28 novembro 2009

Balanço da Sexta-feira Negra - quais foram as barbadas?

Hoje foi o dia da famosa sexta-feira negra, data na qual os americanos dormem nas frentes das lojas para garantir uma boa promoção depois do feriado de Ação de Graças.

Havia grandes descontos em várias lojas e percebi que havia vários brasileiros por aí, aproveitando para torrar a grana e comprar muita coisa boa.

Como já disse anteriormente, depois de passarmos uma noite congelando na frente da Best Buy, alguns anos atrás, decidimos que só iriamos nas lojas depois de o alvoroço já ter passado. Por isto, chegamos na JC Penney, na rua 34 com a Sexta Avenida, a maior loja atualmente no Manhattan Mall, por volta das 11 horas da manhã, quando o movimento já havia diminuído, mas com muitos produtos baratos ainda disponíveis. Mesmo assim, a loja ainda estava bastante cheia, mas provavelmente bem mais tranquila do que para os door busters (quer dizer, os que viraram a noite esperando a loja abrir).

Compramos um jogo de panelas com 20 peças, uma chapa elétrica (daquelas para fritar hambúguer), um conjunto de Pirex com 18, um edredon três blusas femininas, uma calça jeans e a conta saiu 180 dólares. No entanto, para vários produtos é possível solicitar mail-in rebate, que é um abatimento que receberemos pelo correio, assim, no final das contas, tudo terá saído por 90 dólares, que seria o preço apenas do jogo de panelas em dias normais.

Ainda no Manhattan Mall, demos uma passada na Toys'r'Us, uma alucinante rede de lojas de brinquedos, e compramos para minha sobrinha uma boneca que chora, mais uns acessórios, tudo por 24 dólares, mas como não sei qual é o preço normal, imagino que tenha sido uma barbada.

Depois, descemos até a Best Buy da rua 23 com a Sexta Avenida e encontramos bons preços de câmeras digitais, videogames e computadores. No entanto, percebemos que, para muitos eletrônicos, os preços continuavam idênticos aos outros dias... Na Best Buy, compramos apenas um Blu Ray da Sony, que estava de 240 dólares por 130. Cento e dez dólares de abatimento! Aproveitamos para levar dois filmes, para testarmos o aparelho, e tudo saiu por 180 dólares.

Por fim, antes de voltarmos para casa, passamos numa Tag Sale - o equivalente da nova-iorquino dos Garage Sales - no prédio novo da Cooper Union, uma universidade no East Village. Havia vários produtos para uso doméstico com bons preços. Compramos um aquecedor elétrico usado por 25 dólares, mas acho que isto não foi uma barbada, pois parece que o mesmo aquecedor novo custa 35 dólares.

Agora, para os leitores do "Nova York para Mãos-de-Vaca" que estavam nos EUA na Sexta-feira Negra, vai a pergunta: quais foram as barbadas que vocês conseguiram encontrar?


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23 novembro 2009

Dia de Ação-de-Graças e a Sexta-feira Negra



O Dia de Ação-de-Graças (Thanksgiving Day) é uma celebração tipicamente norte-americana.
O origem da festa é agrária, uma forma de agradecimento pelo final da colheita. Conta a História que, nos Estados Unidos, esta data celebra também a ajuda dada pelos nativos aos colonos ingleses - os índios os haviam apresentado ao milho e os salvaram da fome após um rigoroso inverno.

Na verdade, o Dia de Ação-de-Graças se assemelha bastante ao Natal brasileiro. Nesta data, os americanos se reúnem em família e assam um peru. Pelo que pudemos notar, este é, ao lado do 4 de julho, um dos feriados mais importantes do país.

Assim, na quarta quinta-feira de novembro (dia 26, em 2009), o país para por causa deste feriado histórico. E é nesta data também que ocorre a Parada do Dia de Ação-de-Graças, organizada pela Macy's, e que neste ano tem uma nova rota.
A parada começa na rua 77 com a Central Park West, bem na frente do Museu de História Natural, vira na rua 59, desce pela Sétima Avenida até a rua 42, passa pela loja da Macy's na Sexta Avenida, vira na rua 34 e acaba na Sétima Avenida. A parada é um evento tradicional, com carros alegóricos e gigantescos balões com formas de personagens conhecidos.

Se você pretende assistir à parada, prepare-se para grandes multidões, para o frio e até para chuva. Por isto, a organização do evento recomenda que as pessoas comecem a chegar cedo, por volta das 6:30 da manhã, para conseguir um bom lugar.

No entanto, há um segredo: dizem que a melhor oportunidade para ver os balões é na noite anterior ao Thanksgiving, quando eles são inflados. O melhor horário é entre 5 e 6 horas da tarde do dia anterior, pois já haverá alguns balões cheios e outros sendo inflados.

Site oficial

A sexta-feira negra (Black Friday)

O Dia de Ação-de-Graças também é conhecido por causas de suas megapromoções. Quase toda grande loja realiza alguma promoção, mas as mais concorridas costumam ser as lojas de produtos eletrônicos.
As lojas abrem por volta das 5 horas da manhã da sexta-feira e é uma bagunça, cada um correndo para agarrar o que puder.
As filas são enormes e começam a se formar durante a quinta-feira em frente às lojas.

Dois anos atrás, tentamos encarar a missão de comprar algo na Best Buy. Tinha gente acampado na fila desde a 1 hora da tarde da quinta-feira. Chegamos na fila por volta das 10 horas da noite da sexta e contamos 130 pessoas na nossa frente.
A noite estava fria, por volta dos 5 graus negativos, e quem já ficou muito tempo parado sob baixas temperaturas sabe que, após algum tempo, mesmo bem agasalhado, o frio acaba vencendo.
Como a equipe das lojas só chega um pouco antes de as lojas serem abertas, tudo pode acontecer nestas filas. Enquanto atravessávamos a noite sentados na calçada, o número de pessoas na frente da gente na fila milagrosamente aumentava. À meia noite, havia 160 pessoas. Às 3 da manhã, quase 300 pessoas.
É nesta hora que começam as brigas, o empurra-empurra e mais gente furando a fila.
Eu e a Denise só agüentamos este martírio até as 4 horas da manhã (como eu disse, a loja abria às 5) porque havíamos perdido a esperança de conseguir comprar algo que prestasse e também porque não conseguíamos mais sentir nossos pés por causa do frio.

Por isto, se você quiser encarar a aventura da Sexta-feira Negra, seguem dois conselhos:

1 - chegue bem cedo;
2 - vá muito bem agasalhado.

Contudo, mesmo que você não esteja disposto a este sacrifício por um desconto, há uma boa notícia - durante toda a sexta-feira, as lojas possuem descontos, mesmo que não sejam tão apetitosos quanto aqueles dados para quem dormiu na fila. Ou seja, se você é mão-de-vaca, mas nem tanto, acorde cedo na sexta-feira (umas 8 da manhã) e vá para as lojas; ainda haverá bons descontos.

Para conferir quais serão as promoções da Black Friday, abaixo estão dois sites:



E boa sorte!

21 novembro 2009

Uma tarde no Harlem


Nesta postagem, farei algo que não costumo fazer neste blog: contar o nosso dia. Mas como fomos pouquíssimas vezes ao Harlem, acredito que seja muito mais honesto com vocês falar do que fizemos, do que palpitar sobre o que não conhecemos direito.

A nossa ida ao Harlem teve um motivo muito específico, havíamos comprado ingressos para o musical Dreamgirls no Apollo Theater (dica anterior), para a sessão das duas da tarde.


O Harlem
Resolvemos sair de casa um pouco mais cedo e explorar a área. Com o trem 6 (linha verde do metrô), descemos na estação da Rua 125 com a Lexington e fomos andando até o teatro. A intenção era pegar algumas ruas paralelas, talvez passar pelo Marcus Garvey Park e o setor histórico do Harlem, na Malcom X Boulevard. No entanto, confesso com ficamos um pouco amedrontados com a vizinhança, sensação um tanto incomum após tanto tempo morando em Nova York.


Não dá para dizer que o Harlem seja decadente, porque imagino que seja bem menos decadente do que devia ser há 30 ou 40 anos. Aliás, o Harlem é um dos bairros que mais tem atraído novos moradores, por causa dos aluguéis exorbitantes abaixo da rua 110. Mesmo assim, a maioria dos moradores ainda é de negros.

O trecho da rua 125 entre a Lexington e a Malcom X Boulevard é particularmente assustador, com vários terrenos abandonados, lojas fechadas e alguns ambulantes. Da Malcom X Blv. em diante, no sentido West Side, o clima das ruas muda bastante, com algumas lojas mais modernas e mais turistas, já que o Harlem no West Side já é bem mais diversificado culturalmente, pois é residência de vários estudantes universitários, por causa da Columbia University.

A região do Apollo Theater é bastante movimentada e, aparentemente, mais segura, em especial durante a entrada e saída dos espetáculos.

Almoçamos num Burguer King e pagamos pouco mais de 10 dólares pelo nosso lanche: nuggets, batata-frita grande, refrigerante grande e umas bolinhas de queijo (são gostosas, vale a pena experimentar, chamadas "cheesy tots").

O Apollo Theater


O Apollo Theater estava cheio, principalmente porque havia um descontão para residentes do Harlem. Por isto, mais uma vez, os moradores da região eram a maioria, o que foi engraçado e inconveniente ao mesmo tempo: engraçado porque os mais velhos são umas figuras, parecem saídos dos filmes do Eddie Murphy, bastante caricatos; incoveniente porque parecia que muitos nunca haviam estado num teatro antes na vida, era telefone celular tocando o tempo todo, gente se levantando no meio do musical, tirando foto com flash e, o mais bizarro, havia um bar no mezanino do teatro e alguns dos expectadores vinham com cerveja e coquetéis para as poltronas, além de que algumas pessoas achavam que estavam no sofá de casa, esticando os pés nas poltronas da frente. Algo que, com certeza, não ocorre na Broadway.
O Apollo é um teatro bonito, mas um tanto desconfortável. Por outro lado, não é muito grande, o que permite uma boa visibilidade mesmo das poltronas mais afastadas do palco.

Dreamgirls


"Dreamgirls" foi um musical muito bom, com elenco de primeira. O primeiro ato é, de longe, muito melhor que o segundo, e como as poltronas do Apollo são apertadas, eu mal me aguentava sentado da segunda metade em diante.


Há uma ênfase muito maior nas canções e na performance dos atores do que na parafernália do palco. Os cenários são bastante simples, mas criativos. Por outro lado, as canções, especialmente "And I'm telling you I'm not going", são incríveis, do tipo que arrepiam e chegou até a sair algumas lagriminhas... Realmente impressionante.

O jantar
Para encerrar o nosso passeio no Harlem, queríamos comer num típico restaurante negro. A ideia inicial era ir ao Sylvia's (http://www.sylviassoulfood.com/), na Malcom X Boulevard entre as ruas 126 e 127, que é um dos restaurantes mais tradicionais do Harlem. Contudo, lemos algumas críticas muito negativas sobre o ambiente e os pratos, então decidimos procurar um outro lugar, menos turístico.

Fizemos uma triagem e chegamos nos seguintes restaurantes:

- Sister's Cuisine, na Madison Ave com a rua 124;

- Mobay, na rua 125 entre a Quinta Avenida e Malcom X Blv.;
http://www.mobayuptownnyc.com/

- Manna's, também na 125, entre Quinta e Malcom X;
http://www.mannasrestaurants.com/

- Harlem BBQ, na Frederick Douglas Blv, com a rua 127.
http://www.harlembbq.com/

e, por fim,

- Amy Ruth's, na rua 116 com a Malcom X Blv.
http://www.amyruthsharlem.com/

Como a gente não conseguia escolher um deles, achamos melhor passar na frente dos restaurantes, dar uma olhada na cara e checar se nos agradavam.
Não vimos o Mobay, mas o Manna's é do estilo all you can eat (buffet, no qual você pode repetir quantas vezes quiser), só que é um restaurante meio pra baixo, com um clima esquisito, preferimos não arriscar.
Já o Harlem BBQ, parece se assemelhar, tanto no cardápio quanto no estilo do restaurante, com o Dallas BBQ, por isto, optamos por uma comida mais caseira.

Amy Ruth's
Acabamos indo ao Amy Ruth's, que possuía na internet e no Zagat (http://www.zagat.com/) algumas críticas muito boas.
Fomos andando do Apollo até lá e eu preferi guardar minha câmera, já que a região não nos parecia muito segura.
Havia uma pequena lista de espera no Amy Ruth's e, como eles não estavam aceitando cartão de crédito ou débito, a Denise teve de correr até um caixa eletrônico, que foi o tempo suficiente para sermos chamados para nossa mesa.
O restaurante é pequeno (apesar de haver uma portinha que levava para um segundo salão nos fundos, acho), com aspecto de restaurante de beira de estrada. O atendimento foi razoável e a comida foi servida rapidamente.
Havíamos pedido um frango frito no mel, com fritas e purê, mas estava intragável, então a Denise resolveu pedir asas de frango, que não experimentei, mas segundo ela estavam "gostozinhas". Também pedimos Macarroni'n'cheese, que é um macarrão com queijo ao forno, que não chega a ser bom, mas também não é insosso.

Conclusão: a Pepsi estava muito boa.

A conta saiu 35 dólares, com a gorjeta, e saímos do restaurante profundamente arrependidos.

Resumo da história


A não ser que você tenha algum programa específico para fazer, como ir a uma missa gospel, ou ao Apollo Theater, acho que uma visita ao Harlem é prescindível.
É um bairro pitoresco, mas sem grandes atrações turísticas relevantes, excetuando no West Side, onde fica a St. John the Divine Cathedral e a Columbia University, ou os Cloisters, no topo da ilha de Manhattan, que é um monastério medieval trazido da Europa e abriga parte do acervo de arte medieval do Metropolitan Museum.
O restante dá para pular.

Não dá para dizer que seja um bairro perigoso, senão certamente teríamos sido roubados em alguma quebrada. Todavia, passa uma sensação de insegurança e nos sentimos um pouco oprimidos, como peixes fora d'água.

Clique aqui para conferir mais fotos do Harlem


Importante: favor ler as Perguntas Frequentes - FAQ.

14 novembro 2009

Dreamgirls no Apollo Theater (evento/entretenimento)

Durante este mês de novembro e o começo de dezembro, estará de volta a Nova York o musical "Dreamgirls", ganhador de 6 Tony Awards e que, no cinema, se tornou célebre com Jeniffer Hudson no papel da protagonista Effie.

O musical conta a história das Dreamgirls, um grupo vocal feminino que chega ao estrelato, mas que, ao mesmo tempo, se desintegra por disputas internas e duelos de ego. Inspirado na trajetória real das Supremes, "Dreamgirls" é um arroubo de talento e competência, e estará em Nova York por curtíssima temporada, no Apollo Theater.

Até havíamos recebido um cupom de desconto para o musical, mas a procura tem sido tão grande que os ingressos promocionais já estão praticamente esgotados. No entanto, mesmo pagando o preço integral, ainda vale muito a pena.


(trecho de "Dreamgirls", com o elenco original, durante a premiação do Tony Awards de 1982)


Os ingressos custam entre U$ 109,50 e U$ 39,50, mas como o Apollo Theater não parece ser muito grande, acredito que mesmo nas últimas poltronas a visibilidade deve ser boa. Além disto, esta é uma ótima ocasião para conhecer um dos teatros mais tradicionais de Manhattan, que durante as décadas de 60 e 70, teve em seus palcos os maiores músicos negros da História.

Dreamgirls no Apollo Theater
Em cartaz de 14 de novembro a 6 de dezembro de 2009.
253 west da rua 125, Harlem.

Para comprar os ingressos
http://www.ticketmaster.com/Dreamgirls-tickets/artist/820953


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12 novembro 2009

Qual é a previsão do tempo em NY? (utilidade pública)

(imagem do programa do Weather Channel, para acompanhar a previsão do tempo)

Recentemente, tenho recebido vários e-mails de leitores perguntando:

"Como vai estar o clima nos dias da minha viagem a Nova York? Vai nevar? Vai fazer sol? Vai chover?", e assim por diante.


Estas são perguntas muito difíceis de serem respondidas, principalmente por eu não ter nenhuma formação em Meteorologia.
É justamente por isto que tenho instalado, no meu computador, um programa gratuito do Weather Channel que fornece, em tempo real, a temperatura, e a previsão do tempo hora a hora, ou dia a dia pelo período máximo de 10 dias.
Este programa também envia alertas de condições climáticas extremas, como nevascas, tempestades, ou calor excessivo. Deste modo, você pode se preparar adequadamente, vestindo as roupas apropriadas antes de pôr o pé na rua.
No entanto, como já disse, o prazo da previsão é de 10 dias, portanto, não dá para saber em novembro como estará o clima em 25 de dezembro, ou 1 de janeiro.

Mas, via de regra, você pode esperar o seguinte:

(Primeira neve de 2008 em Nova York, 16 de dezembro)

Inverno (dez-mar): frio, ou MUITO frio.
Pela nossa experiência, neva pra valer pelo menos umas três vezes por inverno. Geralmente durante a noite dá para ouvir as batidinhas dos flocos na janela e, quando você acorda no dia seguinte, as calçadas estão todas cobertas de branco.
Alguns moradores mais antigos de NY nos relataram que, há alguns anos, nevava tanto que até o serviço do metrô era suspenso. Nunca vimos nada parecido e imagino que, por causa do aquecimento global, haverá cada vez menos dias de neve.
Os ventos que acompanham as frentes frias são de chorar, gente!

Primavera (mar-jun): friozinho ou calorzinho.
Ainda pode nevar no começo da primavera, ou, pior, chuva gelada. Esquenta da metade da estação em diante.

(Tempestade de verão em NY)

Verão (jun-set): quente ou MUITO quente.
As chuvas de verão são constantes, por volta das 4 ou 5 horas da tarde. Às vezes, chove granizo. Mesmo assim, é quente. Em certos dias, é tão quente que os moradores são alertados a ficarem o menor tempo possível na rua, por causa da desidratação.

Outono (set-dez): calorzinho ou friozinho.
Há uma queda na temperatura assim que muda de estação. Época de chuvas geladas, intercalando dias quentes e frios.

Por fim, se você não quiser instalar o software do Weather Channel, você pode acessar o site e consultar a previsão para NY, ou acompanhar a previsão do tempo nos telejornais locais, na CBS, na Fox, na ABC, na NBC ou WPIX.

Site do Weather Channel
http://www.weather.com/

Para baixar o software de previsão do tempo
http://www.weather.com/services/downloads/


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08 novembro 2009

Tony's DiNapoli, refeição para toda a família (alimentação)

(Prato individual de Frango a Parmigiana com espagueti ao sugo. HUUUMM!!!)

Já falamos anteriormente sobre um restaurante com porções tamanho-família, mas não poderíamos deixar de mencionar aquele que acabou se tornando um dos nossos restaurantes favoritos de Nova York: o Tony's DiNapoli.

O fato é que o gosto da comida italiana nos EUA difere muito da do Brasil. Não sei se tem algo a ver com o tipo de imigração dos dois países, pois na América houve um grande influxo de italianos vindos do sul da Itália, enquanto que, no Brasil, do norte, principalmente da região do Vêneto. Talvez isto explique algumas variações no sabor e nos tipos dos pratos.

Mesmo assim, o Tony's DiNapoli é um achado. Com uma filial no burburinho da Times Square, preços camaradas e pratos gigantescos, além de uma qualidade irretocável.

(Tony's DiNapoli, comida boa e barata num ambiente muito requintado)

Jantar fora em NY pode ser uma roleta-russa; às vezes, num mesmo restaurante, você vai uma vez e a comida está ótima, em outra ocasião, pode estar péssima. Mas o Tony's possui uma regularidade impressionante, com pratos muito saborosos e que são servidos com uma rapidez espantosa.

Há pratos de massa tamanho-família a partir de 18 dólares que servem tranquilamente 3 ou mais pessoas e, no almoço, desde algum tempo, também estão servindo porções individuais a partir de 11 dólares, o que é ótimo para evitar desperdício, além de serem pratos grandes o bastante para sair satisfeito.

(Um suculento penne a la vodka, porção individual do almoço)

Este restaurante é, de longe, dentro do orçamento mão-de-vaca, um dos mais agradáveis, com ótimo atendimento e comida deliciosa.
É do tipo que vicia, e que faz você salivar só em se lembrar do cardápio.

Site do Tony's DiNapoli
http://www.tonysnyc.com/
Rua 43 entre Sexta e Sétima Avenidas.

e há outro restaurante da mesma rede no Upper East Side, na Segunda Avenida com a rua 82.


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07 novembro 2009

Dica do leitor - Ivo Amor Divino

O Ivo é um baiano figuraça, que esteve em Nova York no final de outubro, e nos escreveu mandando o relato de sua experiência na cidade. Nem todas são para mãos-de-vaca, mas certamente vocês vão adorar!


Graças ao mãos-de-vaca, o período que fiquei em NYC foi quase de graça: 26, 27,28 e 29 de outubro de 2009.

- Hotel Sheraton da rua 51, esquina com 7 Ave, no olho do furacao que é a Times Square, por U$ 160,00 (a diaria dividida para 4 pessoas).

- "Fantasma da Ópera" por U$ 26,00 o ingresso.

- Passear numa carroça melhorada, no Central Park, por U$ 34,00 (4 pessoas).

- Comprar os ingressos do Empire State Building pela internet para não pegar aquela fila monstruosa.

- Pagar U$ 1,00 no Museu de História Natural, enquanto os outros brasileiros me perguntavam na fila - "Como? Pode?", e eu falava: "Vocês conhecem o guia mãos-de-vaca?"
Infelizmente, eles só conheciam a Folha. Coitados! (Eu também tenho, mas ficou aposentado na bolsa da minha esposa)

- Almoçar no Dallas BBQ da rua 42 e a conta nunca passava de U$ 40,00, mesmo com os 20% do garçon.

- Jantar no Outback da rua 59 com a 3 Ave por U$ 72,00, divido para 4 pessoas com direito a cerveja.

- Pagar U$ 27,50 no Metrocard e andar NYC toda por esse preço.

- Ferry de graça para Staten Island, e fotografar e filmar a estatua da liberdade. Excelente dica.

Bom, eu e minha familia fizemos muito mais passeios graças as dicas do guia. Nos 15 dias de USA, seja em Miami, Orlando ou NYC, economizamos muita grana, e assim fizemos mais compras na hora da volta. Passar férias com a familia no exterior não tem preço, mas se você pode gastar pouco e passear muito é melhor ainda. Tudo isso é possível se você conhecer o mãos-de-vaca. Por isso, eu indico para os amigos e para quem eu fui encontrando na volta da viagem.

Última do dia? Nós conhecemos uma (dica) mão-de-vaca em Orlando, uma tal de loja Ross; aí negócio ficou frenético e nervoso, a minha esposa só pensava em comprar. Eu pensei: não só de GAP/GUESS vive o homem.

- Outra observação de NYC: eu só levei uma mala pequena e uma mochila, como fui orientado pelo guia, mas vi brasileiros com dificuldades no LGA (LaGuardia Airport) com o tamanho das malas.
Por quê?
Fizeram compras em Orlando e levaram tudo para NYC. E ainda reclamaram da Delta Airlines porque cobrou U$ 20,00 por mala.
Eu falei: "Alôôô! Aqui é a AMÉRICA. Cobram por tudo. Vocês não leram, não é?"
Ô dó! Eles não sabiam do guia !
Foram pegar um táxi. Eu acho que gastaram tudo com o taxista SIRQUI/INDIANO com uma barba que dava para fazer um rastafari, um turbate que parecia mais um integrante dos zarabes de salvador no carnaval.

Eles me perguntaram: "Vocês vão de que mesmo?"
Eu falei: "Como bom baiano, eu vou a pé, pois eu tenho fé, ou quem sabe eu alugo um jegue; coloco a familia Amor Divino em cima; em seguida, passo no Harlem, convoco umas baianas harlenses, pergunto o nome do padroeiro da Times Square e faremos a primeira lavagem da escadaria do tapete vermelho da Times.
E tem um tal de metrocad que é uma uva: BUZÂO 33 ou 60, e depois pega o metrô fantasmâo até a estaçâo da rua 42. Cheguei e não doeu no bolso.

Do seu amigo,
IVO.

Obs.: A lavagem da escadaria já existe em NY e ocorre um dia antes do Brazilian Day. Você está convocado para vir participar no ano de 2010, Ivo.


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03 novembro 2009

Maratona de Nova York (eventos)


No dia 1 de novembro, ocorreu em Nova York uma das mais importantes e famosas maratonas do mundo, a ING New York City Marathon.

Ao contrário de outras competições do gênero, nas quais o importante é chegar em primeiro lugar, ou pelo menos nas primeiras colocações, a Maratona de Nova York se destaca por seu caráter social. Mais do que em qualquer outra prova, o importante é competir, superar seus próprios limites, vencer o desafio e cruzar a linha de chegada, mesmo que sejam várias horas depois do ganhador.


Conseguir correr pelos 5 boroughs de Nova York num percurso de 42 quilômetros - a prova começa em Staten Island, passa pelo Brooklyn, Queens, entra em Manhattan pela Queensboro Bridge, sobe até o Bronx e retorna a Manhattan, acabando no Central Park -, não é uma tarefa fácil, ainda mais durante o friozinho que faz no outono nova-iorquino.

O que surpreende mesmo é ver, entre os competidores, além das figurinhas carimbadas de todas as maratonas, medalhistas de ouro de Olímpiadas, pessoas comuns, como eu e você, idosos, cadeirantes, pessoas que superaram o câncer, que perderam algum membro, que vão fantasiadas, numa grande festa, numa grande prova de coragem e superação pessoal.


Este é, de longe, um dos eventos mais emocionantes que já tive a oportunidade de presenciar em Nova York. O esforço dos maratonistas e a solidariedade dos espectadores, que gritam palavras de apoio para todos, chamando-os pelo nome, aplaudindo e recebendo de volta o carinho ou um aceno do competidores. Gente do mundo inteiro, dos quatro cantos do planeta: italianos, franceses, alemães, dinamarqueses, colombianos, dezenas de milhares de americanos de todo o país e, vez ou outra, alguns brasileiros.


E a maratona é como o Carnaval brasileiro; mal acaba e já começam os preparativos para o ano seguinte.

As inscrições para a loteria para a Maratona de Nova York 2010 já estão abertas e vão até o dia 5 de março de 2010.
A taxa de inscrição é de 11 dólares. Caso você seja selecionado, o custo da prova é de 265 dólares para estrangeiros, e inclui os certificados de conclusão de prova, medalhas, traslados de aeroportos e vários pontos da cidade até o local da prova, e toda a infraestrutura médica e de alimentação para os maratonistas.

Se você não tem pique para encarar este desafio, mas estiver em Nova York no período da prova, que em 2010 será no dia 7 de novembro, domingo, não deixe de conferir.

É uma experiência que marca para a vida toda.

Site oficial da ING New York City Marathon
http://www.nycmarathon.org/index.htm


Veja mais fotos da Maratona 2009 no meu álbum do Flickr