30 setembro 2007

TKTS, ingresso barato para a Broadway (Entretenimento)

(Cartaz dum musical da Broadway, por: Denise)

Nova York é sinônimo de Times Square, Estátua da Liberdade, King Kong no Empire States Building (o macaco não está lá, mas o prédio sim), Central Park e os musicais da Broadway.
Aliás, muita gente nem sabe que Broadway é o nome da avenida mais longa de Nova York — começa lá embaixo, em Downtown, e segue, cortando a ilha em diagonal, até o rabinho do Harlem.
Mas quando as pessoas se referem a “Broadway”, elas pensam num trecho entre as ruas 40 e 48, no qual estão situados vários teatros.


Assistir a uma peça da Broadway não é barato, afinal de contas, os musicais são superproduções, com equipes técnicas e elencos gigantescos, cenografia elaborada e toda aquela mística quanto aos grandes espetáculos, como “O Fantasma da Ópera”, “Les Misérables”, “Cats” e assim por diante.
Um ingresso num bom lugar, como a orquestra, por exemplo (isto é, na turma do gargarejo), pode sair por mais de 140 dólares. É grana! Duas pessoas gastariam uns 300 dólares por duas horas de espetáculo...


Mas nem tudo está perdido.
Existe uma possibilidade de se adquirir ingressos para a Broadway por até metade do preço.

— Como assim, Henry? — você me pergunta.

(Guichês da TKTS na Times Square, por: Henry Alfred)

É simples. Nem todas as peças, e nem todas as sessões dum espetáculo lotam.
Assim, os teatros possuem a liberdade de venderem os lugares que sobraram por um preço mais barato, às vezes, 25%, noutras, 50%. Por isto, certos musicais muito badalados não costumam ter ingressos sobrando.

(Painel eletrônico com os descontos para a Broadway, por: Henry Alfred)

Isto não quer dizer que você tenha de assistir a qualquer porcaria, aquele musical ridículo que ficou às moscas, porém, você nem sempre terá como escolher o lugar no qual quer sentar. Se sobrar um lugar na orquestra, você pagará 75 dólares, se sobrou mais ao fundo, custará mais barato.
O preço a ser pago sempre dependerá de quão perto você quer ficar do palco e, mais importante, se sobraram lugares.


E onde você compra tais ingressos?
O que direi agora não é novidade para muita gente. Na própria Times Square, perto dos teatros da Broadway, há um guichê da TKTS que vende oficialmente os ingressos excedentes (não é cambista, nem ilegal). Há um painel eletrônico onde constam os nomes das peças com ingresso com desconto, e com a percentagem deste.
Porém, a fila costuma ser quilométrica, talvez uma hora de espera.

("Está é a fila para o TKTS?", "Não, é só o começo dela!", por: Henry Alfred)

Agora vem a verdadeira barbada: este guichê da TKTS não é a único na cidade.
Há outra TKTS no Píer 17, em South Seaport. É neste guichê que os nova-iorquinos compram os ingressos para peças da Broadway. Raramente há fila e, se houver, é de no máximo 10 pessoas. Em 15 minutos, você já estará com os bilhetes na mão, poderá passear por South Seaport e, à noite, ir para a Broadway.

(Guichê da TKTS em South Seaport, por: Henry Alfred)

No entanto, não me peçam indicação de musicais. Primeiro, porque não sou muito fã do gênero, depois, porque ainda não fui à Broadway. Nenhuma das peças que eu gostaria de assistir estão em cartaz e não pretendo gastar 80 dólares para assistir a algo que não me interessa.

(Uma rápida comparação entre as filas já é suficiente, por: Henry Alfred)

Ouvi dizer que “Mama Mia”, “The Color Purple”, “Xanadu” e “Lion King” são muito bons, mas não posso confirmar esta informação.
Se assistir a algum e gostar, avise-me.


TKTS
A localização temporária do guichê da Times Square é:
West 46th st, entre a Broadway e a Oitava Avenida, embaixo do Hotel Marriot.

E, em South Seaport:
Na esquina da Front St com a John St.




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16 setembro 2007

Píer 17/South Street Seaport (atração turística)

(Fachada do Shopping no Píer 17, por: Henry Alfred)

Existem três níveis de entretenimento em Nova York:

- o primeiro é destinado, majoritariamente, a turistas, nesta categoria estão a Estátua da Liberdade, subir no Empire States, ir até a Times Square; muitos nova-iorquinos, por exemplo, nunca viram a Estátua de perto;

- o segundo é aquele destinado aos moradores da cidade. Existem áreas de NY, como certas regiões do SoHo, Upper East e West Side onde só se vê moradores, jantando, indo ao cinema, ao teatro, a um concerto, ou simplesmente passeando;

- por fim, há aquelas atrações que dividem a atenção de turistas e moradores, e o Píer 17 é uma delas.

(Banda de metais tocando no Píer 17, por: Henry Alfred)

O Píer 17 é um local encantador. Faz parte do setor histórico de Downtown e visa reconstruir a arquitetura portuária do século XIX. No cais, estão atracadas várias embarcações antigas.


O ideal é que você vá durante o dia, especialmente se estiver ensolarado (e quente, o que não o impede de ir durante os meses frios, mas o que dificulta muito o passeio ao ar livre), para desfrutar do clima agradável do Píer. De lá, é possível ter uma bela vista dos arranha-céus de Downtown e também da Ponte do Brooklyn.
(Embarcações antigas atracadas no Píer, por: Henry Alfred)

Além dos restaurantes e museus em South Street Seaport, há um pequeno shopping center. Não há lojas muito interessantes, mas a praça de alimentação é bem diversificada, mesmo que os preços das refeições sejam ligeiramente mais altos que em outras regiões da cidade. Porém, o mais interessante, é a vista que se tem de Manhattan, a partir dos terraços do shopping.
Certamente, uma das mais belas paisagens urbanas do mundo!

(Vista para a Ponte do Brooklyn, por: Henry Alfred)

Em South Street Seaport há também o segredo mais bem guardado de Manhattan, um outro guichê da TKTS, onde é possível comprar ingressos com metade do preço para a Broadway, sem filas e sem a demora do guichês na Times Square.

(Vista para a Ponte do Brooklin à noite, por: Denise)

Se você tiver tempo, volte uma noite ao South Street Seaport para ver a cidade iluminada, mas, repito, de dia é muito mais agradável.

Como chegar?

Independente de qual metrô você pegar, mesmo assim você terá de andar algumas quadras para chegar em South Seaport.
As linhas que param mais perto são:
- 2, 3, descendo na Estação Fulton Street, Broadway/Nassau

- Já as linhas 4, 5, A, C, R, W, 1, J, M e Z descem um pouco mais longe, mas basta seguir pela Fulton Street em sentido Leste para chegar ao Píer 17.



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04 setembro 2007

Ground Zero/ World Trade Center (atrações turísticas)


(A onda anti-americana se deleitou com os atentados ao WTC, mas não se lembra daqueles que sofreram por causa deles, por: Denise)

Lembro como se fossem ontem, eu acordando para almoçar (eu acordava tarde) e, quando cheguei no restaurante, a mulher do caixa me perguntou:
— Você viu que estão atacando os EUA?
Eu não havia visto, almocei às pressas e voltei para casa, apenas para assistir a reprise dos atentados às Torres Gêmeas em Nova York. Talvez, pela primeira vez, tenha passado pela minha cabeça de que éramos espectadores da História, de que também fazíamos parte dos acontecimentos globais.
Felizmente, nesta época eu ainda morava no Brasil.
(Listagem com os nomes de todos os bombeiros e policiais que morreram no interior dos prédios, por: Denise)

O ataque terrorista ao World Trade Center mudou o mundo: mudou a maneira como as nações encaram as ameaças terroristas, mudou os procedimentos de segurança das companhias aéreas, mudou o rigor para se entrar nos EUA, e, em Nova York, particularmente, o medo de que algo como o 11 de setembro de 2001 se repetisse, tornou a cidade muito mais segura.
Não é incomum que, em estações de metrô, haja polícia revistando mochilas e sacolas, à procura de algum artefato terrorista, e, de quando em quando, ouve-se uma mensagem automática nos trens, pedindo aos passageiros que prestem atenção em qualquer pacote suspeito. É este o objetivo do terrorismo, semear a dúvida no cotidiano, fazendo de qualquer pessoa um suspeito potencial.
Na semana que vem, completa-se seis anos do atentado terrorista ao WTC e, mesmo assim, quando se vai até o local onde estavam as Torres Gêmeas, há um clima pesadíssimo, uma mistura de reverência e incompreensão. Reverência pela memória daqueles que morreram, daqueles que trabalham nos edifícios e de bombeiros e policiais que entraram neles para salvar vidas.
(A reconstrução já começou, o tamanho duma nação se mostra na capacidade de se reeguer, por: Henry Alfred)

O tamanho da devastação impressiona, tanto no buraco onde as Torres desabaram quanto nos arredores, com edifícios e ruas danificadas até hoje. Dizem que até 2012, erguerão um prédio, chamado Freedom Tower, e construirão um memorial em homenagem às vítimas. É trabalho pra caramba, pois, quem vai para aquela área, tem a imagem de que aquilo é um grande canteiro de obras.
Depois de rodar por aquele lúgubre cenário, você pode aproveitar para espairecer na Century 21, que é em frente ao Ground Zero, ou ir em direção a Downtown e passear pela Wall Street e se perder nas ruelas da região.
(Seis anos depois, e a cidade ainda apresenta as marcas do terrorismo, por: Henry Alfred)

Quem sabe, um dia, a imagem que tenhamos não será mais esta, da destruição, mas da reconstrução, porém, os nova-iorquinos nunca se esquecem das suas feridas.

Como chegar lá?

Com o trem 1, descer na estação Chamber Street
Com os trens A, C, 2, 3, 4, 5, descer na estação Fulton Street
Com o trem 6, descer na estação Brooklin Bridge – City Hall
Com o trem E, descer na estação World Trade Center
Com os trem R e W, descer na estação City Hall




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