Nova York foi fundada e cresceu a partir da extremidade sul da ilha de
Manhattan. Hoje,
Downtown é o coração financeiro da cidade, e em suas ruas estreitas e sombrias há muita História.
Existem muitas maneiras de explorar e também de se perder em Downtown, ao contrário do resto de Manhattan, onde as ruas e avenidas são numeradas, com as ruas cruzando a ilha de leste a oeste, e as avenidas de sul a norte, em Downtown não existe muita lógica.
As ruas são confusas, com bifurcações, curvas, algumas não passam de becos ou não tem saída, e os prédios altos também não ajudam muito na orientação.
É sempre importante ter um mapa em mãos e pedir informação aos locais.
Em dias de semana, o bairro fica cheio de trabalhadores da região, corretores da bolsa, executivos e bancários. Já aos finais de semana, os turistas dominam a área, em grandes grupos.
A vantagem de visitar Downtown num dia de semana é que você consegue encontrar todas as lojas abertas, assim como várias atrações turísticas.
Aos domingos, são poucos os estabelecimentos da região que abrem as portas, o que pode atrapalhar um pouco o passeio, principalmente se você se embrenhar pelas ruas fora do circuito turístico.
Eu sugiro que você comece o seu roteiro pelo
City Hall Park, onde está a prefeitura. Algumas
linhas de metrô descem diretamente dentro do parque, como as linhas 4, 5, 6 e R, outras saem perto, como A, C, E, 1, 2 e 3, na
Chamber St.
Seguindo para o norte da prefeitura, fica o
Centro Cívico de Manhattan, onde estão localizados vários órgãos governamentais.
A
Suprema Corte de Nova York fica nesta região e às vezes há movimentação de repórteres, principalmente quando há algum bandido famoso sendo julgado.
Uma rápida passada por ali já é mais do que suficiente, depois é só retornar ao City Hall Park e prosseguir sua jornada rumo ao sul da ilha.
Se você conseguir segurar a ânsia para fazer compras, pode seguir em direção ao
Ground Zero, onde se localizavam as Torres Gêmeas. Lembre-se que este é um canteiro de obras, estão construindo o Freedom Tower e um memorial para as vítimas do 11 de setembro, então há sempre andaimes, guindastes e britadeiras.
Bem na frente do Ground Zero, fica o paraíso dos mãos de vaca, a loja
Century 21, com preços incríveis e geralmente lotadérrima. Sugiro que você deixe para retornar mais tarde ou em outro dia para as compras, principalmente se você for mulher ou estiver acompanhado da esposa. A Century 21 é um limbo, quem entra, demora horas e horas para sair.
Nas proximidades, há várias
redes de fast-food, como McDonald's e Burger King, se você estiver com fome e não quiser gastar muito.
Retornando pela Fulton St., você passará ao lado da
St. Paul's Church, uma igrejinha que ficava de frente para o World Trade Center, e foi uma espécie de base para ajudar as pessoas e abrigar os voluntários do 11 de setembro. Dentro da igreja, há homenagens aos bombeiros, vítimas do atentado e às pessoas que se dedicaram a ajudar os outros. Merece uma visita.
http://www.trinitywallstreet.org/congregation/spc/
Vire na Nassau St. e prossiga rumo ao sul, você passará perto do
Federal Reserve, um correspondente ao Banco Central brasileiro.
Depois, você chegará a uma das ruas mais famosas do mundo, a
Wall Street, chamada assim porque nos primórdios da colonização de Manhattan, havia um muro que protegia os colonos dos ataques dos nativos. Em nossa época, Wall Street é sinônimo de bolsa de valores e de muito dinheiro.
Neste mesmo cruzamento, da Wall St. com a Nassau St, fica o
Federal Hall, onde George Washington foi empossado presidente. Lá há um pequeno museu gratuitos, mas que só abre em dias de semana.
http://www.nps.gov/feha/index.htm
De Wall Street siga para a Broadway, onde fica a
Trinity Church, a igreja onde foi a rezada a primeira missa após a posse de Washington. É uma bela igreja e no cemitério anexo foram enterradas algumas personalidades da História Americana, como Alexander Hamilton, um dos pais fundadores dos EUA e dos redatores da Constituição.
http://www.trinitywallstreet.org/
Descendo pela Broadway, você chegará ao parque
Bowling Green e verá o famoso touro da Wall Street.
Dependendo do horário, a briga pode ser feia para conseguir chegar perto dele e tirar uma foto, ainda mais se você quiser o tradicional retrato segurando os testículos do animal, ritual que dizem trazer sorte e dinheiro. Eba!!!
Do outro lado do Bowling Green, há o
National Museum of the American Indian, que possui um acervo com itens de tribos indígenas americanas.
A não ser que você se interesse muito pelo assunto, este é literalmente um programa de índio. Há todo um aparato de segurança para entrar no museu, o acervo não impressiona e você sairá com a sensação que perdeu 30 minutos de sua vida lá dentro.
A boa notícia é o museu é grátis, ou seja, só perderá tempo mesmo.
http://www.nmai.si.edu/
Imediatamente atrás do museu, encontra-se o
Battery Park, de onde saem os barcos para a visitação da
Estátua da Liberdade e para
Staten Island, se você preferir não pagar para ir até a estátua.
Contornando o parque pela State St., você encontrará
Seton Shrine, onde morava Elizabeth Ann Seton, a primeira santa dos EUA.
http://www.setonshrine.org/
E um pouco mais adiante, na Broad St. com a Pearl St., está o
Fraunces Tavern, um restaurante famoso, típica armadilha turística, com comida ruim e cara, mas conhecido por ter sido a taverna onde George Washington celebrou, com seus camaradas, a retirada das tropas britânicas de Nova York.
http://www.frauncestavern.com/
Downtown possui várias outras atrações e segredos, mas este é um roteiro básico para você explorar o essencial desta vizinhança. Inevitavelmente, você acabará descobrindo, por si só, outros pontos interessantes pelas ruas de Downtown.
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