25 junho 2012

Nova York, bairro a bairro - Chelsea e Meatpacking District, de zonas industriais a umas das vizinhanças mais descoladas de Manhattan


A não ser que alguém lhe indique uma ida ao Chelsea, esta será provavelmente uma das regiões que passará despercebida pela maioria dos turistas.
Não há grandes atrações, nem monumentos históricos conhecidos, no entanto, nos últimos anos tem se tornado um dos bairros mais cool de Nova York, com lojas de grife e uma vida noturna animadíssima, frequentada por modelos famosas e gente da grana, ou seja, nada mão de vaca!


Mesmo assim, depois de todo o roteirão turístico básico, que inclui Downtown, Times Square e Central Park, caso você deseje sair um pouco do lugar-comum e desbravar com maior profundidade a Big Apple, um percorrido pelo Chelsea pode ser muito interessante e pitoresco.


Um bom roteiro que se preze pelo Chelsea deve começar pelo Chelsea Hotel, na rua 23 entre a Sétima e Oitava Avenidas. Este hotel representa muito da história deste bairro, pois foi onde se hospedaram centenas de grandes artistas, alguns em início de carreira com a grana curta e que não podiam pagar hotéis melhores, mas outros que vieram simplesmente pela aura do Chelsea Hotel, para, quem sabe, se imortalizarem um dia.


A galeria de celebridades é longa, passando por Janis Joplin, Leonard Cohen (que compôs uma canção homenageando o hotel), Arthur C. Clarke, Mark Twain, William Burroughs, Dylan Thomas, Arthur Miller, Allen Ginsberg, Jack Kerouac, Sartre e Simone de Beauvoir, Charles Bukowski, Stanley Kubrick, Uma Thurman, Iggy Pop, Bob Dylan, Piaf, Alice Cooper, Jimmy Hendrix, e uma porção de outros.

Se você é um artista, este lugar é um prato cheio.



Prossiga até a Nona Avenida e vire em direção ao sul, descendo pela calçada à esquerda da rua. Neste trecho, há uma porção de lojinhas, lanchonetes e restaurantes super-legais, num misto de modernidade e tradição que caracteriza o Chelsea.


Ainda na Nona Avenida, entre as ruas 16 e 17, você encontrará o Chelsea Market, uma espécie de mercado fechado, com opções gastronômicas e compras, com uma decoração muito interessante, preservando vários elementos da antiga fábrica de biscoitos que havia lá.


Ao chegar na rua 14, você terá desembocado no Meatpacking District, o antigo bairro dos matadouros e açougues da cidade, e que hoje dá a lugar a algumas lojas chiquetérrimas, dos melhores designers, além de restaurantes de chefs reconhecidos internacionalmente. Você também pode dar uma parada para conferir as novidades na loja da Apple na Nova Avenida com a rua 14.


O Meatpacking District é também conhecido por sua animada vida noturna, com gente bonita e adinheirada, que desfila por seus bares e festas.


Depois de explorar as ruas ao redor, inicie o retorno subindo no High Line, o parque suspenso que corta todo o Chelsea, ao de várias quadras até Midtown. Se o dia estiver bonito, sente-se para descansar um pouco e admirar o cenário urbano, belíssimo em qualquer época do ano.

Por fim, se você ainda estiver com disposição, pode dar uma esticada em sentido oeste até o Chelsea Piers, um enorme complexo de entretenimento às margens do Rio Hudson, com boliche, quadras de esportes, golfe e uma marina. Senão, você pode iniciar o retorno para o lado leste, em direção ao Madison Square Park, onde passam várias linhas de metrô.

http://www.chelseapiers.com/

Se você fizer este roteiro com tranquilidade, parando para conferir as lojas e descansar um pouco, 2 horas e meia são o suficiente.


Exibir mapa ampliado

Importante: favor ler as Perguntas Frequentes - FAQ.

19 junho 2012

Roma para Mãos de Vaca - Coliseu, sangue e História no mais importante monumento romano


O Coliseu não é apenas o símbolo da cidade de Roma, como também do próprio Império Romano, já que foi o maior anfiteatro construído durante aquele tempo.

Nesta arena, morreram gladiadores e milhares de animais trazidos de todos os cantos do vasto império. Ali também foram condenados à morte incontáveis cristãos, durante os anos de perseguição ao Cristianismo. Hoje, é um monumento que demonstra a grandiosidade dos romanos, mas também um tributo ao martírio de tantas pessoas que não renunciaram sua fé.


A entrada do Coliseu custa aproximadamente 16 euros, sem choro nem dias gratuitos.
Há ingressos com descontos para cidadãos da União Europeia menores de 18 anos e maiores de 65, e também para cidadãos da UE entre 18 e 24 anos. De resto, todos os demais pagam entrada inteira.


Se você deixar para comprar o ingresso na hora, prepare-se para filas quilométricas. A boa notícia é que, se você comprar o ingresso online pagando uma taxinha extra, ou usar o Roma Pass, dá para pular a fila.
No primeiro caso, é só pegar a entrada numa bilheteria específica (recomenda-se chegar uns 15 minutos antes do horário agendado) e depois seguir para a catraca.
Já como Roma Pass é mais simples ainda. Há uma entrada específica para quem possui este passe, é só chegar e entrar, sem fila alguma.

Só lembrando que a entrada do Coliseu vale por 2 dias e também permite a entrada ao Fóro Romano e ao Monte Palatino.


Uma vez dentro do anfiteatro, há uma pequena exposição com itens da antiguidade, narrando um pouco da História do Coliseu e, neste ponto, já é possível começar a imaginar como deveria ser a loucura nos dias de jogos, quando até 50 mil romanos podiam lotar as arquibancadas da arena.


A visão dos anéis superiores é impressionante e mesmo com o Coliseu quase sempre lotadérrimo, ele é tão grande que nem parece estar tão cheio.

Algumas áreas são restritas para grupos turísticos com guia, ou seja, tem de pagar a mais por isto.


O Coliseu é impressionante e este é um dos passeios obrigatórios a se fazer em Roma, mesmo que você não dê a mínima para História.
E faça um favor para si próprio, assista ao filme "Gladiador" antes de visitar o Coliseu, apenas para ter uma noção da carnificina que rolava por ali em seus dias de glória.

Para chegar ao Coliseu não tem erro. Basta pegar o metrô da linha B (azul) e descer na estação Colosseo. Há também uma porção de ônibus de linha que passam nos arredores e, sem dúvida, todos os ônibus turísticos de Roma tem uma parada nas proximidades.
Todos os caminhos levam ao Coliseu.

Site para comprar os ingressos do Coliseu
http://www.tickitaly.com/shop/product.php?productid=2&visit_date=19-06-2012
Piazza del Colosseo
Aberto a partir das 8:30 todos os dias do ano, excetuando Natal e Ano Novo. O horário de fechar varia de acordo com a época do ano, mas nunca antes das 5 da tarde.
15,50 euros na bilheteria (um pouco mais caro online)


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15 junho 2012

Verão 2012 em Nova York? Então saiba o que estará rolando de graça na cidade



Vai passar o verão em Nova York?

Basta o termômetro subir que uma porção de atrações gratuitas começam a pipocar por toda a cidade.

Para quem curte um estilo de viagem mais tranquilão, que gosta de relaxar à tarde num parque, curte uma música ao ar livre, ou não tem pressa para ver todas as atrações turísticas em um par de dias, esta é uma das melhores épocas para visitar Nova York.

Faz calor... E quando eu digo que faz calor é aquele mormaço de encharcar as roupas de suor e 40 graus na sombra, por isto, se você pretender encarar os eventos gratuitos, não deixe de levar um boné e comprar uma garrafinha de água.

Segue uma listagem dos principais eventos gratuitos de Nova York, como shows, concertos e teatro.

Central Park Summerstage


Este é um dos principais palcos de shows gratuitos e ao ar livre da cidade, bem no meio do Central Park.
Em 2012, o Summerstage receberá Bebel Gilberto (em 21 de julho) e uma porção de atrações durante os meses de junho, julho e agosto.
Mas fique de olho, porque nem todos os shows são grátis.

http://www.cityparksfoundation.org/summerstage/

Philharmonic in the Park/Met in the Park/Naumburg Orchestral Concerts

Agora, se você é fã de música clássica, o verão é um prato cheio para quem vai ao Central Park.

Às 8 da noite, no Great Lawn, nos dias 13 e 16 de julho, ocorrerá a apresentação de New York Philharmonic in the Park.

Já no dia 25 de julho, às 7 da noite no Summerstage, haverá uma apresentação de ópera do Metropolitan Opera.

E os tradicionais concertos na Naumburg Bandshell ocorrerão às 7:30 da noite, nos dias 19 de junho, 10 e 24 de julho, e 7 de agosto.

http://www.naumburgconcerts.org/

Em todas as terças-feiras de julho, na Washington Square Park, também haverá shows e concertos, começando sempre às 8 da noite.

Concertos do Good Morning America e Today Show

Estes dois programas de TV matutinos disputam para ver qual traz a melhor atração gratuita para seus públicos. O que mata é o horário.

Os shows do Good Morning America começam às 7 da manhã! Vixe! Ocorrem no Rumsey Playfield no Central Park todas as sexta-feiras de maio a agosto. Para se ter uma noção, já cantaram os Beach Boys, e algumas das próximas atrações são Mary J. Blige (que apareceu no último American Idol), Demi Lovato, No Doubt e Backstreet Boys, entre outras que ainda serão anunciadas.

http://gma.yahoo.com/music/

Today Show ocorre também nas sextas às 7 da manhã, no Rockefeller Center e são shows superconcorridos. A atração de hoje era Justin Bieber.

http://today.msnbc.msn.com/id/3041478/

Cinema de graça no Bryant Park

Nas segundas-feiras de junho, julho e agosto, quem passar pelo Bryant Park às 5 da tarde pode assistir um filminho de graça, ao ar livre.

Na programação deste ano estão "Psicose", "O Mágico de Oz", "Os Caçadores da Arca Perdida", entre outros clássicos do cinema. As sessões também são bastante concorridas e o metro quadrado de grama é disputado com unhas e dentes.

http://www.bryantpark.org/plan-your-visit/filmfestival.html

Shakespeare in the Park

Por fim, não podemos nos esquecer do famosíssimo Shakespeare in the Park, quando peças do maior dramaturgo britânico são encenadas no parque gratuitamente.

No entanto, é preciso buscar o ingresso com antecedência no Delacorte Theater, no Central Park, o que é também bastante concorrido. Nem sempre é fácil conseguir um ingresso, ou seja, acaba sendo um evento mais para moradores, que podem fazer plantão desde cedo para conseguir uma entrada.

As duas peças deste ano são "As you like it" e "Into the Woods". E é preciso ter domínio de inglês avançado para tentar compreender o inglês elizabetano.

http://shakespeareinthepark.org/

E mesmo que você não esteja muito no pique para encarar as multidões nestes eventos na faixa, o verão nova-iorquino é incrível, e sentar-se numa praça para tomar um sorvete, observar o movimento e os esquisitões da cidade já é uma baita diversão.


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11 junho 2012

Buenos Aires para Mãos de Vaca - empanadas e pizzas portenhas que você deve provar


Uma das especialidades argentinas que você deve experimentar quando passar por Buenos Aires são as empanadas, um tipo de pastel de forno com massa folheada com vários recheios diferentes, como de carne, presunto e queijo (jamón con queso) ou de cebola com queijo (cebolla), entre várias outras opções.

Geralmente custam baratinhas e duas ou três são o suficiente para um lanchinho da tarde, ou, no final do dia, você pode encomendar algumas e comer no hotel quando bater aquela fome à noite.


Os portenhos também se orgulham de suas pizzas com massa ultra-grossa (al molde) e que, segundo eles, são as melhores pizzas do mundo. Que nenhum paulistano ou napoletano nos escute!

As pizzas são realmente saborosas e existem pizzarias a dar com pau por Buenos Aires. Quase sempre você terá a opção de comer no balcão (en la barra), pagando menos por isto.
Se você preferir uma mesa, os preços podem ser um pouco mais altos e ainda haverá a gorjetinha para o garçom, ou o famigerado cubierto, que é uma taxa cobrada pelo uso dos pratos e talheres. Ou você simplesmente pode pedir a pizza para levar, como ocorre também no Brasil.

Como os portenhos gostam de abreviar tudo que falam, se você quiser uma pizza de mozzarela, poderá simplesmente dizer "una de mussa". A pizza napolenata (de queijo, tomate e alho) pode ser chamada de "napo" e a de provolone de "provo". As promoções são "promo" e por favor é "porfa".

É só chegar dizendo: "Una promo de mussa, porfa!", que não tem erro.

Fique de olho também nas promoções, pois, às vezes tem combos de duas fatias mais bebida, ou de uma pizza pequena mais bebida por ótimos preços.

Frequentemente, as melhores pizzarias também preparam as melhores empanadas, mas esta não é uma regra para ser levada muito à sério.

Com tamanha diversidade de pizzarias/empanadarias pela cidade, o ideal é sempre experimentar primeiro as pizzas e empanadas mais famosas para se ter um parâmetro de comparação.
Às vezes, a reputação delas não é tão merecida, mas algumas das mais conhecidas são realmente extraordinárias e, depois, se você resolver se aventurar em portinhas anônimas, você poderá julgar melhor a qualidade delas.

El Cuartito


Sem dúvida, a pizzaria mais famosa de Buenos Aires é El Cuartito, no bairro de San Nicolás. A poucas quadras do Teatro Colón, o lugar é um dos mais tradicionais e, se você não passou pelo menos uma vez por lá, perdeu uma grande experiência portenha.


Por dentro, a pizzaria é toda decorada com temas de futebol e de boxe, a maioria de grandes nomes argentinos, é óbvio!
Além das mesas, quase sempre ocupadas por turistas, você pode optar por comer no balcão, economizando alguns trocados.

El Cuartito fica aberto do meio dia até a uma da manhã e, à noite, é parada obrigatória para os que saem dos teatros próximos.

El Cuartito
Talcahuano, 937
http://www.galeriaelcuartito.com.ar/

La Continental


Já falei bastante de La Continental por aqui e de suas promoções, então recomendo a leitura do artigo específico sobre esta rede de pizzaria e restaurante.
Com filiais espalhadas por toda a cidade e ótimos preços, é a salvação da pátria para quem quer um lanche rápido e barato.

Apesar de não ser a pizza mais saborosa nem a melhor empanada de Buenos Aires, tem uma qualidade constante.

http://www.lacontinental.com/

Pizzeria Kentucky


A Pizzeria Kentucky é uma rede menor e menos conhecida, mas que realmente pode acertar a mão nas pizzas e empanadas.
No entanto, nem sempre tem consistência. Às vezes, você se farta e sai com vontade de quero mais, outras, decepciona um pouco. Acho que tem muito a ver com os diferentes "mestres pizzaiolos" que atuam por lá.

Há umas quatro ou cinco filiais por Buenos Aires, mas as mais estrategicamente posicionadas são em Palermo, na Avenida Santa Fe 4602, perto da estação de metrô Plaza Italia da linha D (verde), ou em Almagro, na Avenida Corrientes 3502, umas duas quadras para cima do Shopping Abasto.

Também fica aberta até tarde, especialmente às sextas e sábados.


Vale provar as pizza de presunto ou a napolitana, que são incríveis, e também as empanadas, que estão entre as melhores que já comemos na cidade.

Outras Pizzarias e Empanaderias


Existem outras pizzarias famosas em Buenos Aires, muito populares entre os locais, como a Pizzeria Guerrín, na Avenida Corrientes 1368, ou Las Cuartetas, também na Avenida Corrientes 838, ambas na região dos teatros, sempre movimentadíssimas, a poucas quadras do obelisco.

Agora, se você não dá a mínima para reputação e quer seguir seu próprio instinto, arrisque-se nas pequenas pizzarias, pois elas podem surpreender. No bairro de Almagro, há uma na Guardia Vieja com a Medrano que é uma das nossas favoritas, com ótimos preços e empanadas fora do comum, mas que é mais frequentadas pelos moradores da área.

Afinal de contas, é isso que vale em qualquer viagem, descobrir o que serve para seu estilo e para seu paladar.


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10 junho 2012

Mãos de Vaca na Mídia - Jornal Correio




Para a edição de 10 de junho de 2012, o Jornal Correio, da Bahia, preparou a seguinte reportagem:

Viagem planejada com antecedência pode ficar até 60% mais barata


Decidir viajar em cima da hora é bom, mas só para quem está com dinheiro sobrando. Quem planeja com pelo menos dois meses de antecedência encontra passagens, hotel, pacotes e cruzeiros por preços bem menores. Se sobrar, gaste em lembranças para a família!

E entre os sites indicados para ajudar na economia em sua viagem está o maosdevaca.com

"Denise (ex-comissária da Varig) e Henry (fotógrafo e autor de vários livros) moram em Nova York e dão dicas para viajar gastando pouco. Eles também são os autores do Guia Nova York para Mãos de Vaca" (Priscila Chammas)

http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-3/artigo/viagem-planejada-com-antecedencia-por-ficar-ate-60-mais-barata/


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07 junho 2012

Nova York, bairro a bairro - Chinatown e Little Italy


Nova York é incrível, e isto você já deve saber. No entanto, poucos bairros são tão fascinantes, na minha opinião, quanto Chinatown.

Primeiro, porque é um mundo à parte, praticamente independente, no meio de Manhattan. Depois, por ser este mundo à parte, é lá que você verá cenas únicas, que não serão encontradas em nenhuma outra região de Nova York.


Se você se ativer apenas à região mais turística, isto é, ao longo da Canal Street, você dificilmente aproveitará Chinatown em sua plenitude, terá apenas arranhado a superfície deste bairro surpreendente e singular.


Na verdade, qualquer passeio que se preze por Chinatown deve começar pela Canal Street, onde você pode chegar com os metrôs N e R (linhas amarelas) ou 6 (linha verde), desembarcando na movimentadíssima estação de Canal St.


Assim que você sair da estação, já mergulhará em meio à multidão de turistas, muambeiros, residentes e tudo o mais que você puder conceber. Chinatown é uma explosão de cores, cheios, odores e produtos falsificados.
Neste trechinho da Canal Street, há uma porção de galerias e lojas com fundos falsos, onde você poderá comprar aquele último modelito de bolsa da Chanel ou da Louis Vuitton por um preço camaradíssimo, falsificada, é óbvio!


Todavia, se você der azar e passar por lá num dos dias das frequentes batidas policiais, há chances de encontrar fechadas várias destas lojas clandestinas.
Para encontrar os melhores preços nestas lojas, não há muita regra nem certezas. Você terá de pechinchar muito, enfiar-se em becos e vielas, desaparecer em fundos falsos em cantos escondidos ou meter-se em vans estacionadas em ruas escuras.

Para quem gosta de uma muamba, Chinatown é o paraíso!


Seguindo pela Canal St. em sentido leste, você avistará a Mulberry Street, onde está o que sobrou de Little Italy, um dos antigos redutos dos imigrantes italianos em Manhattan. Chinatown está em visível expansão, quase engolindo Little Italy e estendendo seus tentáculos para regiões ao redor.


Virando ao norte pela Mulberry St., há uma porção de restaurantes italianos com preços um pouco abusivos.
A comida não é ruim, adianto, mas acaba saindo um pouco caro para se comer massa, principalmente quando se pode optar por outros ótimos restaurantes italianos distantes deste reduto turístico e com preços melhores.


Explore a Mulberry St. e as quadras ao redor, depois retorne por esta mesma rua até a Canal Street e prossiga para leste até a Bowery Street, de onde você avistará o portal que dá acesso à Manhattan Bridge, e também o Mahayana Buddhist Temple, aberto gratuitamente para visitantes.


Este templo budista merece uma rápida visita e há uma lojinha no segundo andar. Quase sempre se pode ver um ou outro grupo de monges vestidos todos de laranja, uma cena bastante pitoresca.


E não se esqueça de tirar uma foto junto com os leões dourados da entrada!

Neste ponto, você tem duas escolhas: 1 - fazer como a maioria dos turistas e voltar embora para a estação do metrô e seguir para outro bairro, ou 2 - perder-se nas ruas de Chinatown e desvendar sua verdadeira essência.


Se você tiver este espírito aventureiro, a minha recomendação é que você siga pela Canal St. um pouco mais, passando pela Chrystie St. e virando ao sul pela Forsyth St., ao longo do viaduto que dá acesso à ponte. Na East Broadway, bem embaixo da ponte, há um mercadão chinês inacreditável, com pouquíssimos ou nenhum ocidental à vista.


Depois que você chegou neste ponto, é aí que o bicho pega! Pois você provavelmente já estará bastante desorientado, quase ninguém falará inglês por ali, então o negócio é se embrenhar e conquistar as ruas confusas de Chinatown.


O melhor é prosseguir para oeste pela East Broadway até chegar novamente na Bowery e, uma quadra ao norte, você encontrará, à esquerda, a Doyer St., uma ruazinha curta e que lhe dará a certeza que você foi teletransportado para a China.
Conta a História que foi nesta rua que ocorreu vários tiroteiros e assassinatos no começo do século XX por causa de disputas entre gangues chinesas. Hoje, é muito pacífica e impressionante.


Depois suba uma quadra ao norte pela Mott St. e vire à esquerda na Bayard St. até chegar ao Columbus Park.

Esta é a cereja do bolo de qualquer volta por Chinatown. Se você for neste parque aos domingos, encontrará uma legião de chineses cantando, fazendo tai-chi ou jogando jogos tradicionais. Os chineses idosos vão lá para se divertir e é um clima superfamiliar.
Mesmo se você for o único ocidental por lá, ninguém vai lhe olhar com cara feia, pelo contrário, alguns ficarão curiosos e sorrirão para você.


Por fim, é só subir uma quadra para o norte que você estará de volta à loucura da Canal St., após ter passado pelos mercados e peixarias da região.

Este passeio completo pode ser feito em umas duas horas, ou muito mais se você resolver parar para comprar bugigangas. Mas eu lhe asseguro que será um dos passeios mais curiosos que você fará por Nova York.


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02 junho 2012

Itália para Mãos de Vaca - Pisa, muito além da Torre Pendente


Quando você anunciar que está indo a Pisa, muitas pessoas vão lhe dizer: "olha, meu amigo, nesta cidade só tem a torre inclinada para se ver".

Esta é uma grande mentira, provavelmente dita por alguém que esteve na cidade num ônibus de excursão saindo e voltando no mesmo dia para Florença, e que realmente não viu nada além da torre.


Primeiro, porque na Piazza dei Miracoli, a praça onde se localiza a Torre Pendente, há vários outros monumentos belíssimos da Idade Média e do Renascimento, como a Catedral de Pisa (Duomo), o Batistério e o Campo Santo Monumentale, tudo pertinho um do outro, a maioria com entrada paga.

Só fique esperto porque esta região é cheia de armadilhas turísticas, desde restaurantes com preços abusivos até espertinhos tentando lhe dar algum golpe ou vendendo bugigangas turísticas.

A minha recomendação, depois de ter tirado várias fotos com e da Torre Pendente, ter descansado um pouco no gramado da Piazza dei Miracoli e visto tudo que há de interessante nesta região, é começar a caminhar pelas ruas ao redor em direção ao sul.


Seguindo pela Via Cardinale Pietro Maffi, a algumas quadras a leste da torre, você encontrará as ruínas de uma antiga terma romana.
Pisa não é nenhuma Florença, abarrotada de atrações turísticas, então você pode percorrer facilmente e sem pressa o centro histórico e, em um ou dois dias inteiros, aproveitar bastante do espírito desta cidade.


Mais ao sul, você chegará à Via Giuglielmo Oberdan e, ainda mais para baixo, ao Borgo Stretto. Estas são ruas comerciais super-animadas, movimentadíssimas e é onde se pode encontrar um pouco da vida local de Pisa.


Os restaurantes ainda são um pouco caros, mas a mulherada se empolgará com as lojas de departamento e todas as opções de compras desta região.
Além disto, é nas vielas que partem destas ruas que estão algumas das verdadeiras jóias da gastronomia da cidade.

Spaghetteria Alle Bandierine


Um dos restaurantes mais bem recomendados de Pisa é a Spaghetteria alle Bandierine, que, como o nome já indica, serve espaguete. Aviso: serve espaguete, e praticamente nada mais além de espaguete.


Aposto que alguns já viraram os olhos e pensaram: "pagar pra comer macarrão? Estou fora!"

Acontece que o "Bandierine" não prepara qualquer macarrão. É um espaguete extraordinário e que posso dizer, sem hesitar, que foi o melhor que já comi na vida. O restaurante é pequenininho e não é difícil de ficar cheio, mas a comida é excelente e vale cada centavo.


Um pratão de espaguete (individual) custa um preço justo e a conta para duas pessoas, com espaguete bolonhesa, espaguete marinara e uma garrafa de água, saiu por 20 euros.


O restaurante fica escondidinho numa viela partindo de Borgo Stretto, mas é muito fácil de reconhecê-lo.

Alle Bandierine
http://www.ristoranteallebandierine.it/it.html
Via Mercanti, 4
das 19:30 às 23:30, todas as noites.

Uma voltinha pelo Rio Arno


O Rio Arno, o mesmo que passa por Florença, corta Pisa ao meio e é um belo passeio, principalmente se você estiver indo acompanhado.


Compre um gelatto numa das várias sorveterias da Piazza Garibaldi e, depois, acompanhe o movimento das centenas de bicicletas a cruzarem a Ponte di Mezzo.


E, no cair da tarde, é um belo ponto para assistir ao pôr do sol, sentado nas muretas ao longo do rio.

Hotel Astor


Nós nos hospedamos num hotel safadinho bem perto da estação de trem de Pisa, o Hotel Astor, autoproclamado um hotel de baixo custo.
O pernoite de última hora nos custou 60 euros e foi um dos preços mais em conta que encontarmos na cidade.


O quarto era pequeniníssimo e barulhento. O atendente da recepção ficou até altas horas papeando com os amigos e, como nosso quarto ficava no piso térreo, foi difícil pegar no sono.
Para nós que precisaríamos acordar às 5 da manhã para o nosso voo, não foi a melhor das experiências.

Chegando ao aeroporto

Se, assim como nós, você caiu em Pisa para aproveitar algum voo megabarato, a ótima notícia é que o aeroporto fica praticamente dentro da cidade.
Se você estiver somente de mochila e num bom horário, dá tranquilamente para ir caminhando até o aeroporto, distante 1,5 quilômetros da estação de trem.


Agora, se você preferir ir de transporte público, tem um ônibus que sai da frente da estação de trem, da linha LAM Rossa. Você pode comprar o bilhete antecipadamente nas tabacarias, ou diretamente com o motorista, e custa pouco mais de 1 euro.
Da estação de trem ao aeroporto não leva mais do que 10 minutos de ônibus.


Pisa é uma pequena cidade histórica, mas com uma energia incrível, bastante movimentada e que mereceria um pouco mais de carinho de quem a visita.
Ficamos encantados com Pisa e certamente está na nossa lista de destinos para retornarmos em breve.


Importante: favor ler as Perguntas Frequentes - FAQ.