22 novembro 2011

Dia de Ação-de-Graças e a Sexta-feira Negra 2011



O Dia de Ação-de-Graças (Thanksgiving Day) é uma celebração tipicamente norte-americana.
O origem da festa é agrária, uma forma de agradecimento pelo final da colheita. Conta a História que, nos Estados Unidos, esta data celebra também a ajuda dada pelos nativos aos colonos ingleses - os índios os haviam apresentado ao milho e os salvaram da fome após um rigoroso inverno.

Na verdade, o Dia de Ação-de-Graças se assemelha bastante ao Natal brasileiro. Nesta data, os americanos se reúnem em família e assam um peru. Pelo que pudemos notar, este é, ao lado do 4 de julho, um dos feriados mais importantes do país.

Assim, na quarta quinta-feira de novembro (dia 24, em 2011), o país para por causa deste feriado histórico. E é nesta data também que ocorre a Parada do Dia de Ação-de-Graças, organizada pela Macy's, e que neste ano tem uma nova rota.
A parada começa na rua 77 com a Central Park West, bem na frente do Museu de História Natural, vira na rua 59, desce pela Sétima Avenida até a rua 42, passa pela loja da Macy's na Sexta Avenida, vira na rua 34 e acaba na Sétima Avenida. A parada é um evento tradicional, com carros alegóricos e gigantescos balões com formas de personagens conhecidos.

Se você pretende assistir à parada, prepare-se para grandes multidões, para o frio e até para chuva. Por isto, a organização do evento recomenda que as pessoas comecem a chegar cedo, por volta das 6:30 da manhã, para conseguir um bom lugar.

No entanto, há um segredo: dizem que a melhor oportunidade para ver os balões é na noite anterior ao Thanksgiving, quando eles são inflados. O melhor horário é entre 5 e 6 horas da tarde do dia anterior, pois já haverá alguns balões cheios e outros sendo inflados.

Site oficial


A sexta-feira negra (Black Friday)

O Dia de Ação-de-Graças também é conhecido por causas de suas megapromoções. Quase toda grande loja realiza alguma promoção, mas as mais concorridas costumam ser as lojas de produtos eletrônicos.
Muitas lojas abrem por volta das 5 horas da manhã da sexta-feira e é uma bagunça, cada um correndo para agarrar o que puder. Mas, de um ano para cá, várias lojas tem aberto as portas mais cedo, a Macy's, a Best Buy e a Target abrirão à meia noite, enquanto o Wallmart receberá a multidão de compradores às 10 da noite de quinta, e a Toy'r'Us ainda mais cedo, às 9 da noite.
As filas são enormes e começam a se formar durante a quinta-feira em frente às lojas.

Alguns anos atrás, tentamos encarar a missão de comprar algo na Best Buy. Tinha gente acampado na fila desde a 1 hora da tarde da quinta-feira. Chegamos na fila por volta das 10 horas da noite da sexta e contamos 130 pessoas na nossa frente.
A noite estava fria, por volta dos 5 graus negativos, e quem já ficou muito tempo parado sob baixas temperaturas sabe que, após algum tempo, mesmo bem agasalhado, o frio acaba vencendo.
Como a equipe das lojas só chega um pouco antes de as lojas serem abertas, tudo pode acontecer nestas filas. Enquanto atravessávamos a noite sentados na calçada, o número de pessoas na frente da gente na fila milagrosamente aumentava. À meia noite, havia 160 pessoas. Às 3 da manhã, quase 300 pessoas.
É nesta hora que começam as brigas, o empurra-empurra e mais gente furando a fila.
Eu e a Denise só agüentamos este martírio até as 4 horas da manhã (como eu disse, a loja abria às 5) porque havíamos perdido a esperança de conseguir comprar algo que prestasse e também porque não conseguíamos mais sentir nossos pés por causa do frio.

Por isto, se você quiser encarar a aventura da Sexta-feira Negra, seguem dois conselhos:

1 - chegue bem cedo;
2 - vá muito bem agasalhado.

Contudo, mesmo que você não esteja disposto a este sacrifício por um desconto, há uma boa notícia - durante toda a sexta-feira, as lojas possuem descontos, mesmo que não sejam tão apetitosos quanto aqueles dados para quem dormiu na fila. Ou seja, se você é mão-de-vaca, mas nem tanto, acorde cedo na sexta-feira (umas 8 da manhã) e vá para as lojas; ainda haverá bons descontos.

Para conferir quais serão as promoções da Black Friday, abaixo estão dois sites:



E boa sorte!

21 novembro 2011

Mãos de Vaca na Mídia - Rádio Bandeirantes

No dia 19 de novembro de 2011, foi ao ar na Rádio Bandeirante, FM 90.9 ou AM 840, uma entrevista conosco sobre o nosso trabalho com o www.maosdevaca.com

Fomos entrevistados por Paulo Galvão para o programa Bandeirantes Acontece, e falamos sobre o Guia Nova York para Mãos de Vaca, viagem econômica, dicas para Nova York e Buenos Aires.

A entrevista pode ser ouvida na íntegra no player abaixo.





Importante: favor ler as Perguntas Frequentes - FAQ.

Mãos de Vaca na Mídia - Jornal A Tribuna

Mãos de Vaca na Mídia -

Casal de Brasileiros ensina mãos de vaca a se dar bem
Leila Silvino

Com o sucesso de vendas pela web do guia turístico Nova Iorque para Mãos de Vaca, já em sua segunda edição, seus autores, o casal Denise Nappi e Henry Bugalho, já estão preparando um novo livro, dessa vez tendo como cenário Buenos Aires, Argentina. Mas com o mesmo enfoque: como se dar bem sem gastar muito.

Denise é santista e ex-comissária de bordo e Henry é curitibano formando em Filosofia e autor de vários livros de ficção não publicados. O casal está vivendo em Buenos Aires desde o final do ano passado e antecipa algumas recomendações para quem quer desbravar a capital portenha, que recebe 1,5 milhões de brasileiros por ano: "Nunca coma em restaurantes de shoppings, são muito caros e a comida é péssima. Em alguns lugares não se cobra o cubierto (a entrada ou couvert).

"Diferentemente de Nova Iorque, o turista brasileiro que vem a Buenos Aires é mais simples, muitas vezes é sua primeira viagem para fora. Então vamos dar dicas desde a compra da passagem aérea", explicou Denise. O livro ainda está em fase de produção.

Autoimagem
"O brasileiro ainda tem vergonha de pechinchar ou assumir que é mão de vaca".

Saudade
"Eu sinto falta de algumas coisas de Santos. Da simpatia do nosso povo, do pastel com caldo de cana, dos lanches enormes das barracas na orla, de assistir à corrida 10km A Tribuna, de andar de havaianas no shopping, do pastel do Carioca e dos amigos".

De olho nas promoções

Desde que se mudou para a Argentina, o casal já viajou para o Brasil, Chile, Peru e parte da Europa aproveitando promoções de passagens aéreas. A Itália, onde a dupla passou mais tempo, talvez seja o próximo país a ser explorado num guia.
"No início, pensamos que iríamos ajudar mochileiros, mas nosso público tem juiz, médico, engenheiro. Fizemos um encontro em São Paulo e foram umas 50 pessoas".
De acordo ainda com Denise, "no país de Maradona, embora os índices de inflação divulgados pelo Indec (Instituto Nacional de Estatísticas e Censos, controlado pelo governo) sejam questionáveis, eles (os argentinos) dizem já ser possível sentir o aumento dos preços no dia a dia".
"Os argentinos sentem muito mais do que nós (esses aumentos), pela desvalorização da moeda. Mas, às vezes, até as taxas cobradas em bancos aumentam de um dia para o outro", conta Henry.

Vendendo água na rua

A história do casal começou em 2006, com a quebra da Varig, onde Denise trabalhava. Meses depois, os dois desembarcaram em Nova Iorque com um "mínimo" de dinheiro no bolso.
"Pagamos o primeiro aluguel de U$ 1 mil e sobrou menos ainda", lembra Denise. Às vésperas daquele que seria o "dia mais quente do ano", com alertas por rádio e TV para que os nova-iorquinos ficassem em casa, o casal então teve a ideia que duplicaria a parca renda: investiu tudo em água mineral e em um cooler e foi para uma das mais movimentadas esquinas de Manhattan vender.
"Depois de vender duas garrafas, veio um guarda e mandou que a gente recolhesse tudo porque não tínhamos licença para vender na rua. Ficamos com U$ 7", conta a ex-comissária. Depois de encararem bicos em baladas e bares para brasileiros, os dois abriram um pequeno serviço de dog care, como é chamado do trabalho de passear com os cachorros.
De tanto caminhar pela ilha, "cerca de 20 quilômetros por dia", segundo Henry, e ainda com pouco dinheiro, o casal foi acumulando uma lista de dicas para desfrutar a cidade com pouco dinheiro: de lojas onde era possível comprar bons produtos a U$ 1,99 a ingressos para cobiçados espetáculos da Broadway por U$ 15.
"Tínhamos uma meia dúzia de blogs que não faziam nenhum sucesso. Então, pensamos: por que não fazer algo com nossas experiências?", recorda-se Henry.
No ar desde então, o blog chegou a picos de 400 mil visitantes por ano. Foram eles que começaram a pedir e sugerir que publicassem as dicas. Sem editora, o casal resolveu trabalhar por conta própria. Além de oferecer em formato PDF passou a editar, imprimir e postar os exemplares nos correios.


De brasileiro para brasileiro

Impressos de forma independente por uma pequena editora ainda em Nova Iorque, os volumes ocuparam diversas caixas que foram levadas para a casa dos brasileiros. Em sua segunda edição, o guia já contabiliza mais de 5 mil exemplares vendidos sem nunca ter passado por uma livraria. "Acho que o nosso é o único guia feitos de brasileiros para brasileiros. Os outros são traduções. Essa proximidade faz as pessoas comprarem", acredita Denise.
Com menos exemplares em casa desde a mudança para Buenos Aires, o casal decidiu manter a venda da versão em PDF, no blog, após a greve dos Correios, que atrasou a entrega dos pedidos. Isto sem falar dos leitores que pediram para ter a opção de levar também o guia em seus tablets eletrônicos. Vendidos atualmente por R$ 42 o pacote, o guia virou a fonte de renda dos dois.
Além do blog, Henry e Denise tentam manter, na medida do possível, a informalidade e contato com os leitores, por meio de e-mails e perfis em redes sociais, onde reúnem mais de 10 mil seguidores.
De olho nesse público crescente, os dois já planejam guias em outros formatos, como um mapa de onde comer as melhores comidas típicas de uma cidade. Sem gastar horrores para isto, claro!

Algumas dicas de Buenos Aires

Compra da passagem
Fique de olho nos sites de companhias aéreas. Algumas empresas estrangeiras que atuam no Brasil tem promoções semanais que é possível comprar bilhetes de ida e volta por até U$ 200

Hospedagem
Os apartamentos alugados por temporada são a melhor opção e podem custar o mesmo preço de albergues. No guia haverá uma lista dos sites mais confiáveis

Andar de metrô
Uma má notícia para os turistas brasileiros que adoram o baixo custo de Buenos Aires: acabou a era do táxi, em que o preço da bandeirada praticamente se equivalia a se deslocar de transporte público. Com a inflação, o melhor é usar o metrô e deixar os velhos carros amarelo e preto para o caso de dividir com grupos de amigos, por exemplo

Onde comer
O guia online Óleo (www.guiaoleo.com.ar) é o mais completo de restaurantes e bares de Buenos Aires, com resenhas e dados confiáveis, segundo o casal. Não bastasse isso, inscrevendo-se, o visitante consegue desconto em vários deles. Outra boa dica é aproveitar os menus de almoço, em que se pode desfrutar de uma refeição completa a preço fixo.

Passeios
A capital argentina também oferece passeios gratuitos em alguns dias nos seus principais pontos turísticos. Por isso é bom se programar. A Casa Rosada, sede do governo, por exemplo, abre suas portas para visitas sem custo todos os domingos e feriados.

Publicada no jornal A Tribuna (Santos), em 20/11/2011


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19 novembro 2011

Mãos de Vaca na Rádio Bandeirantes, domingo à noite


Amanhã, domingo, dia 19 de novembro, irá ao ar na Rádio Bandeirantes uma entrevista conosco sobre o nosso trabalho com o www.maosdevaca.com

Basta sintonizar em FM 90.9 ou AM 840, entre as 22:30 e 24 horas. Não temos o horário exato, mas estaremos por lá, no programa Bandeirantes Acontece, apresentado por Paulo Galvão.

É possível ouvir a rádio online no link

http://radiobandeirantes.com.br/

Vamos falar sobre Nova York, Buenos Aires e viagem econômica, então não percam!

Abraços.

***

17 novembro 2011

Cusco para Mãos de Vaca - a lindíssima Plaza de Armas

Plaza de Armas de Cusco

A Plaza de Armas de Cusco, a praça central, é uma das regiões mais encantadoras de todas da cidade, na minha opinião. É limpa, organizada e numa mescla perfeita entre a arquitetura colonial espanhola e os traços dos habitantes locais.
É provavelmente a área mais segura de Cusco também.

Plaza de Armas, Cusco

Toda a vida comunitária de Cusco gira ao redor desta praça, que também é o oásis de incontáveis turistas, que descansam um pouquinho até se aclimatarem à nauseante altitude.

Plaza de Armas, Cusco

Se você ficar meia hora sentado num dos bancos da praça, você verá uma variedade imensa de locais vendendo artesanatos ou simplesmente transitando por ali, curtindo o sol do fim de tarde.

Nas arcadas ao longo da praça, você encontrará restaurantes, lanchonetes, pousadas, escritórios de turismos e lojas. É por aí que você também encontrará o McDonald's, a salvação depois de uma semana em Cusco e no Vale Sagrado, quando você começar a se desesperar para comer alguma coisa lembre o que você está habituado em casa.
Inclusive, o McDonald's de Cusco é muito bom!

Cusco, vista para a Plaza de Armas

No lado leste da Plaza de Armas, encontra-se a magnífica Catedral de Cusco, com o altar todo de prata. Durante a semana, a entrada é paga e não é muito barato, em torno de 10 dólares por pessoa.
Se você puder esperar, deixe para ir visitá-la aos domingos, no horário da missa, assim, você não precisará pagar para visitá-la, mas também não poderá tirar fotos (na verdade, tirar fotos dentro da Catedral não é permitido mesmo durante as visitas pagas).

Plaza de Armas, Cusco

Boa parte de seus passeios por Cusco terão como ponto de partida da Plaza de Armas, e passeios contratados por operadoras de turismo também partem de ruas adjacentes.

Plaza de Armas, Cusco

E não deixe de ver o por-do-sol deste ponto também, quando o céu tinge-se dum dramático tom arroxeado, a coisa mais linda do mundo!

Plaza de Armas, Cusco

Mas não se esqueça de trazer um casaquinho, pois faz frio pra burro depois que escurece!
Qualquer coisa, você pode comprar um dos gorros vendidos a preço de banana pelos ambulantes da Plaza de Armas (muito mais baratos do que nas lojas de artesanato, se você souber barganhar), e quem sabe até bater um papo com eles.

View Plaza de Armas de Cusco in a larger map


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16 novembro 2011

Century 21 abre nova loja no Upper West Side. Ueba!!!


Os mãos de vaca de plantão não poderiam receber notícia melhor: além da imensa loja em Downtown Manhattan, agora é possível também se esbaldar com as barganhas da Century 21 também no Upper West Side, pertinho do Lincoln Center.

Para quem já se acostumou com a muvuca e a bagunça da loja de Downtown, a promessa é que esta filial seja mais organizada e limpa, mas igualmente lotada de compradores desesperados por uma barganha.

Como sempre, a Century 21 se destaca por roupas de marcas famosas a preços acessíveis, que levam à loucura qualquer um. Muita gente consegue passar facilmente um dia inteiro na loja, então prepare a paciência e o bolso.

No entanto, esta nova loja não tem a seção de cosméticos nem de artigos domésticos, nem um estoque tão grande e diversificado quanto a matriz de Downtown, já que é metade do tamanho da outra, mas a organização da loja pode acabar compensando para ajudá-lo a encontrar o que você procura ou necessita.

A nova Century 21 Upper West Side fica na Avenida Broadway, entre as ruas 66 e 67, e abre de segunda a sábado das 9 da manhã até as 10 da noite, e aos domingos das 11 da manhã até as 8 da noite.

O metrô mais próximo é o trem 1, da linha vermelha, desembarcando na estação 66 st/Lincoln Center.

Site Oficial da Century 21
http://www.c21stores.com/


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14 novembro 2011

Cerro Santa Lucía, vista panorâmica grátis no coração de Santiago

Cierro Santa Lucia, Santiago, Chile

Não muito longe da Plaza de Armas de Santiago, subindo pela Calle Merced, você chegará ao Cerro Santa Lucía.

Este é um parque ao redor de um morro rochoso e um dos locais mais agradáveis da cidade para descansar, fazer um piquenique ou namorar. Nos finais de semana, famílias passam a tarde ali e, durante os dias de semana, estudantes aproveitam para matar aula e deitar-se na grama.

Cierro Santa Lucia, Santiago, Chile

A entrada ao Cerro Santa Lucía é controlada, mas nada para se preocupar.

Tem apenas um tiozinho com uma prancheta que lhe pede um documento, muito simples. Aliás, esta é uma prova que, para se resolver certos problemas, medidas simples podem surtir efeito. Basta por um guardinha na porta pedindo documentos que você não verá um mendigo, pedinte ou criança de rua vagando pelo parque.
Mas isto não impede que os cachorros de rua entrem, que são companhias simpatissíssimas por toda a Santiago.

A subida até o topo do Cerro não é muito íngreme, mas pode cansar um pouquinho. Mesmo assim, vale a pena o esforço e chegar até a torre, que proporciona uma linda vista de Santiago e dos Andes. Infelizmente, não é adaptado para cadeirantes (mas há um elevador que dá acesso ao parque na base do Cerro).

Cierro Santa Lucia, Santiago, Chile

É um passeio ótimo para um fim de tarde e, na minha opinião, é até mais divertido que a vista de sobre o Cerro San Cristóbal (aquele subindo num funicular). Há uma seção muito agradável para sentar-se e relaxar, tomar um sorvete, bater um papo e fazer um carinho nos vira-latas.

Faça um favor para si mesmo, encontre um tempo em seu roteiro por Santiago para ir até Cerro Santa Lucía.

Cerro Santa Lucia
Entrada por calle Santa Lucía com calle Merced.


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11 novembro 2011

A Noite dos Museus em Buenos Aires

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Amanhã, dia 12 de novembro de 2011, ocorrerá A Noite dos Museus em Buenos Aires.

Entre as 8 da noite e 3 da madrugada, 174 museus em 23 bairros diferentes abrirão gratuitamente suas portas para qualquer visitante, como o Malba, o Museo Nacional de Bellas Artes e o Museo Xul Solar, por exemplo.

Os portenhos são um povo com hábitos noturnos, que costumam sair tarde de casa para jantar, e esta Noite dos Museus é só mais uma demonstração de apreço deles pelas horas após o sol se pôr.

No ano passado, mais de 600 mil pessoas aproveitaram para visitar um ou mais museus nesta mesma data, enchendo as ruas da cidade e deslocando-se também gratuitamente com os ônibus da rede pública.

Amanhã, o evento promete ser semelhante e, para pegar o seu passe gratuito para o ônibus (pois o metrô não funciona até muito tarde), você pode encontrá-lo e imprimi-lo aqui.

Se você estiver em Buenos Aires neste sábado, não deixe de participar deste gigantesco evento, envolvendo os inúmeros museus da cidade.

Site oficial de La Noche de los Museos
http://www.lanochedelosmuseos.gob.ar/index.htm


***

06 novembro 2011

Mãos de Vaca na Mídia - G1 (outubro)

Mãos de Vaca na Mídia - G1

Na Argentina, autores de ‘Guia para mãos-de-vaca’ dão dicas a brasileiros

Casal brasileiro vendeu 5 mil exemplares de guia turístico de NY pela web.
Buenos Aires será tema do próximo, em que ensinam a fugir da inflação.

Por Amaury Arrais

“Nunca coma em restaurantes de shoppings, são muito caros e a comida é péssima.” “Em alguns lugares não se cobra o cubierto (a entrada à refeição dos argentinos).” Passar algumas horas com o casal de brasileiros Henry Bugalho e Denise Nappi é como ler “Guia de Nova York para Mãos-de-Vaca”, um compêndio de barbadas de todos os tipos que vendeu mais de 5 mil exemplares só pela internet.

Buenos Aires, onde estão vivendo desde o final do ano passado, é o cenário do próximo guia para os turistas que não gostam de desembolsar muito dinheiro. Com o livro ainda em fase de produção, os autores dividiram com o G1 algumas das recomendações para quem quer desbravar a capital portenha, que recebe 1,5 milhão de brasileiros ao ano.

“Diferentemente de Nova York, o turista brasileiro que vem a Buenos Aires é mais simples, muitas vezes é sua primeira viagem para fora. Então vamos dar dicas desde a compra da passagem aérea”, adianta Denise.

Desde que se mudou para a Argentina, o casal já viajou para Brasil, Chile, Peru e parte da Europa aproveitando promoções de companhias aéreas. A Itália, onde passaram mais tempo, talvez seja o próximo país a ser explorado num guia.
No início, pensamos que íamos ajudar mochileiros, mas nosso público tem juiz, médico, engenheiro.

No país de Maradona, embora os índices de inflação divulgados pelo Indec (Instituto Nacional de Estatísticas e Censos, controlado pelo governo) sejam questionáveis, eles dizem já ser possível sentir o aumento dos preços no dia a dia. “Os argentinos sentem muito mais do que nós, pela desvalorização da moeda. Mas às vezes até as taxas cobradas em bancos aumentam de um dia para o outro”, conta Henry.
Vendendo água na rua
A história do casal –ele curitibano formado em filosofia e autor de vários livros de ficção não publicados, ela santista e ex-comissária de bordo- começou em 2006, com a quebra da Varig, onde Denise trabalhava. Meses depois, os dois desembarcavam em Nova York com “um mínimo” de dinheiro no bolso.

“Pagamos o primeiro aluguel de US$ 1 mil e sobrou menos ainda”, lembra Denise. Às vésperas daquele que seria o “dia mais quente do ano”, com alertas por rádio e TV para que os novaiorquinos ficassem em casa, o casal então teve a idéia que duplicaria a parca renda: investiram tudo em água mineral e um cooler e foram para uma das movimentadas esquinas de Manhattan vender.


“Depois de vender duas garrafas, veio um guarda e mandou que a gente recolhesse tudo porque não tínhamos licença para vender na rua. Ficamos com US$ 7”, conta a ex-comissária, rindo. Depois de encararem bicos em baladas e bares para brasileiros, os dois abriram um pequeno serviço de “dog care”, como é chamado o trabalho de passear com cachorros.

De tanto caminhar pela ilha, “cerca de 20 km por dia”, segundo Henry, e ainda com pouco dinheiro, foram acumulando uma lista de dicas para desfrutar da cidade com pouco dinheiro: de lojas onde era possível comprar bons produtos a US$ 1,99 a ingressos para cobiçados espetáculos na Broadway por US$ 15.

“Tínhamos uma meia dúzia de blogs que não faziam nenhum sucesso. Então, pensamos: por que não fazer algo com nossas experiências?”, recorda Henry. No ar desde então, o blog chegou a picos de 400 mil visitantes por ano. Foram eles que começaram a pedir e sugerir que publicassem as dicas. Sem editora, o casal resolveu pôr as "mãos-de-vaca" na massa: além de oferecer em formato PDF passaram eles mesmos a editar, imprimir e postar os exemplares nos correios.
De brasileiro para brasileiro
Impressos de forma independente por uma pequena editora ainda em Nova York, os volumes ocuparam diversas caixas que foram levadas para casa. Em sua segunda edição, o guia já contabiliza mais de 5 mil exemplares vendidos sem nunca ter passado por uma livraria. “Acho que o nosso é o único guia feito de brasileiros para brasileiros. Os outros são traduções. Essa proximidade faz as pessoas comprarem”, observa Denise.

Com menos exemplares em casa desde a mudança para Buenos Aires, o casal decidiu manter a venda da versão em PDF no blog após a greve dos Correios, que atrasou pedidos, e depois de muitos leitores pedirem para ter a opção de levar também o guia em seus tablets eletrônicos. Vendidos atualmente por R$ 42,50 o pacote, o guia virou a fonte de renda dos dois.

10 mil seguidores
Além do blog, Henry e Denise tentam manter, na medida do possível, a informalidade e o contato com os leitores, por meio de e-mails e perfis em redes sociais, onde reúnem mais de 10 mil seguidores.

Engana-se quem pensa que só de “mãos-de-vaca” vive o guia. “No início, pensamos que íamos ajudar mochileiros, mas nosso público tem juiz, médico, engenheiro. Fizemos um encontro em São Paulo e foram umas 50 pessoas", conta Denise, para quem o brasileiro ainda tem vergonha de pechinchar ou assumir que é mão-de-vaca.

De olho nesse público crescente, os dois já planejam guias em outros formatos, como um mapa de onde comer as melhores iguarias típicas de cada cidade. Sem gastar horrores para isso, claro.

Publicada no G1, em 27/10/2011


Importante: favor ler as Perguntas Frequentes - FAQ.