09 novembro 2014

Muro de Berlim: Checkpoint Charlie, Memorial do Muro e East Side Gallery



A construção e a queda do Muro de Berlim são repletas de significados.

Primeiro, simbolizou a divisão entre as nações capitalistas e as socialistas, que durante várias décadas empreenderam um embate ideológico e militar pelos corações e mentes do povo.
O muro era uma cicatriz exposta dividindo Berlim em duas: de um lado, uma cidade altamente controlada pela repressão comunista, sem liberdades individuais, onde imperava o medo; do outro, uma moderna cidade sob o controle de três países: EUA, Inglaterra e França, a famosa ilha capitalista no meio da Alemanha Oriental.

Por outro lado, a queda do muro em 9 de novembro de 1989 foi o sintoma mais evidente da falência do bloco soviético e deflagou uma série de movimentos populares em vários países do Leste Europeu.


O que antes simbolizada o horror de uma iminente guerra nuclear que poderia dizimar a vida na Terra, hoje é a principal atração turística de Berlim, e seus restos podem ser encontrados em várias partes da cidade; de fato, há pedaços do muro de Berlim distribuídos por todo o mundo.

Em seu auge, o Muro de Berlim tinha 155 quilômetros, contornando completamente o setor de Berlim Ocidental; em grande parte, era um muro de concreto com quase 4 metros de altura, mas em outros trechos eram apenas cercas de arame farpado, com torres de observação e soldados para a patrulha.

Conseguir atravessar o muro do lado comunista para o capitalista acabou se tornando, para muitos alemães, o passaporte para a liberdade e mais de 5 mil pessoas conseguiram escapar para Berlim Ocidental. No entanto, estima-se que quase 200 pessoas morreram nesta tentativa.

Hoje, é possível visitar alguns importantes trechos do museu, como veremos a seguir.

Checkpoint Charlie

Havia uma dúzia de postos de fronteira (checkpoints) que conectavam Berlim Ocidental com Berlim Oriental e com a Alemanha, mas, sem dúvida, o mais famoso é o Checkpoint Charlie, que ligava o setor americano à Berlim Oriental.


Atualmente, o Checkpoint Charlie é uma das atrações turísticas mais disputadas de Berlim. No posto que fica no meio da rua, há dois homens fantasiados de soldados americanos e que que posam para fotos com os turistas e cobram para carimbar o passaporte das pessoas com os carimbos de todos os antigos setores berlinenses.


A verdade é que esta área é uma bagunça, com pedestres disputando espaço com os carros, turistas tirando foto dos soldados, velhos Trabants (os carros que se tornaram os ícones da Alemanha Oriental) passando de um lado a outro. Ali perto fica o Museu do Muro de Berlim (www.mauermuseum.de), que custa a cacetada de 12,50 euros.
Do outro lado da rua, há também algumas partes do muro pintadas por artistas e painéis com o histórico do muro.

O Checkpoint Charlie fica no cruzamento da Friedrichstrasse com a Zimmerstrasse. A estação do U-Bahn mais próxima é a da Kochstrasse/Checkpoint Charlie.

Deste ponto, você pode esticara visita até o Topografia do Terror, a poucas quadras dali, ou subir até Potsdamer Platz.

Memorial do Muro de Berlim


Ao norte da cidade, encontra-se o Memorial do Muro de Berlim, um dos maiores trechos ainda preservados do muro.
Hoje é uma espécie de parque, com placas informativas sobre como era a construção do muro, algumas partes de pé e outras partes representadas por barras de metal.

Merece uma rápida passada.

Na Bernauerstrasse, extende-se por 1,4 km.

As estações mais próximas são a do U-Bahn de Bernauerstrasse e do S-Bahn em Berlin Nordbanhhof.

www.berliner-mauer-gedenkstaette.de/en/

East Side Gallery


Entretanto, o trecho mais surpreendente de todos do muro é a East Side Gallery. Uma verdadeira galeria de arte ao ar livre, com pinturas decorando 1,3 km deste trecho que sobreviveu.


É simplesmente impressionante e lindo, com grafites, imagens de protesto e desejo por libertação.

Ao longo da Mühlenstrasse. As estações mais próximas são a da S-Banh de Ostbahnhof e do U-Bahn Wahrschauer Strasse.

www.eastsidegallery-berlin.de
 
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Um comentário:

  1. Uau que sonho é Berlin! Realmente uma cidade vibrante e artística hoje, que tem muito história pra contar. Está no caderninho de viagens :)

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