12 março 2011

Porto de Pedras e o projeto do Peixe-boi marinho - AL

 
De Carro Quebrado, após termos nos perdido no canavial, seguimos para Maragogi.
No dia seguinte, o tempo estava bastante nublado e meio chuvoso, o que não nos motivou a ir até as piscinas naturais. Por isto, resolvemos aproveitar e voltar até Porto de Pedras, distante uns 40 km de Maragogi.


Para chegarmos lá, seguimos para Japaratinga, onde pegamos uma balsa para o outro lado do rio. Para atravessar com o carro, a balsa custa 8 reais por trecho, ou seja, 16 reais ida e volta.


A viagem até Porto de Pedras demorou mais ou menos uma hora e, assim que entramos na cidade, fomos abordados por pessoas que faziam os passeios para ver o peixe-boi. Perguntamos o preço e nos disseram que custava 40 reais por pessoas, mas, seguindo poucos metros mais adiante, outro barqueiro disse que sairia por 30 reais por pessoa.

(Flávia no centro, Caravéia à direita)

Na verdade, sem saber, havíamos dado a sorte de conhecer o Caravéia, um dos fundadores da cooperativa de barqueiros do Projeto Peixe-boi marinho, que nos levou até a sede do projeto, onde fomos apresentados à Flávia, a presidente da associação de guias.


Para chegarmos até o rio, tivemos de seguir por uma trilha de uns 10 minutos e a Flávia nos acompanhou no passeio de barco. Logo no início já avistamos um peixe-boi dormindo, o Tinga, depois prosseguimos à procura do Aldo, o mais famoso peixe-boi dali, mas foi ele quem nos encontrou. Estava seguindo o nosso barco.



O Aldo é um bicho simpatissíssimo, que até abraçou a nossa jangada. Para ajudar na reintegração destes animais ao habitat, não se pode tocar neles, mas o Aldo chegou bem pertinho da gente e parecia estar tão curioso quanto nós.


Eu estava realizando o sonho de ver um peixe-boi de perto (na verdade, meu sonho era nadar com eles, que não é mais possível há alguns anos)!


Além de nós, havia um outro barco com turistas, mas não sei se eles tiveram a sorte de ver o Aldo. Como a Flávia nos disse, não é sempre que os peixes-bois aparecem, o que deve ser um pouco decepcionante para quem faz este passeio.


Ao retornarmos à sede da Associação, a Flávia e o Caravéia nos explicaram um pouco sobre o projeto e suas dificuldades. É uma pena que um projeto como este, que além de ajudar a preservar os peixes-bois e também manter a economia da cidade, não possua nenhum tipo de apoio governamental ou de ONGs, por isto, eles contam somente com os passeios para manter a infrasestrutura da Associação e continuar com o projeto.



A camiseta do peixe-boi, vendida também na Associação, custa apenas 15 reais e é uma ótima recordação do passeio.
Quem quiser contatá-los para tirar dúvidas sobre o projeto, pode fazê-lo através do e-mail abaixo

peixeboipp@bol.com.br



Pedimos uma recomendação de restaurante bom e barato à Flávia, e ela nos indicou o Chez Domi, um restaurante charmosíssimo, no alto de um morro e com uma vista estupenda.
Quando vimos o chef francês e os preços do cardápio, que não eram nada mão de vaca, ficamos espantados. Pedimos um penne carbonara para dividirmos, e a nossa amiga pediu um filé mignon ao ponto.


Apesar de sermos os únicos fregueses no restaurante, a comida demorou séculos para chegar e, ao provarmos, foi uma decepção inexplicável. O filé estava pra lá de mal passado - "o 'ao ponto' francês é meio vermelhinho mesmo", foi o que a garçonete nos disse.


Já o macarrão estava cru, e quando digo cru não me refiro al dente, mas crocante de tão cru, parece que botou do pacote direto no prato, e com uma gota de molho. Este prato de macarrão cru e sem molho custou a bagatela de 30 reais!
Queríamos uma indicação de restaurante para os locais e havíamos caído numa armadilha turística! Vivendo e aprendendo.


A cidade de Porto de Pedras é bonitinha e talvez até valha uma esticada para curtir também a praia, mas é tão pequena que não tenho certeza se há pousadas para quem queira passar a noite por lá.




Importante: favor ler as Perguntas Frequentes - FAQ.

2 comentários:

  1. Olá Henry, no dia em que visitamos o Aldo ele tava muito tímido e só dava pra ver de longe.
    Sobre comer na região, não se se dá tempo ou se conhecem...
    vocês passaram em São Miguel dos Milagres e conheceram suas pousadas da Rota Ecológica? Como a Pousada do Caju, Pousada do Toque, Amendoeira etc? Não são nada mão-de-vaca, mas dá pra almoçar nas pousadas(vale ligar pra reservar). A comida é excelente, a maioria dos pratos servem duas pessoas = mas preço gira entre R$60 e R$80. Mas compensa!
    Abs

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  2. Não passamos por São Miguel dos Milagres desta vez.

    E acho que o Aldo estava querendo aparecer para a mulherada do meu barco! :D

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