30 junho 2007

Manhattan Mall (compras)

(Fachada do Manhattan Mall, por: Henry Alfred)

A diversão da classe média brasileira é passear no shopping.

Sinal dos tempos: com tamanha violência, as ruas se tornaram sinônimo de perigo, os pais não ficam tranquilos, a bandidagem rola solta.
Por isto, os shopping surgiram com a ilusão de segurança, um espaço delimitado, com todas as atrações existentes nas ruas (lanchonetes, lojas, cinemas), assim, tudo fica bem.

A idéia que temos dos EUA é a de shoppings gigantescos, intermináveis, cidades dentro de cidades. Esta até pode ser a verdade em outras regiões do país, mas, especificamente em Manhattan, quase não existem shopping centers. Até agora, só descobri três: o Manhattan Mall, o shopping da Time Warner e o do Píer 16.

Há as grandes lojas de departamento, como Macy's e Bloomingdale's, mas o conceito delas é bastante diferente do que temos de shopping centers.

(Interior do Manhattan Mall, por: Henry Alfred)


Falaremos então sobre o Manhattan Mall.

Em 2008, no auge da crise financeira nos EUA, várias lojas fecharam, algumas grandes redes faliram e isto também afetou um dos únicos shopping centers de NY, o Manhattan Mall.

Primeiro, iniciou-se uma grande reforma, o que fez com que o movimento diminuísse, depois, aquela que era a principal loja do Manhattan Mall, a Steve & Barry's, faliu. Por fim, a praça de alimentação no subsolo foi fechada. Algumas das lanchonetes foram transferidas para a Penn Station e, por meses, o shopping ficou deserto.


No entanto, no verão de 2009, foi aberta a enorme loja da JC Penney, que ocupa dois andares inferiores do Manhattan Mall.
Esta é uma loja bastante completa, com roupas masculinas, femininas, infantis, sapatos, jóias e artigos domésticos. No estilo de uma loja de departamentos, há marcas famosas por um preço bastante em conta - se você pegar uma promoção -, ainda mais se levarmos em consideração que, uma quadra para cima, está a Macy's, que de mão-de-vaca não tem quase nada.

É possível encontrar algumas ótimas barganhas na JC Penney. Além disto, você pode aproveitar e dar uma volta nos outros andares do Manhattan Mall, onde há uma Victoria's Secret (lingeries e cosméticos), uma Gamestop (loja de videogames) e outra loja feminina repleta de barganhas, a Strawberry.

Infelizmente, a praça de alimentação não será reaberta, mas mesmo assim, há várias opções boas e baratas na região.

O Manhattan Mall fica na Sexta Avenida, entre as ruas 33 e 32. Não é um shopping grande, mesmo para os parâmetros brasileiros; ocupa metade duma quadra, tem um andar e dois subsolos.

(Uma das loucas promoções da Victoria Secret, atualmente, os cremes estão bem mais baratos, por: Henry Alfred)


Não posso deixar de mencionar também que, do Manhattan Mall, é só cruzar a rua para chegar no Jack's World, o paraíso dos 99 centavos. Aliás, esta região da cidade é particularmente prolífica em barganhas, a poucas quadras dali, vende-se o IPod mais barato da cidade e fica também a Conway, com roupas breguíssimas, mas quase de graça.

Site do Manhattan Mall
http://www.manhattanmallny.com/
901, 6th Avenue (Avenue of Americas), entre as ruas 33 e 32.

Dica atualizada em 21/06/2010


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23 junho 2007

Grand Central (atração turística)

(Relógio no saguão da Grand Central, por: Henry Alfred)

Você deve estar pensando:

- O Henry só pode estar louco para falar duma estação de trem como atração turística!

Você até teria razão, se esta estação não fosse a Grand Central. Existem vários pontos de Nova York que impressionam na primeira vez que os vemos - a Times Square, a ponte do Brooklyn, o Empire States - , e a Grand Central com certeza é um deles.

Se você estiver chegando na Grand Central à pé, a primeira coisa que verá, caso venha pela rua 42 no sentido leste, será a magnífica fachada da estação, com o Chrysler Building erguendo-se atrás. Em qualquer hora do dia, mas principalmente à noite, esta é uma vista maravilhosa. Eu lhe asseguro que você vai querer tirar muitas fotos.

(fachada da Grand Central, por: Henry Alfred)

Porém, se você descer do metrô na Grand Central, ao subir as escadas (caso você tenha sorte de conseguir sair para a estação, pois existem várias saídas, algumas para a rua, outra para o Chrysler, outras para prédios adjacentes), você sairá num corredor que se parece muito com um dum shopping center ou duma galeria.

A Grand Central é, como o nome indica, grande. No saguão principal (Main Concourse), onde são indicados os embarques para os trens da linha Metro-North - que realiza viagens para os subúrbios do Estado de Nova York e Connecticut - é duma suntuosidade inacreditável. Pode-se até imaginar os membros da alta classe norte-americana, das décadas de 50 e 60, encasacados e de chapéus, circulando por aqueles corredores. Uma viagem no tempo.


Subindo as escadas, à esquerda, há um restaurante chiquetérrimo que, você, como mão-de-vaca que se preza, só vai olhar lá de baixo. Já do lado direito, há uma loja da Apple que merece a visita, onde você pode testar os produtos da marca e usar gratuitamente a internet.

Nos corredores que saem do Main Concourse, há uma série de lojas, algumas conhecidas, como Godiva, Swatch, Banana Republic, outras não, mas tudo muito caro e bonito, apenas para olhar. No corredor no sentido leste, indo para a Lexington Ave, há também o Grand Central Market, onde tudo é o olho da cara, mas de primeira qualidade, pães, queijos, vinhos, massas, frutas, peixes, etc., etc. É o que há de melhor no mundo, mas paga-se o preço por isto. Mas é uma visita imperdível.

(Grand Central Market, por: Henry Alfred)

No subterrâneo, há a praça de alimentação (Dining Concourse), também com algumas opções caríssimas. Evite comer lá! Principalmente quando ao atravessar uma ou duas ruas você encontra lugares bem, mas bem mais baratos mesmo.

Enfim, a Grand Central está entre um dos pontos turísticos de graça mais belos na minha opinião (inclusive, dentre as fotos que tirei da cidade, a Grand Central ganha em disparada). Além de ser famosa, no filme do "Superman", o primeiro deles, a base de Lex Luthor é nos subterrâneos da estação, e é sobre ela que cai parte do meteorito do filme "Armagedom". Algumas voltas pelos arredores da estação proporcionam também belas vistas, como do Chrysler Building e do Hotel Hyatt; e a Biblioteca Pública está a poucos metros dali.

A Grand Central dá acesso aos metrôs das linhas: 4, 5, 6, 7 e Shuttle para a Times Square.

Site oficial da Grand Central
http://www.grandcentralterminal.com/pages/default.aspx


Dica atualizada em 21/06/2010


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09 junho 2007

Rolé pela Times Square (atração turística)

(Times Square, à noite, por: Denise)

Existe passeio mais em conta do que aquele de graça, caminhando pelas ruas?

Nova York é uma cidade feita para ser conhecida à pé. O metrô o levará para as áreas mais distantes, mas, uma vez que você tenha chegado a seu destino, o negócio é estar equipado com um bom tênis e se preparar para andar muito.

Quando as pessoas pensam em Nova York, e eu também tinha esta concepção antes de vir para cá, a primeira imagem que surge é da Times Square - muitas luzes, grandes edifícios, multidão nas ruas, engarrafamentos monstruosos. A Times Square é tudo isto e muito mais, porém, é um dos poucos pontos da cidade onde o caos realmente impera. Noutras áreas, a paz é tão grande que nem se parece estar numa cidade com quase 10 milhões de habitantes, mas Nova York é isto, uma surpresa a cada esquina.

(Times Square, de dia, por: Henry Alfred)

A Times Square é maravilhosa em qualquer momento do dia, e se você passear por ela às 4 horas da manhã, mesmo assim estará lotada. No entanto, o grande encanto ocorre à noite, quando a luminosidade dos restaurantes, das propagandas, das lojas é tão forte que dá a impressão de ser dia.
Caminhar à noite pelo coração de Nova York é uma experiência indescritível e a única expressão que há para descrever a primeira vez que se vê a Times Square é:

"Caramba, meu!"

A maioria das lojas desta área fica aberta 24 horas, se não, ao menos as lojas ficam abertas até altas horas da madrugada. Na Times Square, nunca há feriados, as luzes nunca se apagam.


O que você precisa ver

São tantas coisas interessantes que é fácil acabar se esquecendo de algo.

A Times Square fica no cruzamento da Broadway com a Sétima Avenida, entre as ruas 42 e 43.

Este trecho da Broadway é particularmente famoso por causa de seus teatros, que exibem musicais consagrados como "O Fantasma da Ópera", "Os Mamma Mia", ou "Rei Leão", Um ingresso para um dos musicais custa, em média, 130 dólares, mas há como conseguir entrada mais barata, através dos guichês da TKTS (há um deles na rua 46, entre a Broadway e a Sétima Avenida), que vendem ingresso com até 50% de desconto. Falarei mais sobre isto posteriormente.

(Fachada da finada Virgin, por: Henry Alfred)

Na Times Square há também lojas imensas da Foot Locker (tênis e artigos esportivos); Toys "R" Us (com brinquedos), na qual há até um parque de diversões miniatura, com roda-gigante; da Hershey's, com chocolates e demais guloseimas; da M&M's, que é um delírio para os olhos e boca, da Hard Rock Café, da Bubba-Gump Shrimp Co, a empresa de camarões do filme Forrest Gump, há uma loja com souvenirs no térreo, com o terno que Tom Hanks vestiu na primeira cena do filme, e um restaurante no primeiro andar; entre outras, com bugigangas, chaveiros, camisetas, bonés, e todos aqueles badulaques que turistas amam para provarem que estiveram em Nova York.


Do que você precisa fugir

A Times Square é uma região turística por excelência, por isto, espere que tudo seja muito mais caro do que em outros pontos da cidade - McDonald's, Pizza Hut, Burguer King, tudo custa mais ao redor.

Além disto, há várias lojas de produtos eletrônicos, com computadores, câmeras fotográficas, IPods, que também são bem mais caros do que em lojas especializadas fora da Times Square.

O museu de cera Madame Tussauds também fica por perto. Adultos pagam 29 dólares, o que é um assalto à mão armada. Se você quiser uma amostra da exposição, você pode entrar no saguão do museu e tirar foto com algumas da estátuas abertas ao público. O Morgan Freeman sempre dá as caras. Ainda não fui ao Tussauds, mas não tenho tanta certeza se vale o que cobra.
O Planet Hollywood também certamente não vale o preço que cobra. O ambiente até que é interessante, com roupas e acessórios de filmes famosos, mas a comida é cara e insossa.

Ou seja, se você quiser economizar, vá para lá apenas para passear. Comer, comprar, visitar museus, deixe isto para fazer longe da Times Square.

No entanto, se o estômago estiver roncando e não der para esperar, na próxima dica falaremos sobre a rede de restaurantes "Dallas BBQ", que é barato para o que servem e possui uma filial na Times Square.

Dica atualizada em 07/05/2010


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