31 março 2007

Onde encontro um cybercafé? (utilidade pública)


Está bem, você chegou a Nova York.
Já sabe como andar de metrô e onde tomar café-da-manhã, mas, e se você decidir checar sua caixa de e-mail ou tentar acessar o blog "Nova York para mãos-de-vaca" para saber se há alguma nova dica?

A experiência de procurar um cybercafé, tal qual no Brasil, que você paga e acessa a internet, pode ser frustrante. São raríssimos em Nova York.

Por quê?

Simplesmente porque todo mundo possui computador por aqui. Não existem cybercafés porque as pessoas não possuem necessidade de irem a algum lugar para acessar a net. Uma visita ao Starbucks será uma constatação deste fato; lá, boa parte dos consumidores, enquanto bebericam um cafezinho, estão usando seus notebooks para navegar na net. Já, para acessar e-mail, os nova-iorquinos usam os celulares mesmo, que dispensam, às vezes, o uso do computador.

"Mas eu não tenho notebook nem celular da hora!", você pode me dizer, "Como faço, então? "

Se você veio comprar um notebook (e, com certeza, encontrará ótimos modelos por preço acessível), boa parte do seu problema está resolvido. Nova York é repleta de hotspots, em cafés (como o Starbucks), em lanchonetes (McDonald's), em restaurantes e, até mesmo, em algumas praças, como no Bowling Green ou no Madison Park. A maioria deles é gratuito; no Starbucks, por exemplo, acho que nem precisa consumir (falaremos mais sobre esta rede posteriormente). Se não houver nenhum hotspot perto de você, há também a possibilidade de "emprestar" a conexão de algum desavisado que não tenha protegido sua rede wireless. Não é o mais ético a ser feito, mas, na hora do aperto, tudo vale.
Porém, se você não veio para comprar um computador e, ainda assim, quer acessar a internet, não se desespere. Há algumas lojas que permitem que você use os computadores de graça.
Lojas como o showroom da Samsung no Columbus Circle e algumas Best Buy são exemplos. A primeira, aliás, é uma loja futurística, com os lançamentos tecnológicos mais inacreditáveis, vale a pena a visita. Fica no shopping da Time Warner.

Mas a loja que realmente sabe cativar o cliente e criar aquele gostinho de "quero-mais" é a da Apple. Esta loja é maravilhosa, na Quinta Avenida com a rua 59.

(Entrada da loja da Apple, por: Henry Alfred)

A entrada é toda de vidro e uma escada conduz ao subsolo, onde vários produtos da Apple - IPods, Macs, Ipads, DVDs portáteis - estão disponíveis para serem testados, usados e abusados. É preciso ser ligeiro para conseguir um computador vago, a loja é sempre cheia e há turistas do mundo inteiro querendo ler seus e-mails. Quando for usar o micro, assegure-se que esteja no modo que não salva senha e login, pois imagino que você não queira que alguém acesse suas informações depois que você for embora.
A primeira impressão quando se entra na loja da Apple e se utiliza os Macs é:

"Eu quero um!"
(showroom na Apple, por: Henry Alfred)

E aqui, este sonho não é tão impossível assim. Enquanto no Brasil, um Mac não sai por menos de 4 mil reais (chutando baixo), aqui pode-se comprar um laptop da Apple por mil e poucos dólares. E só mexendo para notar a diferença.

Enfim, em Nova York, quase não há cybercafés, mas também não é necessário pagar para navegar na net.

Para saber mais sobre a loja da Apple da Quinta Avenida:

http://www.apple.com/retail/fifthavenue/week/20070325.html

e também não deixe de conferir a nova loja dentro da Grand Central, muito mais bem localizada e numa das atrações turísticas mais belas de Nova York.


Pós-escrito de 17 de fevereiro de 2008
Aparentemente, a conexão do Starbuks não é mais gratuita. Quem for tentar acessar internet nesta cafeteria, será redirecionado para um página onde poderá comprar tempo de acesso à internet com cartão de crédito.

Dica atualizada em 07/05/2010


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21 março 2007

A refeição mais importante do dia (alimentação)



Sua mãe (ou talvez sua vó) já devia lhe dizer:

"Coma seu café-da-manhã, pois é a refeição mais importante do dia".

A maratona de passeios que Nova York lhe proporciona exige que você se alimente bem, pelo menos no café-da-manhã.
Você constatará que em Manhattan há um tipo de estabelecimento bastante específico, conhecido como Deli (abreviação de Delicatessen). Existem milhares, talvez milhões, de Delis em Nova York. Duas, três, às vezes quatro, por quadra. Para onde você olhar, haverá uma Deli.

Mas que diabos é uma Deli?

Nas Delis vende-se de quase tudo. Elas são uma mistura de banca de revistas, mini-mercados (também chamado de bazares por nossos antepassados) e lanchonete. Nelas há doces, revistas, refrigerantes, papel higiênico, ratoeiras (é óbvio, já que NY é a cidade dos ratos) e, em algumas, uma pequena seção de frios e pães e também uma área para lanches.
As que servem cafés-da-manhã e almoço podem ou não ter mesas para comer no local.
O lanche é reforçado -- pão com ovo, queijo e uma opção de carne (bacon, presunto ou sausage - que não é salsicha, mas sim lingüuça), torradas com omelete ou ovo frito com bacon e batatas. Isto mesmo, tudo muito leve e diet!
Este desjejum lhe custará entre 2 e 4 dólares por pessoa, sem a bebida (em algumas Delis, o café é incluso).
Se você não souber falar inglês, pode arranhar um espanhol mesmo, já que 90% dos funcionários das Delis são mexicanos (ou provenientes de algum país hispânico). Só não garanto que você vá entender a resposta...

A indicação de uma excelente Deli é o "Gigi Café".
(fachada do Gigi Café da rua 34, por: Henry Alfred)

Existem três "Gigi Café" pela cidade. Um na rua 34, entre a Park Avenue e a Madison (bem perto do Empire States), outro na Terceira Avenida, número 985, e o último na Broadway, número 2067.

(Lanche metade comido do Gigi, por: Henry Alfred)

Se você der sorte, pode até um dia cruzar comigo por lá.

Mas as Delis são uma questão de gosto. O que vale para um não vale para outro. Quando você estiver aqui, talvez prefira uma perto de seu hotel, já que é bom começar o dia com o estômago forrado.

Para obter mais informações sobre o "Gigi Café"
http://www.cafegigi.com/

Dica atualizada 07/05/2010



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13 março 2007

Andando de ônibus (transporte)

(Placa sinalizando ponto de ônibus, por: Henry Alfred)

O ônibus é o melhor modo para se ver a cidade, isto se você não estiver com pressa.

Apesar do metrô ser rápido e eficiente, não é nada estimulante visualmente. As estações são quase todas iguais, você desaparece em meio a um ponto turístico e reaparece em meio a outro. Já com o ônibus, você estará ao ar livre, vendo a cidade passando por você, conhecendo áreas notórias e aquelas que não são assim tão badaladas, mas igualmente interessantes.
A malha de ônibus é imensa: há linhas em todas as avenidas e nas principais ruas. O metrô o leva a quase todos os lugares, mas o ônibus o levará, realmente, a todos os lugares da cidade. E, como já foi dito, você pode usar o mesmo METROCARD que serve para o metrô.

(Ônibus CROSSTOWN, por: Henry Alfred)

Na dica sobre a rede de trens, apontamos um dos defeitos das linhas de metrô. Elas cruzam a cidade no sentido Norte-Sul, porém, quando se trata de viajar Leste-Oeste, o metrô é um pouco deficiente. Os ônibus suprem, por sua vez, esta carência. Estas linhas chamam-se CROSSTOWN e são particularmente úteis quando se trata de cruzar do Upper East Side para o Upper West Side, quando o ônibus atravessa o Central Park.

(Tira para requisitar desembarque, por: Henry Alfred)

O embarque é feito pela porta dianteira, mas o desembarque pode ser feito por ambas as portas (dianteira ou traseira). Para solicitar o desembarque, basta apertar as tiras amarelas que correm horizontalmente por toda a extensão do ônibus, perto do teto, ou as verticais, paralelas a algumas janelas. Se você for desembarcar pela porta traseira, não se assuste, ela não se abrirá quando o ônibus parar. Ela só se abre quando a luz verde, sobre a porta, se acender e quando as tiras amarelas, também na porta, forem pressionadas.


Só é complicado na primeira vez, depois, fica fácil. Logo, você também aprenderá a gritar "Back door!" (Porta traseira!), quando o motorista se esquecer de liberar a luzinha verde.
É muito divertido, já que o povo de Nova York é muito prestativo e, quando percebem que alguém quer descer e a porta não se abre, todo mundo começa a gritar, em coro: "Back door! Back door!"

(Porta traseira, por: Denise)

O principal problema do ônibus é a lentidão.
Assim como com o metrô, existem dois tipos de serviço, o LOCAL, que pára a cada duas ou três quadras, e o LIMITED, que pára somente em pontos mais importantes (que geralmente coincidem com as paradas LOCAL do metrô).
Se você precisa percorrer distâncias curtas, vale a pena pegar o ônibus. Mas se você precisa chegar da rua 68 até a Union Square em menos de 35 minutos, então, esqueça! O ônibus levará quase uma hora para realizar este trajeto, enquanto que, com o metrô, você chegará em 20 minutos.

Nova York surpreende pela inclusão social. Há muitos cadeirantes, deficientes físicos e idosos circulando pela cidade. No entanto, apenas algumas estações de metrô são adaptadas para receberem cadeiras de rodas, e esta é uma das causas da lentidão dos ônibus. A cada estação é sempre o mesmo processo, desce cadeira de rodas, sobe velhinha com andador, desce velhinha com andador, sobe cadeira de rodas.
Se você estiver atrasado para algum compromisso, isto é extremamente irritante. Se não, tudo bem.

A escolha entre trem e ônibus dependerá de onde você quer ir e quanto tempo quer levar para chegar lá, só isto.

Detalhe: se você não houve comprado o METROCARD, os ônibus não aceitam pagamento em notas, apenas em moedas. Esta é uma boa oportunidade para você desovar aquele monte de moedas que você acumulou na cidade. Recentemente, alguns ônibus também estão aceitando cartão de débito, mas ainda são poucos.

Dica atualizada em 07/05/2010


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07 março 2007

Saiba sobre a cidade


Antes de cair de pára-quedas no meio de Nova York, é fundamental conhecer algumas coisas básicas sobre a cidade.

Quando falamos em Nova York, geralmente estamos nos referindo à ilha de Manhattan. É nela que estão quase todas as principais atrações turísticas, sempre que dermos alguma dica, será de algo em Manhattan, a não ser que seja indicado o contrário.
A grande Nova York é composta por cinco boroughs, que não são bairros, mas também não são cidades; os boroughs são divisões administrativas de Nova York e, no interior de cada um deles, há vários bairros.
Os cinco boroughs são: Manhattan, The Bronx, Queens, Brooklyn e Staten Island.




Se seu avião pousar em alguns dos dois principais aeroportos da cidade - o JFK ou o LaGuardia -, você terá de ir do Queens para o hotel em que você se hospedará. Se seu orçamento permitir, o ideal é ficar em Manhattan, de onde é mais fácil se deslocar para curtir as atrações turísticas de Nova York.
Com exceção de Manhattan e Brooklyn (que possui um pequeno centro histórico), você dificilmente irá para os outros três boroughs, a não ser que more lá. Em alguns casos, nem é recomendado, pois certas áreas do Brooklyn e do Bronx são bastante perigosas - claro que nem tanto, se compararmos com o Brasil - e também não há muito o que se ver.

Entre as décadas de 70 e 90, Nova York foi uma cidade com altos índices de criminalidade. Porém, após os atentados de 11 de setembro, o prefeito Rudolf Giuliani se mobilizou para tornar Nova York uma das metrópoles mais seguras do mundo. Você não precisa se preocupar com assaltos, furtos ou roubo. Aqui, quando alguém assalta outro com faca é notícia no jornal. Até os pobres aqui usam Nike, então, não há por que se preocupar em ter o seu Rainha ou Ortopé roubado por pivetes.
Não há razão também para esconder máquinas fotográficas, IPod ou notebooks. Todo mundo tem isto por aqui e, com certeza, não vão invejar o seu. As pessoas brincam que em Nova York se pode contar dinheiro, à noite, nas ruas do Harlem, sem ter medo. E isto não está muito longe de ser verdade.
Mas se você for o 1% azarado e for furtado, a polícia será muito prestativa e lhe dará assistência, já que eles não têm muito o que fazer, principalmente nas áreas turísticas, onde muitos policiais posam para as fotos dos visitantes.

E, o mais importante, saiba utilizar o metrô. Nova York tem um dos maiores e mais eficientes sistemas de metrô do mundo. Não há lugar em que você não possa chegar com ele, e este é o meio de transporte mais rápido da cidade. Você pode cruzar Manhattan de cima a baixo, do Harlem a Downtown, em pouco mais de meia hora.

Porém, como aproveitar esta maravilha nova-iorquina será o tema da dica #2.

Dica atualizada em 08/05/2010



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06 março 2007

A cidade para todos os bolsos

(foto por Henry Alfred: Times Square, à noite)

Em Nova York, uma pessoa pode gastar, no fim de um único dia, cinco ou cinco mil dólares, dependendo do que fizer e se sua renda permitir.
Como toda grande cidade, ela tem seus contrastes: os mendigos de Alphabet City e as dondocas da Quinta Avenida, o caixa do MacDonald's que faz 300 dólares por semana e o banqueiro da Park Avenue que ganha 300 dólares por minuto, as cadeias de fast-food que te alimentam por um dólar e os chiques restaurantes que, só de gorjeta, fazem com que você desenbolse cem dólares.
Existem aquelas pessoas que, quando empreendem uma viagem, podem se dar o luxo de frequentar os melhores lugares, comprar nas melhores lojas e visitar todas as principais atrações turísticas sem se preocupar com a fatura do cartão de crédito.

Porém, no Brasil, este tipo de pessoa é uma raridade.

A maioria dos que viajam está realizando sonhos da vida inteira, economizando às vezes por anos e, quando desembarca em seu destino, tem o dinheiro contado para seus poucos dias de turismo.
Este blog destina-se a estas pessoas, que não podem (ou não querem) pagar 40 dólares num macarrão ou U$ 50 para visitar um museu.
É possível sim se divertir, e bastante, em Nova York com pouco dinheiro; em alguns casos, sem gastar nada.

Antes de embarcar nesta viagem, é preciso ter uma noção de quanto se pode gastar por dia. Com 50 dólares dá para conhecer quase tudo; com 20, não se come mal e é possível visitar algumas das principais atrações turísticas; com 10 dólares (não é impossível!)! certamente será uma viagem recheada de passeios bem alternativos...

Nova York para Mãos-de-vaca desvendará alguns segredos desta incrível cidade, ensinando, passo-a-passo, como aproveitá-la sem voltar endividado para casa.



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