21 novembro 2012

De Perúgia a Madri de carro - Dia 2: Mônaco e Nice



Caímos da cama, despertando às 7:30 porque havíamos deixado o carro estacionado na rua e o horário livre acabaria às 8 da manhã.


Então, aproveitamos para zarpar logo cedo, pegando um pequeno congestionamento para sair de La Spezia.


Gastamos 20 euros para abastecermos o carro e seguimos para o norte pela autoestrada A12, com destino a Mônaco. Esta é uma rodovia com algumas vistas muito lindas do mar, porém tem uma infinidade de túneis, além de termos cruzado um trecho com neblina e vários setores em manutenção.


O tráfego estava bastante tranquilo na maior parte do tempo, com exceção de um fluxo mais pesado em Gênova, a zona portuária mais importante da região.


Ao transpormos a fronteira da Itália para França, deixamos no pedágio a cacetada de 29 euros. Incrivelmente, bastou passar para o outro lado da divisa que todos aqueles motoristas italianos que desrespeitavam os limites de velocidade na Itália, subitamente passaram a dirigir devagarzinho.

Mônaco

(Rua de mão dupla em Mônaco)

A saída para Mônaco (sortie, em francês) não demorou para surgir e descemos por aquelas ruas estreitas tão características da cidade. Se você já assistiu a qualquer GP de Fórmula 1 em Mônaco já deve ter alguma ideia do que estou falando. Felizmente, ter dirigido pelas vielas da Itália já prepara o espírito para estas vias de mão dupla, mas que, às vezes, mal dá para passar com um único carro mais largo.
Além disto, a educação do povo no trânsito é incrível e um pedestre pode atravessar a rua (na faixa, obviamente) sem medo, pois todos param instantaneamente.


Mônaco é um dos menores países do mundo, menor até do que muitas cidades por aí, mesmo assim, é um reduto de multimilionários, como você poderá ver nos prédios luxuosíssimos, nos carros caríssimos e nos iates imensos atracados na marina.


Apesar de ser maravilhosa para se visitar e admirar, é o pesadelo dos mãos de vaca, a quem só resta admirar embasbacado toda aquela riqueza.


Todavia, ainda é possível encontrar algumas barbadas, pois há várias padarias e mercadinhos com preços mais razoáveis. Compramos por 2,80 euros uma espécie de pizza no Casino Supermarché, bem na Boulevard Albert 1er com a Rue Princesse Antoinette.


E, do outro lado na rua, ao longo do pier, havia uma porção de barracas com sanduíches, crepes e waffles, todas muito lotadas de locais e turistas, ou seja, para economizar, é só procurar por aquela área.

Mesmo se você não for um dos ricaços habituais de Mônaco, só o fato de andar por aquelas ruas, sentar-se na marina e observar aquele cenário, já é suficiente para elevar o ânimo.

Nice


Decidimos seguir para Nice pela Avenue Trois Septembre, pois além de ter uma belíssima vista da Riviera Francesa, não demora mais do que 30 minutos para fazer este percurso e foge da estrada com pedágio.


Primeiro, seguimos direto para o Maison du Séminaire (Boulevard Frank Pilatte, 29), aparentemente um antigo seminário transformado em hotel.


Apesar de não ser extraordinário, nos pareceu um local razoável para passarmos a noite, com wifi e estacionamento grátis, pelo incrível preço de 34 euros. Este valor só foi possível por estarmos na baixíssima temporada, pois na alta temporada do verão europeu as diárias deset hotel podem chegar até a 200 euros, o que está longe de ser justo para acomodações tão simples.

Outro ponto que pode ser uma desvantagem para alguns é a localização. O hotel fica do outro lado da marina de Nice, ou seja, para chegar até o Vielle Ville (o centro histórico) são uns 20 ou 30 minutos de caminhada. Para os preguiçosos, porém, há um ônibus que passa na frente do hotel e leva para o centro.

http://www.maison-seminaire-nice.cote.azur.fr/


O Vielle Ville é muito charmoso. Geralmente, os centros históricos da maioria das cidades costumam ter boa parte das armadilhas turísticas, contudo, este não pareceu ser o caso de Nice. Encontramos ótimas opções de refeição e lanches baratos no centro.


Compramos alguns croissants deliciosos (4 normais e 2 de chocolate) por 5 euros na Boulangerie Pan Nissa, na 1 Place San François, que seriam a nossa janta.


E uma quadra dali, no Carrefour Express da Ruelle San François, compramos queijo camembert, suco e fruta, num total de 2,50 euros.


A visita obrigatória no centro histórico é a Catedral Sainte-Réparate, apesar de o interior estar sendo reformado e não poder ver muita coisa.


Deste ponto, você pode explorar mais ao norte de Nice, na parte mais recente da cidade, ou retornar para a orla e caminhar pelo Promenade Des Anglais.

Momento extravagância


Na bela vitrine da LAC Chocolatier, avistamos os irresistíveis macarons e fomos obrigados a comprar alguns.


O preço unitário era de 1,10 euros. Compramos 4, num total de 4,40. Uma exorbitância por quatro macaronzinhos, mas que valeu cada centavo!

http://www.patisseries-lac.com/

Balanço do dia
Distância percorrida: 296 km
Pedágio: 29 euros
Combustível: 20 euros
Hospedagem: 34 euros
Alimentação:  14.7 euros
Total para 2 pessoas: 97.7 euros



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