Leia sobre nosso sexto dia, em Narbonne
Chovia bastante e isto quase nos fez desistir de passarmos por Carcassonne. O que haveria para fazer na cidade medieval com um cachorro sob uma chuva que não dava trégua?
Ainda na autoestrada, pensamos que o melhor seria rumarmos diretamente para Toulouse e retornarmos a Carcassonne no dia seguinte, mas, assim que avistamos a silhueta da cidadela em meio à névoa e à chuva, decidimos encarar o passeio mesmo assim.
O pedágio entre Narbonne e Carcassonne custou 3,80 euros e, felizmente, a chuva nos deu uma trégua.
Uma das boas notícias do dia foi que encontramos as Havaianas favoritas da Denise dentro do carro, caídas no meio das bagagens.
Carcassonne
Então, a primeira decepção. Estacionamos o carro próximo à Porte des Jacobins e entramos na cidade. No entanto, Carcassonne não se parecia em nada com o que havíamos visto em fotos. Era uma cidade convencional, como qualquer outra. Bem longe de uma cidadela medieval preservada.
Caminhamos por uns quarenta minutos pela cidade, quando comentei com a Denise: "devemos estar no lugar errado. Esta deve ser a parte nova de Carcassonne".
Conferimos um dos mapas da cidade e vimos que a cidadela medieval ficava uns 2 quilômetros dali.
Compramos quatro croissants salgados e dois de chocolate por 5 euros para o almoço. Comemos no carro e rumamos para a cidadela medieval.
Estacionamos o carro perto de uma igreja e subimos para a cidadela, agora sim uma visão impressionante!
De todas as cidades medievais que já vimos, certamente Carcassonne é a mais incrível, apesar de ser pequenininha e não muito autêntica, já que passou por uma grande reconstrução no século XIX.
Umas duas horas são mais do que o suficiente para visitar todas as atrações importantes da cidade, como o castelo, a catedral e até o museu da tortura, se for o caso. Se for apenas para caminhar pelas ruelas medievais, uma hora já é o bastante.
Não visitamos o Château, isto é, o castelo da cidade, porque o preço era um pouco salgado, 8,50 euros por pessoa. No entanto, se você der sorte de estar em Carcassonne no primeiro domingo do mês, a entrada ao castelo é gratuita.
A catedral da cidade, a Basilique des Saint Nazare et Celse, construída entre os séculos XI e XIV, é também extraordinária, com entrada grátis.
A igreja abre de segunda a sábado das 9 às 11:45, e das 13:45 às 18. Aos domingos, o horário de funcionamento é das 9 às 10:45 e, às tarde, das 14 às 16.
Foi em Carcassonne que a Denise viu pela primeira vez o cassoulet, um prato típico da região, uma espécie de feijoada francesa, e pôs na cabeça que tinha de prová-la.
Toulouse
Prosseguimos para Toulouse, com o pedágio custando 7 euros.
Fizemos reserva no hotel Etap, bastante próximo do centro da cidade, uns 20 minutos de caminhada até a praça central, se você não se perder no caminho.
A diária saiu por 40 euros, com estacionamento e internet grátis. Para quem havia se hospedado em hotéis Formule 1 por alguns dias, o Etap é um grande upgrade, com banheiro no quarto.
Toulouse é uma cidade com poucos atrativos, apesar de possuir alguns belos monumentos, como o Capitole, a Basílica de Saint Sernin e o Convento dos Jacobins.
Uma primeira parada para arranjar um mapa da cidade deve ser no centro de informações turísticas, atrás do Capitole.
Aliás, o Capitole é a principal atração de Toulouse, de onde você pode iniciar todos seus roteiros para explorar a cidade.
Atualmente, esta é a sede da administração municipal de Toulouse e é aberta à visitação pública todos os dias, gratuitamente.
Em seus interiores, há uma vasta coleção de obras de arte, praticamente um museu gratuito, que celebra a História da França.
Duas igreja que merecem a visita são a Basílica de Saint Sernin e o Convento dos Jacobins.
A Saint Sernin é a igreja em estilo românico mais bem preservada da Europa e foi um dos principais pontos de peregrinação cristã no século XI. Além disto, está numa das rotas do caminho de Santiago e a própria arquitetura interna da catedral de Santiago de Compostela é uma reprodução da Saint Sernin.
Já o monumental Convento dos Jacobins é conhecido por duas principais razões.
A primeira é pela incrível abóboda do convento, conhecida como "A Palmeira", com uma forma muito particular.
A segunda é por abrigar os restos mortais do filósofo e uma das mentes mais brilhantes de seu tempo, São Tomás de Aquino, falecido no século XIII.
Outro belo passeio é seguir até o Rio Garonne, nas proximidades da Pont Neuf e depois se enveredar pelas ruas do centro histórico.
Nos arredores da Place Président Thomas Wilson, há várias opções de alimentação barata, principalmente de fast-food, enquanto alguns dos restaurantes mais populares estão ao longo do Boulevard Strassbourg.
Momento extravagância
Inclusive, foi para esta avenida que retornarmos à noite para jantarmos no La Maison du Cassoulet, para que a Denise pudesse experimentar este prato regional.
Uma cumbuca caprichada custou 16 euros, e um entrecote com batatas fritas 18 euros.
Para sobremesa, pedimos um creme brullé, custando 3 euros.
La Maison du Cassoulet está localizado na 3 Boulevard de Strasbourg, fomos sem reserva, mas imagino que, aos finais de semana, talvez seja necessário ligar com antecedência para garantir um lugar.
Na volta para casa, sob uma chuva torrencial, o nosso GPS nos pregou uma nova peça.
Ele não estava conseguindo sinal de satélite, então ficamos perdidos para vários minutos no centro de Toulouse, dando voltas e voltas até que, enfim, conseguimos sinal e ele nos deu a direção para o hotel, não sem antes entrarmos várias vezes na faixa exclusiva para ônibus e táxis.
Como não demos o azar de passar por policiais, escapamos de umas belas multas.
Balanço do dia
Distância percorrida: 155 km
Pedágio: 10,8 euros
Hospedagem: 40 euros
Alimentação: 42 euros
Total para duas pessoas: 92.8
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Fantástico esse trecho. Por mais que pareça que não foi, prá mim foi.
ResponderExcluirEssa cidadela medieval me faria ficar parado contemplando aquelas muralhas horas a fio.
E essa foto do entrecote...que isso?!?
E vamos seguir viagem...
em Toulouse, a melhor coisa para comer sao os Kebabs, conhecidos tambem como Shawarma. Se quiser experimentar algo diferente, tente o queijo raclette derretido
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