estar da pousada fica de frente para os quartos, e os quartos ficam no caminho para a piscina e para o café-da-manhã, ou seja, um tráfico de pessoas dia e noite.
Pedimos para nos colocarem num quarto silencioso, pedido que não foi atendido. Assim que entramos no quarto, deparamo-nos com algumas surpresas desagradáveis: havia xixi na privada, o chuveiro não esquentava, havia formigas na cama e o lençol estava sujo. Durante à noite, ouvíamos a conversa constante do pessoal do serviço de quarto na frente da nossa porta e, mais tarde, discussões de italianos no quarto ao lado e até gemidos. Saímos de pijamas e fomos até a recepção para solitarmos a troca de quartos, mas a pousada estava cheia e prometeram a mudança para o dia seguinte pela manhã, o que não ocorreu.
Após desgustarmos um dos cafés-da-manhã mais horríveis desta viagem no restaurante anexo à pousada - no Toca do Caju - pedimos a devolução das outras diárias que haviam sido pagas adiantadas, mas, como a transação havia sido feita pela decolar.com.br, teríamos de contatar a equipe do site e exigir o reembolso. Depois de perder boa parte da manhã tentando contatar a Decolar, requisitando a documentação comprobatória da Pousada sobre a devolução do dinheiro, e falar com toda a equipe do hotel, de recepcionista a gerente, conseguimos dar o check-out, com a promessa de recebermos o dinheiro de volta, que nunca aconteceu.
Por isto, recomendamos cautela com a Decolar, pois o nosso caso não foi o único e ouvímos, posteriormente, vários relatos de situações semelhantes, em que houve promessas de reembolso pela Decolar e que não foram cumpridas.
Sem termos lugar para dormir, caminhamos um pouco pela vizinhança e paramos no Hotel Smart, a poucas quadras dali, que era o extremo oposto da Pousada do Caju, com quartos limpos, cara de hotel de verdade e uma equipe bastante prestativa. Era um pouquinho mais caro que o anterior, 94 reais por noite, mas valeu cada centavo de diferença.
O Smart fica na Avenida Nossa Senhora das Navegantes, 602, também no Tambaú.
http://www.hotelsmart.com.br/
Alimentação
As opções de alimentação em João Pessoa são consideravelmente mais em conta do que em outras capitais do Nordeste, mesmo na região da orla. Um X-salada numa lanchonete de frente para o calçadão custou com refri e fritas 9 reais.
Já o almoço no restaurante Mangai, de comidas típicas nordestinas, custou 20 reais com bebida e uma variedade imensa e saborossíma de pratos regionais.
Os garçons vestem-se como cangaceiros e é um ambiente agradável, na Avenida Edson Ramalho, 696, no bairro de Manaíra.
É o tipo de restaurante que você tem de comer pelo menos uma vez numa viagem pelo Nordeste do Brasil, seja em João Pessoa, seja em Natal.
http://www.mangai.com.br/
Atrações Turísticas
Por causa da chuva que não dava trégua, tivemos de deixar a praia de lado. Nossa primeira parada foi no Centro Histórico de João Pessoa, com suas lindíssimas Igrejas e edifícios antigos.
Após nos perdermos (graças às indicações de um suposto "guia turístico") no que descobrimos ser, mais tarde no jornal local, a "cracolândia" de João Pessoa, conseguimos chegar à Igreja de São Bento, belíssima e em aparente processo de restauração.
Fizemos uma rápida incursão pelas ruas do Centro Histórico, que estavam vazias por causa da chuva, então pegamos um ônibus e seguimos para o farol do Cabo Branco, conhecido por ser o ponto oriental mais extremo da América continental.
Dali prosseguimos para a Estação Ciência, Cultura e Artes, localizado num edifício projetado por Oscar Niemayer e que abriga exposições, projetos e feiras culturais.
Ao redor do edifício principal, há várias esculturas e, ao contrário de outros museus nos quais é proibido tocar no que quer que seja, você é até incentivado pelos guardas a tocar e até subir nas estátuas. Uma boa alternativa de turismo cultural em João Pessoa.
http://www.joaopessoa.pb.gov.br/projetos/estacaocienciaculturaartes/
Outro progama obrigatório na cidade é a feirinha de Tambaú, com artesanato, comidas típicas, música e comediantes regionais. É melhor visitá-la à noite.
Apesar de não termos aproveitado as praias da cidade, partimos com uma boa impressão de João Pessoa. É uma cidade limpa e organizada, com uma vasta malha de ônibus e um povo atencioso.
Por fim, ao vermos na previsão do tempo que a chuva não daria trégua tão cedo na cidade, pegamos as nossas trouxinhas e seguimos rumo a Natal, onde, felizmente, havia bastante Sol.
Minha cidade é mesmo linda, pena que não deu pra curtir as praias, mas voltem futuramente. E façam um tour pelo litoral sul.
ResponderExcluirQue época não chove aí? leonevesfotografias@yahoo.com.br
ExcluirSou de João Pessoa e fiquei muito feliz com os comentários e observações a respeito de minha cidade, atualmente moro em Natal e também já me sinto natalense de coração, são cidades maravilhosas!
ResponderExcluirTambém conheci João Pessoa sob chuva. Mas até que deu pra fazer algumas coisas. O relato está aqui: http://www.vidaeviagem.com/2010/07/joao-pessoa.html
ResponderExcluirParabéns pelo blog!
Que bom que, apesar das intempéries na Pousada do Caju, deu tudo certo no final e vcs sairam com uma boa impressão daqui!
ResponderExcluirVoltem sempre!
Muito bacana a cidade de João Pessoa. Estive lá também no comecinho das chuvas, mas deu para pegar um solzinho. Amei tudio na cidade desde a comida as pessoas. Hospedei-me no Hostel Manaíra , ao meu ver o melhor hostel da rede Hosteling Internacional, Vale a pena conferir.
ResponderExcluirUm bom período p/pegar sol em J.Pessoa e conhcer as suas belíssimas praias vai de setembro e fevereiro,de maio a agosto, é muita chuva;como agora q estamos a quase 36 sob chuva.Agradecemos a visita e voltem sempre!
ResponderExcluirPelo visto estivemos em Joao Pessoa praticamente nos mesmos dias, mas tive a sorte de encontrar o hostel do Manaíra onde fiquei surpreso com o ótimo preço e localização, sem dizer que o Thiagao e a Selma da recepção são excepcionais me dando dicas e contatos louváveis.
ResponderExcluirTbm não consegui pegar uma praia mas tive uma ótima vizão de JP.
Gente, não há nada p/ fazer na cidade! Muito mais vantagem ficar em Natal, que tem estrutura para receber turistas!
ResponderExcluirMtooo enganado vc....a cidade e maravilhosa
ResponderExcluirE uma cidade muito animada a noite com bares, boates... a orla em Tambau e sempre mto concorrida.
ResponderExcluirPraia do Jacaré com o espectáculo do Bolero de Ravel ...enfim, mtoo melhor k Natal, calor humano
Realmente, João Pessoa é incomparavelmente melhor que Natal.
ExcluirJá visitei João Pessoa, o que mais me impressionou lá foi sem dúvida a Estação Ciência, um lugar maravilhoso!
ResponderExcluirTurismo | low cost - viagem barata
Eu morei em João Pessoa quase 1 ano e meio, gostei muito do clima dai, a cidade é muito bonita e tradicional,e a comida boa demais.. saudades!! o único que não gostei do povo Pessoense é que é muito fechado para acolher pessoas de fora que pretendem morar e trabalhar ai, se fosse turismo é bom só de passagem nada mais.. pois empregos é muito difícil achar geralmente...
ResponderExcluirÉ verdade, eu estou morando e João Pessoa, a cidade é maravilhosa mas para pessoas de fora encontrarem emprego é muito difícil.
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