Neste último dia de viagem, deixamos Burgos por volta das 11 da manhã, prosseguindo pela A1, a Autovia del Norte, num percurso inteiro sem pedágios, uma raridade!
Por outro lado, já se pode perceber que a manutenção da estrada já não é das melhores, apesar de ainda estar em bom estado.
Paramos no caminho para fazermos um lanche com o que já havíamos comprado no mercado nos dias anteriores.
Madri
Chegamos a Madri por volta das 2 da tarde, indo direto para o bairro de Entrevias, onde havíamos alugado um quarto por 165 euros por 6 dias, através do site Airbnb. Assim teríamos um bom tempo para procurarmos com tranquilidade um alojamento a longo prazo na cidade.
Balanço do dia
Distância percorrida: 246 km
Hospedagem: 165 euros
Total para duas pessoas: 165 euros
Exibir mapa ampliado
Não somos grandes adeptos deste tipo de viagens com um trilhão de paradas, apesar de ter suas vantagens e desvantagens.
Vantagens
- É possível ver muita coisa interessante pelo caminho;
- Pode-se notar as diferenças entre vários países, cidades e até mesmo entre regiões. Frequentemente, as próprias condições das rodovias e as paisagens de beira de estrada já denunciam que você cruzou as fronteiras de um país para outro;
- Aproveita-se melhor o tempo. Como uma passagem aérea para Europa tem um custo alto, percorrer vários destinos acaba sendo uma alternativa para se conhecer mais atrações;
- É uma baita aventura, que bem poucos tem coragem ou disposição para empreender.
Desvantagens
- Tem-se um conhecimento superficial de cada destino, pois não há tempo o suficiente para explorá-los bem;
- Os custos podem ser mais altos, quanto mais você se deslocar, mais dinheiro terá de destinar ao transporte;
- se você não manter um diário, a memória da viagem pode ficar confusa, sem saber muito bem por onde passou nem quando, já que muitas cidades, monumentos e restaurantes podem se assemelhar em alguns aspectos.
- viagens desta natureza são muito mais cansativas.
Obviamente que acabamos priorizando passeios gratuitos, como igrejas ou simplesmente passear pelas ruas históricas das cidades, pois se você adicionar visitas a museus ou outros passeios pagos, além de encarecer a viagem, ainda acabará perdendo um tempo precioso para explorar os destinos.
Não fizemos nenhuma restrição de alimentação. Normalmente adoramos sanduíches e outras besteiras, no entanto, todas as vezes que sentimos a necessidade de irmos a um restaurante para comermos uma refeição mais caprichada, não nos privamos disto.
Optamos pelas hospedagens mais em conta possíveis. Na Itália, onde hospedagem costuma ter um custo ingrato para os mãos de vaca, cortar neste ponto significa quase sempre cair em hotéis mais decadentes.
Já na França e Espanha, geralmente haverá alguma opção de Formule 1 ou Ibis Budget, com padrões de qualidade semelhantes e que serão o suficiente para uma noite tranquila. Para o melhor hotel que nos hospedamos, o Mercury de Burgos, conseguimos um cupom de desconto pela internet.
O preço do combustível variou bastante, sendo o preço mais alto de todos pago na Itália, por volta de 1,80 euros/litro, enquanto o melhor preço encontramos na Espanha, por volta de 1,32 euros/litro.
Em vários trechos, seria possível seguir por rodovias sem pedágio, no entanto, isto poderia significar um aumento considerável do percurso realizado, com um tempo maior de viagem, além de mais movimentadas ou até mais perigosas. Fizemos o que nos pareceu razoável, realizando a rota mais bonita na Riviera Francesa, sem pedágio, e percorrendo as rotas mais rápidas no restante do trajeto.
Estacionar nas proximidades dos centros das cidades pode ser um desafio e, por mais que fosse possível encontrar vagas gratuitas, na maior parte das situações deixamos numa garagem paga, pois todas nossas malas estavam dentro do carro, o que poderia chamar a atenção de ladrões, principalmente na Riviera Francesa, onde há vários relatos de assaltantes em motos.
Foi uma viagem incrível e inesquecível. Esperávamos um pouco mais do sul da França, mas a Espanha é sempre encantadora. Os pontos altos foram na Espanha, na região do País Basco e em Burgos, e, na França, a cidade medieval de Carcassone.
Poderíamos ter cortado ainda mais os gastos em hospedagem e, principalmente, em alimentação, se houvéssemos evitado alguns restaurantes mais caros. Mesmo assim, o importante numa viagem, mesmo com espírito mão de vaca, é não passar privações. Isto é simples, desde que se gerencie bem o orçamento.
Balanço total da viagem
Distância percorrida: 2037 km
Países: 4 (Itália, Mônaco, França, Espanha)
Cidades visitadas: 14
Combustível: 190,01 euros
Pedágio: 129,95 euros
Estacionamento: 26 euros
Hospedagem: 307 euros (excluindo os 120 euros do Airbnb em Madri, pois isto já é outra história)
Alimentação: 196,55 euros
Total para duas pessoas e um cachorro: 849.51 euros
Total por pessoa: 424,75 euros
Média individual por dia: 47,19 euros