04 janeiro 2010

Mãos-de-vaca na Mídia - Em Dia News


Os namorados Henry Alfred Bugalho, 27 anos, e Denise Nappi, 26 anos, tiveram a idéia de escrever o Guia NY Para Mãos-de-Vaca depois de perceberem que muitos amigos deixavam para lá o sonho de viajar à "capital informal do planeta" por conta dos preços de hospedagem, passagem e alimentação na cidade, sem falar nas entradas para atrações turísticas e espetáculos na cidade que nunca dorme.
Depois de seis meses na cidade, eles perceberam que o que faltava para os amigos era um compêndio de dicas caprichadas. Foi assim que Henry - com a ajuda providencial de Denise, que diz "adorar xeretar tudo" - começou a publicar um blog apresentando uma cidade tão barata quanto divertida, ao alcance do turista brasileiro mais consciencioso. Logo, o blog virou uma comunidade no Orkut e um guia que, em português ao menos, é produto singularíssimo no mercado turístico internacional. "Este não é um guia apenas para os pão-duros ou para mochileiros. Ele também é voltado para os que têm um objetivo muito específico, como comprar produtos eletrônicos ou de informática e que querem aproveitar a cidade sem esbanjar. Ou seja, para quem quer ser inteligente na hora de manejar os gastos em uma viagem para NY", diz Henry.

A dupla, que vive no East Harlem e abriu a empresa Dog Care, dedicada ao dog walking (ou seja, passeiam com cachorros dos moradores da cidade quando estes não podem agradar os bichanos), lembra que no início tudo foi tão complicado que um belo dia eles se viram com US$ 7 no bolso para passar um dia na cidade. Foi aí que descobriram as lojas de US$ 0,99 e perceberam que o perrengue poderia se transformar em um bom conselho para turistas interessados em viver a NY de verdade, com menos fantasia mas sem perder o encanto jamais.

As dicas começaram a pipocar. Compre passagem sempre com antecedência e lembre que os vôos mais baratos são os da Japan Airlines (mas eles só vendem por telefone e em São Paulo), que segue para Tóquio, ou os da Copa Airlines (estas saem até por menos de US$ 500, mas há a parada de um dia no aeroporto da Cidade do Panamá). Ainda há a opção de se viajar de ônibus até Manaus (haja disposição para os que saírem do sul do País) e voar de lá pela TAM, lembra Denise.

Entre as diversões gratuitas mais pitorescas estão, por exemplo, a dos astros de Hollywood dando sopa filmando nas ruas da cidade (para descobrir as filmagens do dia basta fuçar a Internet, de graça, em uma das três Apple Stores da cidade, que, além de belíssimas, funcionam como o internet-café gratuito do novo milênio).

O guia também oferece dicas práticas como uma tabela de gorjetas (para motoristas de táxi e também garçons) e uma seleção de lojas barateiras para sacoleira nenhuma botar defeito. "A cidade é repleta de brechós sensacionais. Meu favorito chama-se Housing Works e fica na Rua 23. Lá comprei um casaco da Banana Republic por US$ 7,50 tão novo que a etiqueta original, de US$ 180, ainda não havia sido retirada. Também achei um livro de capa-dura de US$ 230 que o Henry queria, em ótimo estado, por US$ 1. E uma bota linda do Alexandre Herchcovitch, de US$ 250, por US$ 20", conta Denise.

Mas pergunte a qualquer turista interessado em passar alguns dias em NY e a resposta será a mesma - o gasto mais assustador é sempre com a acomodação. Os hotéis da cidade - mesmo os mais baratos - costumam cobrar em média US$ 100 por noite. Pois os mãos-de-vaca garantem que a solução são os Hostels, mais voltados para um público jovem. A rede de hotéis Jazz oferece a opção mais barata da cidade: o Jazz on Lennox, na Rua 128, no coração do Harlem, onde se dorme em um quarto com beliches e banheiro compartilhado por módicos US$ 15. Reservas podem ser feitas no site do hotel (http://www.jazzhostels.com/jazzonthelenox.php). O valor da diária ainda é dos tempos em que o bairro era considerado um dos mais perigosos de Manhattan. Hoje é um dos mais valorizados da cidade, a passos do Central Park e com suas brownstones (casas históricas, erguidas em sua maioria na segunda metade do século XIX) vendidas em média por US$ 1 milhão.

Talvez parte do segredo do sucesso do Guia NY Para Mãos-de-Vaca deve-se ao fato de Henry e Denise serem dois típicos jovens brasileiros da geração ano 2000. Eles se conheceram pela web (ela trabalhava na Varig e ele em uma livraria em Curitiba), resolveram vencer na América juntos e vivem muito bem no mundo da economia informal nova-iorquina. A hora do passeio com os cachorros sai por US$ 25. O guia é um sucesso de vendas em uma editora virtual (ou seja, os gastos de produção são mínimos) e os meninos continuam felizes descobridores de mais e mais atrações boas e baratas na cidade que já chamam de sua. "Não sabemos o que virá pela frente, mas ainda sonhamos em fazer um Guia Buenos Aires, um Madri, e, o maior desafio de todos, um Londres para Mãos-De-Vaca", conta Denise.
Serviço:
O Guia NY Para Mãos-de-Vaca pode ser comprado por R$ 11,99 no site www.maosdevaca.com.br

Reportagem publicada no dia 28/05/2008, no Em Dia News


Importante: favor ler as Perguntas Frequentes - FAQ.

Um comentário:

  1. Henry e Denise,

    parabéns pelo seu Guia. Eu comprei o PDF e achei muito bom, pois vou conhecer NYC no fim de março.

    Gostaria que me ajudassem com uma dúvida: para sair do aeroporto de Newark para ir a Manhattan, qual a melhor opção? Iremos em 3 casais, e isso pode baratear nosso trajeto.

    Obrigado, e sigam adiante com seu projeto. Espero poder voltar em Abril com dicas para ajudá-los.


    Renato Oliveira
    Goiânia-GO-BR

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