30 maio 2012

Dormindo em aeoroportos - Guia de sobrevivência do mão de vaca


Você encontra aquela promoção irada de passagem aérea, com um preço imbatível, para o destino de seus sonhos, mas há um porém: você terá de passar a noite num aeroporto por causa do horário ridiculamente cedo do voo, ou terá uma conexão longa de madrugada (isto é, de várias horas).

E aí, o que você faz?
Compensa dormir (ou passar a noite em claro) no chão de um aeroporto apenas para aproveitar este descontão, você compra a passagem mas acaba pagando a diferença em hotel e táxi, ou é melhor pagar mais caro e não passar por este perrenque?

Depois de já ter dormido uma porção de vezes em aeroportos ao redor do mundo, segue os três quesitos básicos para quem deseja pernoitar num aeroporto:

1 - ter disposição e bom humor

Antes de tudo, dormir em aeroportos não é uma tarefa para aqueles que ficam ultra-mal-humorados após uma noite mal dormida, nem para quem não tem espírito de mochileiro.

Primeiro, porque dependendo do aeroporto, haverá movimentação durante toda a noite, anúncios nos alto-falantes, funcionários fazendo a limpeza, outros passageiros conversando, e frequentemente haverá bem pouco conforto e você acabará tendo de deitar-se no chão ou nos desconfortáveis assentos do saguão do aeroporto ou da sala de embarque.
São bem poucos os aeroportos das Américas e da Europa que pensam nos passageiros que pernoitam, ou seja, a vida pode não ser muito fácil.

Só lembrando que esta experiência pode não ser muito aconselhável para quem viaja com crianças, ou para idosos, pois geralmente o conforto é próximo de zero.

2 - pensar estrategicamente

Dormir em aeroportos é uma guerra sua contra os demais passageiros que também resolveram dormir lá. Cada um de vocês estará tentando encontrar o melhor lugarzinho, o mais tranquilo, o mais confortável, o mais silencioso para passar a noite, ou seja, é preciso ser um estrategista.
E quando você pensa que só você teve a brilhante ideia de passar a noite no aeroporto, de repente, brota uma multidão e todos os bons lugares somem com rapidez.

O ideal é não chegar tão tarde no aeroporto, pois assim você terá tempo de sobra para circular e avaliar o terreno, quais são os setores menos movimentados e onde há os assentos mais confortáveis.

Quando é permitido fazer o check-in antecipadamente, melhor, pois assim você pode ingressar nas salas de embarque e, conferindo nos painéis, você pode ver quais portões são menos movimentados ou com voos partindo mais tarde e se encaminhar para lá. No entanto, não são todos os aeroportos que permitem check-in com tanta antecedência ou que não abrem a área de embarque, ou seja, nestes casos você terá de dormir no saguão do aeroporto mesmo.

3 - ser criativo

Quando quase todos os funcionários do aeroporto já foram para casa e restaram praticamente somente alguns passageiros pernoitando, quase tudo vale.
Tem gente que dorme nas esteiras dos guichês das empresas aéreas, outros juntam bancos, outros se escondem atrás de vasos ou displays.

Em Montevidéo, um aeroporto onde já passamos várias noites, havia duas poltronas superconfortáveis (foto no topo), então, assim que entrávamos na sala de embarque, corríamos para elas e não levantávamos mais o traseiro de lá. Puxando as mesinhas de café, viravam uma verdadeira cama, e ainda era a zona de wifi grátis. Infelizmente, estas poltronas não estavam lá da última vez... (choro!)

Já na Bélgica, a Denise encontrou um cantinho escondido atrás de um cartaz, que apelidamos carinhosamente de "o quarto". Enquanto todos os demais passageiros se amontovam no meio do saguão, tínhamos um espaço privativo para tentarmos dormir um pouco.
Quando há poltronas sem braço, o negócio é se esticar ali mesmo, usando qualquer coisa como travesseiro.

O Kit Aeroporto


O pior erro de passar uma noite num aeroporto é ir despreparado.

Muitas vezes, as lojas e restaurantes dos aeroportos fecham cedo, ou seja, se você não tiver um biscoitinho e uma água consigo, pode acabar passando fome.
Aeroportos costumam ser lugares frios, e se você acabar se deitando no chão, tudo pode piorar. E também há o barulho e a claridade.

Por isto, segue um kit básico para pernoitar em aeroportos:

1 - leve uma manta leve e felpuda, que pode servir para forrar o chão ou usar para se proteger do frio, além de não ocupar muito espaço na mala. Também pode acabar sendo muito útil caso você viaje à noite em trens, ônibus ou se seu hotel estiver muito frio.

2 - tapa-olho e tapa-ouvido. Imprescindível num local onde há ruídos e claridade constantes. É a garantia de uma noite de sono tranquila.

3 - comida e água. Os preços dos produtos em aeroportos geralmente são abusivos. Levar uma água e um lanchinho com você significará uma economia, e também pode ser a merenda da madrugada. Já levamos até pizza para aeroportos.
No entanto, se você estiver dentro das salas de embarque, terá de comprar água lá dentro mesmo, ou mandar ver nos bebedouros ou pias de banheiro (pois há restrições a líquidos no embarque).

4 - entretenimento. Leve um livro, um notebook ou um tablet consigo, pois ficar várias horas sem fazer nada é um saco! Leve algum filme em DVD, um Ipod, ou qualquer outra coisa para distrair a mente, assim as horas noturnas passarão mais rapidamente. Nem sempre haverá internet gratuita nos aeroportos, mas quando há, também é ótimo para pesquisar sobre sua viagem.

5 - Leve um celular ou um relógio com despertador. De preferência que você consiga escutar usando o tapa-ouvido, pois tudo que você não vai querer é perder o seu voo!

Saiba um pouco sobre o aeroporto

Então você resolveu dormir no aeroporto, preparou o espírito e seu kit básico, mas você sabe se o aeroporto fica aberto à noite?

Nem todos os aeroportos ficam abertos 24 horas, ou seja, às vezes dormir lá nem é uma opção. Recentemente, pensamos em dormir no aeroporto de Pisa, na Itália, por causa de um voo que partia às 6 e meia da manhã, porém descobrimos que o aeroporto fechava, ou seja, tivemos de correr procurar um hotel na região para passarmos a noite.

A melhor referência para quem deseja passar a noite em aeroportos é o site (em inglês) The Guide to Sleeping in Airports, que possui comentários de várias pessoas que já dormiram em aeroportos nos quatro cantos do planeta.

http://www.sleepinginairports.net/

É muito bom para já saber o que o aguarda, seja para o bem, seja para o mal. Lá há resenhas sobre os aeroportos, quão confortáveis são, quais são os serviços disponíveis, se há internet e o horário de funcionamento.
Uma leitura obrigatória para quem pretende viver esta aventura.

E você?

Você já passou a noite em algum aeroporto? Onde e como foi a experiência?

Compartilhe conosco suas histórias, traumas ou fatos curiosos ao dormir num aeroporto ao redor do mundo.


Importante: favor ler as Perguntas Frequentes - FAQ.

27 maio 2012

Europa para Mãos de Vaca - vai de avião, trem, ônibus ou carro?


Você está planejando sua viagem para a Europa, seja para mochilar por vários países, seja para explorar uma única região, mas está na dúvida sobre como se deslocará de um lugar ao outro, e como poderá economizar em transporte?

Antes de tudo, saiba que o transporte representará um dos maiores gastos de sua viagem, logo atrás dos custos de hospedagem (ou quase o mesmo tanto que alimentação, se você for bom de garfo), principalmente se você for pular de galho em galho na Europa, como a maioria dos viajantes faz.

Decidir seu itinerário e ter uma noção de como você chegará de uma cidade à outra pode significar uma boa economia, ainda mais se você tiver o espírito aventureiro, fugindo de pacotes turísticos, e viajando como os moradores locais viajam.

As quatro opções óbvias de transporte na Europa são: avião, trem, ônibus e carro. Além destas, você ainda pode recorrer a outras menos ortodoxas como de bicicleta, à pé ou pedindo carona nas estradas. Existem cruzeiros, mas neste caso você já estará um pouco fora do perfil do viajante mão de vaca, a não ser que encontre um preço excepcional para ir num transatlântico, além de que um navio não poderá levá-lo a todos os destinos.

Nesta introdução, falaremos um pouco sobre as vantagens e desvantagens destes meios de transporte, mas posteriormente explicaremos mais em detalhes cada uma delas, e como você poderá aproveitar melhor a imensa malha de transporte da Europa.

Avião


Se você está vindo da América, provavelmente chegará em algum dos principais aeroportos da Europa, seja em seu destino final, seja para alguma escala.

Muita gente nem considera a possibilidade de viajar de avião no interior da Europa, pois pensa que sairá mais caro do que os outros meios de transporte, como costuma ocorrer no Brasil, por exemplo.

No entanto, a Europa possui uma grande variedade de empresas aéreas de low-cost (e elas realmente são de baixo custo, não é apenas umas estratégia de publicidade). Não é difícil encontrar passagens aéreas por preços ridículos, muitas vezes muito mais baratas do que um almoço num restaurante meia boca.

A desvantagem de viajar de avião nestas condições é que os aeroportos, principalmente aqueles utilizados pelas empresas de low-cost, são distantes das cidades, em horários esdrúxulos e você poderá perder bastante tempo nesta rotina de cidade de origem/aeroporto de partida/aeroporto de destino/destino final. Se considerarmos que, na Europa, tudo é pertinho, às vezes é mais rápido pegar um trem do que toda esta sessão para embarcar numa avião.

Exatamente por isto, optar por viajar de avião é recomendável quando se trata de alguns trechos mais longos, sempre lembrando de tentar encontrar o melhor preço possível e imaginável para isto.

Trem


Andar de trem tem toda aquela aura de charme e requinte que vemos nos filmes, mas, na prática, é um meio de transporte simples e eficiente, que poderá levá-lo para praticamente qualquer cidadezinha da Europa.
Os preços dos trens variam muito, desde os mais caros como os trens-balas, até os comumente mal cuidados trens regionais. São mais confortáveis e espaçosos que as latas de sardinhas das empresas aéras low-cost, quase não há limite de babagem e, certamente a maior vantagem deles, partem e chegam de regiões centrais da cidade.
Nada mais cômodo do que desembarcar pertinho do centro histórico, dar uma voltinha, embarcar no próximo trem e seguir adiante!

Costumam ser pontuais e a frequência de trens é satisfatória, particularmente se você estiver indo para uma grande cidade.
A desvantagem dos trens é o preço um pouco alto, mesmo para trechos próximos, mas é possível encontrar preços promocionais se você comprar a passagem com antecedência, ou for residente na Europa.

Ônibus


- Poxa vida, eu não estou indo para a Europa para andar de ônibus! Deus me livre! - você pensa. Porém, dependendo do trecho, pegar ônibus pode dar uma trégua a seu orçamento.

Eles são mais lentos e detonados que os trens, mesmo sendo ligeiramente mais confortáveis na minha opinião, e podem possuir restrições de bagagem, contudo, os preços das passagens tendem a ser mais baixos. Além de a paisagem da viagem ser mais bonita e interessante do que com avião ou trem.
Com o ônibus, você passará por dentro de algumas cidades e verá muita coisa curiosa. Se for uma viagem mais longa, há sempre a paradinha para o pipi ou para um lanchinho, e é bom para dar uma esticada nas pernas.

Assim como com os trens, os ônibus costumam partir e chegar em regiões centrais, ou pelo menos na proximidade de alguma estação importante de trem ou de ônibus urbano.

Carro


Você encontrará locadoras de carros em praticamente todos os aeroportos e estações de trens da Europa.
Os valores das diárias variam muito, seja de época do ano, do tipo do veículo e do número de dias de locação. Se você pretender rodar bastante pela Europa e estiver em mais pessoas, vale calcular por cima quanto gastará com transporte de trem, avião ou ônibus, e fazer algumas simulações em locadoras de carros. Às vezes, compensará alugar um automóvel.

A maior vantagem será a mobilidade, pois você poderá deslocar-se facilmente de uma cidade a outra e também visitar locais mais afastados, de difícil acesso. Por outro lado, haverá o desgaste do motorista, além de tomar cuidado para não danificar o veículo, o que pode significar penalidades salgadas na hora de retornar o carro.

Além disto, é preciso ser muito cauteloso nos centros históricos de várias cidades, com ruas estreitas, confusas e, algumas vezes, com restrições de circulação e estacionamento, então, já sabe, pode vir aquela bela multa!

Nos próximos artigos, falaremos um pouco mais sobre como viajar melhor pela Europa.


Importante: favor ler as Perguntas Frequentes - FAQ.

19 maio 2012

Roma para Mãos de Vaca - Roma Pass, economia ou armadilha turística?


Muitas grandes cidades turísticas possuem algum tipo de passe para facilitar a visitação a museus e outras atrações. Em alguns casos, estes passes são uma mão na roda para o turista, realmente significando uma economia considerável, enquanto em outros, tais passes são apenas mais uma armadilha turística a ser evitada.

Em Roma, a opção de passe turístico é o Roma Pass. Ele custa 30 euros e dá acesso a 2 museus (de uma vasta opção entre os museus romanos), além de oferecer descontos para outros museus e atrações, e permite também a livre utilização do transporte público da cidade durante 3 dias.

No kit do Roma Pass vem uma listagem com todos os museus e atrações incluídas, um mapa da cidade e, obviamente, o cartão que deverá ser utilizado para entrar no transporte público, seja no metrô, nos ônibus ou tram, e também nos museus.

Alguns dos museus incluídos

A principal atração que talvez o convencerá a comprar o Roma Pass será o Coliseu, o Fóro Romano e o Palatino (que conta como uma única atração).
A entrada inteira apenas para o Coliseu, Fóro e Palatino (online ou na bilheteria) custa 15,50 euros. Com o Roma Pass, você tem a entrada incluída a esta atração, além de pular a habitual fila imensa para comprar os ingressos e também para entrar nas ruínas.

Se você incluir em seu roteiro algum outro museu que custe 10 euros, você já gastou praticamente o preço do Roma Pass, sem incluir o transporte.

Outras atrações e museus incluídos no Roma Pass são: Musei Capitolini, Apia Antica, Museo Nazionale Romano, Galeria Nazionale d'Arte Moderna e Contemporanea, Museo di Roma, Galleria Borghese, entre vários outros.

E o Roma Pass vale a pena?

Para saber se o Roma Pass compensa ou não, você deve definir quais atrações ou museus deseja conhecer, e calcular o preço total deles mais o transporte.

Se você ainda não esteve no Coliseu, este é um dos passeios óbvios que você DEVE fazer, ou seja, 15,50 euros por pessoa.
Depois, veja quantos dias você ficará em Roma, onde estará hospedado, se é na região central da cidade ou mais afastado, para fazer uma estimativa de quanto gastará com transporte. O bilhete único tanto para ônibus quanto para metrô custa, atualmente, 1,50 euros. O passe diário ilimitado, que o permite usar o transporte público durante um dia inteiro, custa 6 euros, e o passe ilimitado para 3 dias custa 16,50.

Isto é, se você for comprar um passe ilimitado para 3 dias e a entrada para o Coliseu, o Roma Pass já vale a pena, pois somando os dois, você gastaria 32 euros, enquanto que o Roma Pass custará 30 euros.

No entanto, se você acredita que não precisará tanto usar o transporte público, que poderá fazer tudo a pé e prefere comprar a passagem apenas quando necessário, talvez o Roma Pass não seja vantajoso. Então, tudo dependerá de qual é a outra atração ou museu que você deseja conhecer. Se somando a entrada do Coliseu com esta atração o valor for quase igual ou superior a 30 euros, eu diria que o Roma Pass compensa.

Agora, se você só quer ver o Coliseu e nada mais, e pretende fazer tudo a pé, então o Roma Pass não vale a pena.

Mas cuidado com a pegadinha!

Nós havíamos comprado o Roma Pass para poder visitar o Coliseu e a Galleria Borghese, considerado um dos melhores museus de Roma. A entrada para a Galleria Borghese custa 9 euros, mais 2 euros de taxa de serviço, ou seja, 11 euros.
Calculamos que, somando o Coliseu, a Galleria Borghese e o transporte ilimitado por 3 dias, que daria um total de 43 euros, estaríamos fazendo um ótimo negócio ao comprar o Roma Pass, economizando assim 13 euros.

No entanto, agora vem a má notícia: para visitar a Galleria Borghese é necessário fazer reserva prévia e, quando ligamos para marcarmos uma data para irmos ao museu, só havia horários disponíveis para uma semana depois. Quer dizer, o Roma Pass vale por 3 dias, a Galleria Borghese precisa de reserva, mas só há reserva para uma semana depois?
Como é que alguém poderá visitar, então, este museu usando o Roma Pass?

No final das contas, acabamos usando o Roma Pass para visitar somente o Coliseu e usarmos o transporte público, mas como estávamos hospedados um pouco longe do centro, acabou compensando.

No final das contas, somente você poderá julgar se comprar o Roma Pass representará uma economia em seus passeios.
Ele pode ser adquirido em qualquer guichê de informação turístico da cidade (há um no Roma Termini), na bilheteria dos museus e atrações participantes, em algumas estações do metrô e online, ou seja, não será difícil encontrá-lo.

O Roma Pass vale por 3 dias depois da primeira utilização, seja na entrada de algum museu ou atração, seja no metrô, no ônibus ou tram, e expira à meia-noite do terceiro dia.

Importante: O Roma Pass não permite a entrada ao Museu do Vaticano, pois se trata de um outro país, com museus e atrações próprias.

Site oficial do Roma Pass
http://www.romapass.it/

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12 maio 2012

É hora de fazer um lanchinho no Madison Square Park


Quem passar pela Madison Square Park durante o mês de maio até 1 de junho de 2012, vai se deparar com o Mad. Sq. Eats, uma feira gastronômica que traz alguns dos lanches e refeições mais cotados atualmente em Manhattan.

É um caldeirão de pratos étnicos, que passam por italiano, japonês, chinês, mexicano, café, chocolate e uma porção de outras delícias, pelo preço que você pagaria num carrinho de rua.




Sem contar que a primavera é uma das épocas mais lindas e agradáveis em Nova York, com os parques e árvores todos floridos e um calorzinho gostoso depois de muita neve e frio.

O Mad. Sq. Eats ocorrerá todos os dias, de 4 de maio até 1 de junho de 2012, das 11 da manhã até as 9 da noite. Uma ótima oportunidade para experimentar boa comida numa das praças mais legais da cidade.

Além disto, você pode aproveitar e ainda explorar o Flatiron District e a rota dos brechós.
Fotos: divulgação


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09 maio 2012

Dica da leitora - Natalie Setton Weintraub - "Sample Sales" em Nova York

(Foto: Henry Alfred Bugalho)

Viaje para Nova York em maio e aproveite as super-promoções de designers famosos, as tão esperadas “NYC Sample Sales”!
por Natalie Setton Weintraub

Maio é o mês em que mais ocorrem as promoções das peças de designers famosos, conhecidas como “NYC sample sales”, ou, em português, “promoções das amostras de Nova York”.

Não existe nada parecido em nenhum outro lugar do mundo, ou até mesmo em outras partes dos Estados Unidos. Os nova-iorquinos esperam ansiosamente por esta época do ano para saírem às compras e achar verdadeiras “barganhas”.

O que para uns é uma maneira de ter acesso a itens de designers que normalmente não comprariam devido aos preços muitas vezes exorbitantes das peças, para outros é quase que um hobby. Os new yorkers são loucos por essas promoções e se orgulham dos excelentes preços e barganhas que conseguem nestes eventos.
Eles são organizados pelos próprios designers e muitas vezes as filas podem chegar as 2 ou 3 horas de espera.


(Foto: Henry Alfred Bugalho)


Existem sites que listam todas as promoções e eventos que estão ocorrendo, como o thestylishcity.com, com informações de datas, calendários e até comentários sobre promoções passadas dos designers. É possível obter informações sobre as promoções de Just Cavalli, GF Ferre, Galliano Sample Sale, Manolo Blahnik Spring Sample Sale, Vivienne Westwood Sample Sale, que são apenas algumas das promoções e eventos listados no site.

Mas lembre-se de fazer a sua lição de casa antes de ir aos eventos ou as promoções de amostras:

- colete todas as informações sobre o evento/promoção da marca antes de ir: descubra quando ocorrem as promoções dos designers que você gosta, se as filas são muito longas, e como foram as promoções passadas;
- faça uma busca no google ou em site especializados em “NY sample sales”, como o thestylishcity.com, e veja os comentários e avaliações das pessoas que já frequentaram eventos passados;
- fique atento: verifique se as peças com descontos muito grandes possuem manchas ou até mesmo furos. Não espere chegar em casa para descobrir!

E boas barganhas!


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06 maio 2012

Buenos Aires para Mãos de Vaca - uma voltinha por Puerto Madero


Puerto Madero é uma das regiões mais modernas, elitistas, seguras e, justamente por isto, uma das mais careiras de Buenos Aires.

O projeto de revitalização desta zona portuária histórica, ocorrido durante a década de 90, é exemplar. Atualmente, Puerto Madero é um espaço gastronômico e turístico.



Ao longo dos quatro diques neste trechinho do Rio de la Plata, estão alguns dos melhores e mais requintados restaurantes da cidade, além de algumas notórias armadilhas turísticas, e opções tanto para os mãos de vaca quanto para os viajantes mais abonados.


Se você resolver explorar o outro lado dos diques, encontrará a Reserva Ecológica, um parque enorme e que pode ser um santuário de paz em meio ao caos urbano de Buenos Aires, mas é uma bela pernada se você partir da região dos restaurantes. Mais ao sul há um Cassino Flutuante para aqueles que desejam arriscar a sorte.

La Bistecca


As opções de restaurantes em Puerto Madero são intermináveis, mas, se tivéssemos de indicar um, com qualidade constante e preço razoável, este seria o La Bistecca, uma churrascaria de bufê livre, com massas, mesa de frios e sobremesa inclusa.

Se você for no horário do almoço em dias de semana, há sempre um precinho mais camarada (em torno de 15 dólares com a sobremesa, bebidas à parte) e você não encontrará o restaurante tão lotado, pois a fila do churrasco pode ser irritante nos horários mais concorridos.

Não é a melhor carne da cidade, mas é um preço justo para encher o bucho até estourar, além de ter uma bela vista do rio.


Mas o grande diferencial do La Bistecca são as sobremesas, sempre excelentes e com apresentação de cozinha internacional.


Vale experimentar o Vulcán de Chocolate e a Tulipa de Framboesa.

O La Bistecca fica no Dique 1, na Avenida Alicia Moreira de Justo, 1890.

http://www.laparolaccia.com.ar/

Do que você deve fugir

Na verdade, há várias recomendações do que você deve fugir, seja pelo preço altíssimo, seja pela baixa qualidade.
No entanto, um dos restaurantes favoritos dos turistas brasileiros em Buenos Aires é o Siga La Vaca, com carnes e pratos ruins.
Se você vir arroz branco no bufê, na hora você já deve ficar de antenas ligadas e sacar que é um restaurante para turistas, pois os portenhos só comem arroz na salada. Este é o tipo de lugar que, se você pedir um bife de chorizo, podem lhe jogar qualquer pedaço de carne no prato, pois eles pensam (geralmente com razão) que brasileiros não sabem reconhecer os cortes argentinos.
Mas, como tem gosto pra tudo, talvez você até já tenha passado por lá e adorado.

Cuidado ao pegar um táxi na região de Puerto Madero, pois há denúncias de táxis clonados e você pode acabar pagando mais caro por isto. Confira sempre se há a credencial do motorista dependurada no carro.

Mesmo se você não for almoçar ou jantar em Puerto Madero, esta é uma área muito tranquila e romântica para um passeio a dois.


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02 maio 2012

Itália para Mãos de Vaca - Pompéia, o maravilhoso e terrível legado do Vesúvio


Imagine se, por algum motivo qualquer, você fosse congelado no tempo e, daqui dois mil anos, alguém descobrisse o seu corpo petrificado, diante da tela do computador, lendo este blog...


Esta é mais ou menos a sensação que se tem ao caminhar pelas ruas de Pompéia, de que se está invadindo a privacidade, as moradias, as termas e os templos de um povo petrificado pela fúria e lava do vulcão Vesúvio há dois milênios.


A primeira coisa para qual ninguém o prepara é o tamanho do sítio arqueológico. Só para se ter uma ideia, 40 mil pessoas viviam em Pompéia quando ela foi soterrada pela lava, ou seja, era uma baita cidade, muito maior do que várias cidades contemporâneas da Itália.


Se você tiver tempo de sobra e gostar de ruínas e locais históricos, é o tipo de atração que se pode passar alguns dias explorando, sem esgotar tudo que há de interessante para se ver.


Agora, se você está com o tempo curto e tem muito para ver, você deve reservar pelo menos uma tarde inteira para Pompéia, para ainda ir embora com a sensação que precisava ficar um pouco mais.


Vindo de trem ou de carro, você provavelmente entrará pela Porta Marina. Assim que comprar os ingressos, apanhe um mapa e tente explorar as ruínas por seções, começando pelo Fóro, onde estão o Templo de Apolo e de Júpiter.


Não é muito fácil se orientar pelas ruazinhas de Pompéia e perder-se é inevitável, mesmo assim, em cada esquina que você virar, haverá alguma atração para visitar, alguma casa onde é possível entrar, inscrições nas paredes e pinturas.


Apesar de muitos dos artefatos e obras de arte que haviam em Pompéia estarem hoje em museus ao redor do mundo, ainda restam muitos artigos curiosos nas escavações.


Não se esqueça de munir-se de bastante paciência. Pompéia é uma das Disneylândias arqueológicas e recebe alguns milhões de turistas todos os anos. Às vezes, para entrar em alguma construção mais concorrida, você tem de aguardar uma fila imensa e ainda ficar se esbarrando lá dentro.


Justamente por isto, uma da seções que mais me agradou de Pompéia é o extremo oposto da cidade, onde há o anfiteatro, a Grande Palestra e a Villa Giulia.


Historicamente, foi nesta região da cidade onde os antigos habitantes de Pompéia tentaram se refugiar das cinzas do vulcão e onde várias ossadas foram encontradas. Infelizmente, durante a nossa ida, o principal pavilhão com os corpos petrificados estava fechado para reforma.


Neste setor fica também a Necrópole de Pompéia, onde era o cemitério da cidade e, ainda hoje, é de uma paz sepulcral. São bem poucos os grupos de turistas que se aventuram tão longe nas ruínas.


Infelizmente, não tem como fugir do preço: a entrada na cidade Pompéia custa 11 euros.

Mas se você for visitar outros 5 sítios arqueológicos da região (Pompéia, Herculaneum, Oplontis, Stabiae e Boscoreale), a entrada para todos custa 20 euros e já é uma economia.

Existe meia entrada somente para jovens da União Europeia entre 18 e 24 anos, ou gratuita para menores de 18 ou com idade acima de 65 anos (também da União Europeia, nós, latino-americanos, devemos pagar).

As ruínas abrem, de novembro a março, das 8:30 às 17, e, de abril a outubro, das 8:30 às 19:30.

E, eu lhe garanto, é uma das coisas mais incríveis que já vi nesta vida.


Não tem segredo para chegar a Pompéia.

Com a operadora de trem Circumvesuviana, na linha Napoli-Sorrento, você deve desembarcar na estação Pompei Scavi-Villa dei Misteri, ou na linha Napoli-Poggiomarino, na estação Pompei Santuario.

A passagem do trem custa por volta de 3 euros e não leva mais do que 40 minutos para chegar de Nápoles até lá.

http://www.vesuviana.it/


Agora, se você for de carro, ponha "Pompeii Scavi" no GPS e seja o que Deus quiser, pois nós nos enfiamos numas ruelazinhas estreitíssimas antes de conseguir chegar até Pompéia.

Há estacionamento pago por hora no complexo e uma tarde passeando pelas ruínas deve custar em torno de uns 5 ou 6 euros, apesar de ser possível encontrar estacionamento gratuito nos arredores.

Site oficial de Pompéia
http://www.pompeiisites.org/

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