Sammya Araújo
Você sabia que pode pagar o quanto quiser para visitar as exposições permanentes dos maiores e melhores museus de Nova York? E que para aquele xixi que não dá mais para segurar (ou para urgência pior) as dezenas de cafés Starbucks são dos poucos e mais limpos lugares que não exigem consumo para liberar seus banheiros em Manhattan? Que dá para comprar ingressos para espetáculos off-Broadway por US$ 20,00, 20 minutos antes de começarem? Que há um tal Recession Package, que oferece jantar para dois numa churrascaria texana e um par de ingressos para shows de calouros no lendário Apollo Theater do Harlem por US$ 50,00?
Pechinchas como essas, sob medida para brasileiros que vão para o exterior com a cara, a coragem e a grana contada, garantem uma viagem inesquecível e com tudo o que se tem direito na Big Apple. Todas elas e muitas mais estão no blog
Barganhas, promoções e descontos especiais em passeios, lojas, shoppings, shows e restaurantes, mais roteiros com a melhor logística de transporte para todo canto, na ilha e nas imediações. Tudo no
“Grande parte da credibilidade do blog deriva desta nossa experiência pessoal, pois só falamos o que constatamos. Se um leitor nos envia uma dica que acreditamos ser interessante, primeiro vamos verificar pessoalmente para depois falar sobre ela. Somente assim teremos condições de explicar minuciosa-mente o que ver, fazer e como chegar lá. Além de que nos livramos do risco de falar besteira, ou indicar um programa de índio. Quer dizer, até indicamos, mas avisamos antes!”, diz Bugalho, sobre a metodologia do blog.
Nesse e em outros projetos, ele conta com a ajuda da esposa, Denise Nappi. O casal mora há três anos em Nova York, onde se divide entre um serviço de
O site surgiu, conta Bugalho, a partir da necessidade de conhecer a cidade. “Assim que chegamos, tivemos de nos virar para encontrar as barbadas e, como quase todo brasileiro, quando pensávamos na conversão dólar/real tudo parecia muito caro. Foi deste modo que encontramos alguns dos locais mais baratos, como o Jack’s, a Century 21 e algumas opções de alimentação”, conta o escritor.
A intenção de compartilhar suas descobertas foi aliada à incursão pela não ficção, gênero que o também filósofo Bugalho ainda não havia explorado. “No entanto, não queríamos que fosse como aqueles blogs pessoais, do tipo ‘hoje fui ao McDonald’s’, ou ‘amanhã vou ao museu’. A ideia era fazer algo pessoal, que tivesse a minha impressão digital literária, mas que também fosse objetivo e prático o suficiente para que qualquer pessoa pudesse utilizar as dicas”, comenta.
A experiência na garimpagem trouxe ao casal a certeza de que dá, sim, para fazer uma bela economia em Nova York, sem que isso represente passar maus bocados. “Sem dúvida é possível de se virar em NY sem precisar gastar muito. Basta pensar que aqui existem todos os tipos de pessoas, com diferentes tipos de necessidades e com diferentes padrões de consumo”, analisa.
A hospedagem é, de longe, o que consome a mais gorda fatia do orçamento da viagem à Big Apple. Mas tem como contornar, sugere o escritor, escolhendo um hostel (albergue) — muitos oferecem quartos e banheiros privativos como opção. O segundo maior gasto é a alimentação, avisa Bugalho.
“É aí que entra um pouco a ousadia e o fugir do lugar-comum. Existem vários restaurantes baratos, frequentados por locais, e que custam bem menos do que os localizados em pontos turísticos como a Times Square. Comer em chineses pra viagem, restaurantes latinos ou nos carrinhos de rua de comida árabe são boas opções. E por incrível que pareça, um prato nesses lugares que custa US$ 5,00 pode servir duas pessoas. Outras opções são as redes de fast-food. Enquanto no Brasil McDonald’s ou Burguer King têm lanches caros, aqui oferecem sanduíches a partir de US$ 1,00”, recomenda.
Outra dica é quanto às formas de deslocamento. Vale reservar uma graninha para passear nos míticos
‘Caminhos das pedras’ pipocam por toda web
Objetivo é sempre ensinar a conhecer o mundo sem gastar muito
Em
Bem escrito e com belas imagens, no
Vale conferir as “10 dicas para economizar com dignidade”, que incluem levar pouca bagagem. Parece uma obviedade, mas o comentário mostra o porquê: “Você pretende arrastar 20kg escada abaixo nas estações de metrô? Quem leva muita coisa acaba pedindo arrego e só quer saber de táxi. Dependendo do trajeto, a corrida fica mais cara do que três dias de almoço”.
MAPA DA MINA
As 10 maiores barbadas de Nova York, por Henry Alfred Bugalho e Denise Nappi
Esta loja é um verdadeiro achado em NY. Quase tudo no primeiro andar custa 99 centavos, e há outras grandes barbadas nos outros dois andares: de produtos eletrônicos, a cosméticos, relógios, brinquedos, comida...
É o passe para metrô e ônibus, ilimitado, que você paga pelo tempo que ficará na cidade.
A maneira mais barata (entenda-se de graça) para ver a Estátua da Liberdade.
Sem dúvida, um dos museus mais lindos do mundo. Dá para entrar pagando 1 dólar, ou qualquer outra quantia que se queira (há uma tabela com preços sugeridos, mas na bilheteria eles aceitam qualquer quantia e não fazem cara feia).
Nunca pagamos o preço integral para assistir a uma peça da Broadway. É possível encontrar ingressos promocionais nos guichês da TKTS, no e-bay, ou cupons de desconto na internet. O negócio é pesquisar.
Publicada no jornal Correio Popular de Campinas em 04/10/2009
http://www.cpopular.com.br/mostra_noticia.asp?noticia=1655164&area=2130&authent=750702622415524735305016276075
http://www.cpopular.com.br/mostra_noticia.asp?noticia=1655164&area=2130&authent=750702622415524735305016276075
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