27 fevereiro 2012

Dica do leitor - viajando com Ivo Amor Divino pela Europa, parte 1: Paris



Bom dia, MDV, vou relatar para vocês que baiano mãos de vaca tem boca e também foi a Roma, Paris, Florença, Veneza, Munique e Lucerna na Suíça.

Foram 21 dias de viagem, com o orçamento calculado na faixa de R$5.350 por pessoa, incluindo passagem aérea.
Nesta viagem estavam eu e a minha amável e intrépida esposa “Chuchuzinho”, Margareth e o Alceu. Os dois últimos não são mão de vaca e queriam saber como eu iria fazer este milagre (“Eita, coisa difícil”).
Paris é o de sempre, passeios da Champs-Élysées, Torre Eiffel, MontMartre, Museu do Louvre, Orsay, Rodin e, se tiver tempo, Castelo de Versalles. A cidade é linda, isso todo mundo já sabe.

Meus amigos MDV, não deixem de comer o Patô, o Escargô e vinho. Cometi uma gafe, ao sentar no restaurante pedi uma Coca-Cola, Chuchuzinho emendou:
"Não peça Coca-Cola pelo amor de DEUS! Você está na Françaaaaa, é um lugar trechic." (Eu pensei! Ela tomava uma Coca-Cola arretado nos Estados Unidos, agora aqui na França é proibido porque não é chic!).

Senhores, o meus francês se resume a “Merci Bocu”, “Monamu”, “Tre bian", “Trechic”, “Comu savá” e, como um bom baiano, mandava um “Saravá”. A minha esposa pediu para não abrir a boca, já que não sabia falar nada. Sinto muito, mas não consigo ficar calado.

Chegamos a Paris pelo aeroporto de Orly, próximo ao centro, resolvi ir para o hotel de táxi, pois já era tarde. Fui negociar com o taxista o preço da corrida e pensei “Vou negociar com este negão (taxista) agora".
Ele sorridente me perguntou:
- Brazilian, Brazilian?
Respondi:
- Sou Brazilian!
Ele repetiu:
- Taxi trebon, taxi hotel.
Fingi que estava entendendo e logo saquei meu bloco de anotações e perguntei:
- Price hotel taxi. How much? (Quanto custa?).
O negão, que já tinha me dito que era senegalês, anotou 55 euros.
Eu falei:
- Merci bocu comu savá me faz 40?
Sei que saiu 45 euros e ficou tudo bem. Quando eu olhei para o lado e procurei Chuchuzinho, Margareth e Alceu, estavam atrás da pilastra do aeroporto.
Perguntei:
- Ô Chuchu, o que vocês estão fazendo ai?
Ela me disse:
- Estava morrendo de vergonha do mico que estava passando.
O importante é que tudo se resolveu e ele nos levou até o hotel e ainda me deu um cartão do táxi dele, para ligar quando voltar ao aeroporto.

Passados cinco dias, resolvi ligar para o taxista. Pois tinha comprado passagem de Paris até Roma por 23 euros, na Airtran (cuidado com esta companhia aérea, tem que viajar na posição de sentido e pagar até o ar que respira!), só que eu não sabia que o aeroporto Beauveais, ficava mais ou menos a 101 km do hotel, para pegar o ônibus muito cedo era um pouco complicado. Resolvi pedir à Maristela Chuchuzinho que ligasse ao taxista perguntando quanto era o transporte até o aeroporto.
Ela disse que não, pois eu tinha que resolver o problema, pois eu não tinha comprado aquela bolsa na Louis Vuitton, que estava em promoção para ela (Só se eu fosse doido, Euro R$2,50 – Dólar R$1,70), liguei para o senegalês:
”Alô, Senegalê. Brazilian Baianô. Hotel táxi Beauveais, five o’clock, tomorrow. Price for me one, two, zero euros Merci Bocu”.
Não é que o danado entendeu? Às 5:00 da manhã, ele estava na porta do hotel.

Observação: tem conterrâneo nosso que adora viajar para Europa e levar uma mala que é um tamanho de um container de navio; isso é loucura, ou um mochilão ou se você é trechic uma mala 70x25x25cm para o casal.

A Vaca recomenda:

- Hotel ETAP Montmartre – 53 Euros (3 patas) – Apartamento com banheiro para 3 pessoas

- Museu do Louvre – 1 domingo do mês é de graça (4 patas)

- Torre Eiffel – Visitar à tarde – 14 euros (4 patas)

- Restaurante chinês – 8 euros (1 pata)

- Almoço no circuito gastronômico atrás do Panthéon (Patô e Escargô) – 18 euros (2,5 patas).


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24 fevereiro 2012

Mãos de Vaca na Mídia - Vila Mulher



Turismo para mãos de vaca
Por Mariana Benjamim

Depois de passarem quatro anos morando em Nova York com um orçamento apertado, o escritor Henry Bugalho e sua esposa, Denise Napp, descobriam quase todas as maneiras possíveis de como economizar na cidade. Para tentar desmistificar a história de que Nova York é uma cidade cara, Henry propôs a esposa que criassem um blog para que compartilhassem suas próprias descobertas econômicas.

Para eles, descobrir as "barbadas" de Manhattan foi uma questão de sobrevivência. "Nós precisávamos comer e nos vestir, mas também queríamos nos divertir, ir aos museus, ao cinema, ao teatro e as outras atrações turísticas", comenta. Depois de pesquisarem bastante e enfrentarem inúmeros perrengues o casal tinha acumulado repertório suficiente para alimentar o blog "Mãos de Vaca".

Aos pouquinhos o blog cresceu e o casal percebeu que seu público não era só mochileiros querendo economizar, mas também juízes, engenheiros, empresários, pessoas que gostam de economizar em viagens para potencializar a estadia e aproveitar da melhor maneira.

A receptividade foi tamanha, que depois de conquistar mais de 2 milhões de acesso o blog se transformou no livro, Nova York para Mãos de Vaca, que pode ser comprado no próprio site do casal. Segundo Henry foram os próprios leitores quem sugeriram que as dicas ganhassem as páginas de um livro. "Assim eles poderiam carregar nas viagens e consultá-lo sempre que necessário".

A versão mais barata de Nova York é tão sensacional e glamourosa quanto a versão Hollywoodiana. "Nossa meta sempre foi apresentar as melhores atrações, opções de compras, alimentação e hospedagem sempre pagando menos. Se há um dia gratuito em um museu caro, por que pagar para entrar? Se existe um outlet com roupas de grife, por que pagar preço integral por um produto quase idêntico numa loja cara? Por que pagar para jantar em restaurantes chiquérrimos e que nem é tão bom, quando é possível comer melhor pagando muito menos?", questiona o autor.

Depois do sucesso, Henry e Denise perceberam que o blog poderia pagar suas contas e decidiram se dedicar a outros projetos similares. O próximo lançamento será o livro Buenos Aires para Mãos de Vacas, seguindo a mesma linha editorial do primeiro. "Com a ressalva de que Buenos Aires é uma cidade para ótimos passeios e Nova York é ótima para comprar", explica.

O lançamento ainda não tem uma data prevista, mas Henry já adianta que só sai no próximo semestre. "Antes vamos para a Europa, em março, explorar a Itália, tanto a capital como outras cidadezinhas interessantes. Tudo para um projeto futuro." Uma delícia trabalhar assim, não?

Vai para Nova York?

As dicas de Henry são: conhecer Times Square, Central Park, Quinta Avenida, Wall Street, e outras regiões que não são tão turísticas, como East Village ou Lower East Side. São áreas cheias de vida e com um ritmo totalmente diferente do que se imaginaria para Nova York. Na hora de comprar visite os outlets, Century 21, Woodbury Commons, Jersey Gardens, as lojas de eletrônicos e câmeras fotográficas Best Buy, J&R e B&H Photo e a loja de 99 cents, Jack's World. E na hora de assistir a um musical da Broadway lembre-se de conseguir um cupom de desconto.

Vai para Buenos Aires?

Lá as opções são: Casa Rosada, bairro do Boca, Recoleta, Teatro Colón e a Avenida 9 de Julio. Henry também aconselha desbravar regiões desconhecidas, entrar em restaurantes simples e experimentar bife de chorizo e choripan. Parar para assistir o tango na rua, deitar-se na grama na Plaza San Martin ou tomar um sorvete de doce de leite.

Reportagem publicada no site Vila Mulher, em 22/02/12
http://vilamulher.terra.com.br/turismo-para-maos-de-vaca-5-1-38-705.html

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18 fevereiro 2012

Mãos de Vaca na Mídia - TV Cultura


Uma reportagem muito legal do programa "Pé na Rua" da TV Cultura, que foi ao ar no dia 18 de fevereiro de 2012, tentando descobrir o que é ser mão de vaca.
É óbvio que o maosdevaca.com acabou sendo a recomendação para quem deseja viajar sem gastar muito!
Estão falando da gente por volta dos 5'30".

Vale assistir, pois é muito divertida.

http://tvcultura.cmais.com.br/penarua/pgm-82-cmais


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17 fevereiro 2012

Mãos de Vaca na Mídia - Revista MRV


Camila Freitas

De tão acessível e simples de gerenciar, os blogs se popularizaram entre os internautas e hoje é difícil encontrar quem não tenha se aventurado por esse terreno do mundo virtual. Passada a empolgação inicial, porém, muitos deles são deixados de lado por seus donos, e acabam desatualizados ou esquecidos na rede. Mas há quem leve esta ferramenta a sério, transformando o que era um hobby em fonte de renda.

Quando o curitibano Henry Bugalho, de 31 anos, e a paulistana Denise Nappi, de 29 anos, criaram o blog Nova York para Mãos de Vaca, em 2007, não imaginavam que falar sobre turismo econômino na capital do mundo pudesse atrair a atenção de tantos leitores: 600 mil ao ano. "Tudo começou como uma grande brincadeira. Havíamos mudado recentemente para Nova Iorque e tínhamos dificuldade para encontrar coisas baratas e acessíveis. Resolvemos, então, compartilhar nossas experiências no blog, mas não esperávamos ganhar dinheiro com isso", conta Henry.

Enquanto o número de visitas saltava de 300 por mês para 300 por dia, a demanda dos próprios leitores por um material impresso para levar na viagem impulsionou a criação do Guia Nova York para Mãos de Vaca. O retorno financeiro da venda dos exemplares se somou à receita gerada pelo Google Adsense - sistema automatizado que cria anúncios de texto de acordo com o conteúdo do blog. A quantia a ser paga é baseada no número de acessos. Quanto mais, melhor.

"Quando chegou o primeiro cheque no valor de U$ 100 ficamos muito felizes. Mas não foi tão simples assim. Tivemos um retorno financeiro apenas dois anos e meio após criar o blog", revela Denise, que destaca a importância de manter o conteúdo atualizado para atrair o leitor fiel. "A nossa relação com os leitores é muito boa. Muitos se tornaram nossos amigos e, pelo menos uma vez por ano, nos reunimos em um encontro. O último foi em São Paulo e contou com a presença de 50 pessoas de todo o país", comemora.

Argentina na mira

O casal não parou por aí. Ao perceberem o potencial do blog, eles decidiram expandir o negócio. "Vendemos nossa casa e a pequena empresa que tínhamos em NY e colocamos o pé na estrada", lembra Henry. Atualmente eles estão em Buenos Aires preparando um guia da cidade. A capital da Argentina foi escolhida por um motivo muito simples: "Se tínhamos 300 mil acessos por ano e cerca de 200 mil brasileiros viajam a NY nesse mesmo período, podíamos concluir que grande parte desses turistas visitavam o nosso blog. Imagina, então, o alcance que podemos ter escrevendo sobre Buenos Aires, que recebe mais de um milhão de brasileiros todos os anos?", argumenta a paulista. Europa, próximo destino da dupla, que os aguarde.

Com tanto sucesso, o blog foi rebatizado: Viagens para Mãos de Vaca (http://www.maosdevaca.com) e, hoje, é a principal fonte de renda do casal. "Nós mesmos custeamos todas as despesas de nossa viagens, sem nenhum tipo de cortesia ou patrocínio. Até preferimos manter o anonimato quando visitamos locais turísticos para não receber nenhum tratamento diferenciado, para sentir tudo na pele como qualquer outro turista", destaca Henry.

Publicado na Revista MRV fev/mar de 2012



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16 fevereiro 2012

Peru para Mãos de Vaca - bem-vindos a Machu Picchu, o santuário dos deuses


Se chegar a Machu Picchu já não é uma tarefa fácil no século XXI, fico imaginando como não deveria ser na época dos incas. Eles fizeram questão de construir esta maravilha bem escondida, tanto que demorou centenas de anos até que fosse enfim redescoberta.

Então, você passou por Cusco, percorreu uma das várias rotas até Machu Picchu e, agora, é hora de ver uma das ruínas mais famosas do mundo.

No entanto, se você foi de trem de Cusco a Aguas Calientes, antes de tudo você tem de providenciar sua subida até Machu Picchu, que pode ser feita à pé (não recomendo), ou de ônibus.

Assim que você chegar ao povoado e houver encontrado um hotel, corra até o guichê do ônibus para comprar a passagem, que custa aproximadamente 20 dólares ida e volta.


Depois, siga até o Ministerio de Cultura, perto da Plaza Manco Capac, para comprar a entrada para Machu Picchu, que custa mais ou menos 70 dólares, com meia entrada para estudantes. Sim, é uma facada incontornável!

Com a passagem de ônibus e a entrada no parque em mãos, o ideal é dormir cedo, pois o dia começa de madrugada, já que os primeiros ônibus para as ruínas partem às 5 da manhã.


E não pense que você será o único a acordar cedo. Todos os turistas em Aguas Calientes também estão lá para ver Machu Picchu, meu amigo, então, assim que você chegar para pegar o ônibus de madrugada, a fila já estará enorme.
É inacreditável, parece que todo o mundo caiu da cama...


A subida é rápida, em torno de meia hora, por uma estrada estreita e margeando o abismo. Ao chegar na entrada das ruínas, prepare-se para uma outra fila, mas esta é um pouco mais rápida.


Então, finalmente, você estará em Machu Picchu!!!

Wayna Picchu, subir ou não subir? Eis a questão


Todos os dias, 400 pessoas são autorizadas a escalar Wayna Picchu, o pico mais alto do santuário de Machu Picchu.
Se você for um dos que madrugou e chegou num dos primeiros ônibus a Machu Picchu, basta atravessar todas as ruínas e ir direto ao balcão de acesso a Wayna Picchu (e esperar em outra fila). É também preciso comprar uma entrada mais cara para isto.


Estima-se que a subida leva mais ou menos meia hora, mas não se engane. Se você não estiver em forma e não for um montanhista habitual, a subida pode levar mais de uma hora e há alguns trechos bastante assustadores.
Você pode ler o relato da nossa subida aqui.


Leve bastante água e vá com calma, não precisa ter pressa, pois você não quer se tornar uma das várias vítimas anuais que despencam de Wayna Picchu.


A vista do topo é única e espetacular, mas você chega tão exausto que tudo que gostaria era que houvesse um colchãozinho lá em cima... Mas não, só tem pedras e uma porção de turistas se aglomerando para conseguir uma boa foto.
Somente você pode julgar se vale a pena ou não esta escalada. Particularmente, eu prefiro passar mais tempo explorando as ruínas de Machu Picchu, que por si só já é uma atração inesquecível.


E não se esqueça de levar o seu passaporte para dar uma carimbada assim que descer de Wayna Picchu ou na saída de Machu Picchu. É uma bela lembrança.

Por fim, é só pegar os ônibus de volta a Aguas Calientes e correr para pegar o trem para Cusco ou Ollantaytambo, levando consigo para sempre as recordações de uma viagem incrível ao Peru, com um povo extraordinário e cheio de histórias para contar.


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14 fevereiro 2012

Peru para Mãos de Vaca - rotas para Machu Picchu e Aguas Calientes


Quase todos que passam por Cusco tem em vista um único objetivo: Machu Picchu, uma das grandes maravilhas da humanidade.
No entanto, para muitos, antes de chegar ao Céu é preciso passar pelo Purgatório, Aguas Calientes, também conhecido como Machu Picchu Pueblo, uma cidadezinha estranhíssima às margens do rio Urubamba, abaixo das ruínas sagradas dos incas.

Chegando de Cusco a Machu Picchu

Existem várias rotas possíveis para se chegar de Cusco a Machu Picchu.

Trilha Inca


A primeira, recomendada apenas para os mais aventureiros e que já estejam aclimatados às altitudes do Peru, é conhecida como "Trilha Inca" e possui algumas variações:

- 4 dias, é a rota mais popular, partindo do quilômetro 82 da estrada de ferro desde Cusco, com uma distância a percorrer de aproximadamente de 40 quilômetros. Definitivamente não é o tipo de percurso que você deve fazer se não estiver habituado a trekking, montanhismo ou a exercícios físicos habituais.
Vimos vários casos de viajantes que se enfiaram nesta trilha inca e acabaram tendo de retornar a Cusco sem chegar a Machu Picchu porque passaram mal no meio do caminho. O ponto mais alto da trilha é de 4200 metros.
Além disto, não é uma programação muito barata e precisa ser agendada com bastante antecedência (em média de uns 3 meses antes). Está custando por volta de 500 dólares, incluindo a entrada em Machu Picchu e o trem de volta a Cusco.

- 2 dias, esta é uma rota mais fácil e também mais barata, por volta de 350 dólares. Parte do quilômetro 104 da estrada de ferro de Cusco e não chega a um altitude tão grande, sendo uma rota mais recomendada para quem deseja percorrer a Trilha Inca, mas não está tão em forma.

- 7 dias, partindo de Salkantay. Esta é a trilha mais pesada de todas, custando por volta de 800 dólares por pessoa. Muitos dizem ser inesquecível, mas eu estou fora!

Se você estiver indo em grupos maiores, é possível negociar os preços. Aliás, como já dissemos sobre o Peru, tente regatear no preço sempre que possível, chore por um descontinho por menor que seja, pois quase sempre funciona.

Trem de Cusco a Aguas Calientes


Cusco-Machu Picchu-Cusco
A maneira mais simples e cômoda para chegar de Cusco a Machu Picchu é de trem, e o preço a ser pago dependerá do luxo que você quer.
No trem mais barato (Expedition), que é o que eu recomendo pois ainda assim é bastante confortável, a viagem ida e volta sai aproximadamente 60 dólares.

Ollantaytambo-Machu Picchu-Ollantaytambo
No entanto, se você estiver disposto a uma micro-aventura, ao invés de pegar o trem em Cusco, você pode pegar o trem na cidadezinha de Ollantaytambo (que se pronuncia Oiantaytambo, ou somente Oianta, no sotaque peruano), que o preço cai quase pela metade, pouco mais de 30 dólares.

Só que, neste caso, você terá de pegar uma van de Cusco até Ollantaytambo, e, na volta, uma outra van de Ollanta a Cusco.

Esta foi a rota que fizemos e acordamos bem cedo para pegar as vans na calle Pavitos, em Cusco, onde se reúnem todos os perueiros. Eu lhe adianto que não são tantos os estrangeiros que optam por esta alternativa, ou seja, você dividirá o espaço nas vans com dezenas de locais, o que torna tudo mais interessante.

As vans enchem rapidamente e, assim que começam a rarear, pode ser que você tenha de esperar um pouco até conseguir pegar a próxima. Como sempre, chore no preço, pois conseguimos um bom desconto na ida, com o preço de 3,5 dólares por pessoa e, na volta, por 4 dólares, ou seja, somando com a passagem de trem, a viagem de Cusco-Ollanta-Aguas Calientes-Ollanta-Cusco custou 20 dólares mais barata do que a viagem de trem direta de Cusco.


Você pode tentar comprar a passagem de trem com antecedência através do site da Perurail

http://www.perurail.com/

Mas nós preferimos deixar para comprar a passagem diretamente no escritório da empresa em Cusco, no Portal de Carnes 214, na Plaza de Armas. Se estiver com dificuldades para encontrar, pergunte a qualquer policial onde fica a "oficina de Perurail", que eles lhe mostrarão.

A viagem


A descida de Cusco para o Vale Sagrado é muito linda, com paisagens inacreditáveis, tanto com a van, quanto com o trem.


Uma vez que você pegue o trem em Ollanta, você acompanhará o curso do rio Urubamba até Aguas Calientes, passando por montanhas e algunas ruínas espalhadas pelo caminho.
Ocasionalmente, você avistará os viajantes seguindo pela trilha inca, sempre acompanhados pelos guias e os carregadores de bagagem.

Aguas Calientes


Aguas Calientes é tudo que você não poderia imaginar: um povoado que cresceu sem planejamento, oprimido entre duas colinas enormes e cortada no meio pelo revoltoso rio Urubamba, que, na temporada de chuvas de verão, transborda e deixa locais e turistas isolados no meio do nada.


Do quarto do hotel é possível ouvir o barulho do rio e esta é a uma sensação muito estranha, ainda mais se estiver ocorrendo deslizamentos na região no período em que você estiver por lá.


Você pode fazer a reserva num hotel em Aguas Calientes com antecedência, mas nós deixamos para procurar quando chegásemos lá.

Assim que você desembarca da estação, há uma multidão de locais já tentando convencê-lo a ir ao hotel tal, ou ao restaurante tal. Nós simplesmente atravessamos a feirinha de artesanato logo na saída da estação, cruzamos a ponte sobre o rio e subimos as vielas de Aguas Calientes perguntando os preços de hospedagem.

A lógica em Aguas Calientes é a seguinte: existe um preço diferenciado para gringos (norte-americanos ou europeus), um preço para latino-americanos (isto inclui a brava gente brasileira!) e para peruanos.

Se você disser que é brasileiro e pedir um desconto, é provável que no ato o preço pule de 20 dólares para 20 soles, o que já é menos da metade do preço. E isto vale para restaurantes e tudo o mais. Diga que é brasileiro e peça um desconto. Não será o mesmo preço para peruanos, mas já é uma bela pechincha.

Foi nesta hora que fizemos a maior burrada da nossa viagem para o Peru. Caímos num hotel meia boca, chamado Hostal Quilla, e ficamos duas noites sem água, sem poder tomar banho ou ir ao banheiro.

Inclusive, se eu puder lhe dar um conselho, eu lhe diria para hospedar-se apenas uma noite em Aguas Calientes, ao invés de duas, como nós fizemos, pois não há necessidade.


Vá cedo, chegando em Aguas Calientes depois do almoço, vá até as águas termais, que também tem preços diferenciados para estrangeiros (uns 4 dólares por pessoa), peruanos e residentes locais, aproveite a água quentinha.


Compre a passagem do ônibus para Machu Picchu, compre a entrada para as ruínas de Machu Picchu (não é possível mais comprar a entrada direto nas ruínas, tem de comprar em Aguas Calientes) e saia para jantar e explorar um pouco o povoado, que não é tão bonito, mas tem seu charme.


E esta é também uma boa oportunidade para experimentar a carne de alpaca (da família das lhamas, eu não gostei muito...) ou o cuy (umas espécie de rato andino!), pois talvez consiga um bom desconto em Aguas Calientes.

Por fim, no dia seguinte bem cedo, siga para Machu Picchu e, ao retornar, pegue o trem de volta para Cusco ou Ollantaytambo.


É o melhor que você pode fazer. E, por favor, não se esqueça de comprar um repelente, pois o bicho come pra valer por lá!


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12 fevereiro 2012

Mãos de Vaca na Mídia - Jornal da Band e Band News



Esta matéria feita pelo repórter Sérgio Gabriel sobre Buenos Aires foi ao ar no Jornal da Band no dia 11 de fevereiro de 2012, e na Band New em 12 de fevereiro.

Trata-se do aumento dos preços na capital portenha, mas que com uma forcinha dos mãos de vaca ainda é possível encontrar algumas barbadas.


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09 fevereiro 2012

Chelsea Market, um mercado diferente em Nova York


É bastante provável que você não tenha visto nenhum mercado parecido em sua vida, primeiro, porque não é comum que uma antiga fábrica de biscoitos seja remodelada para abrigar um dos mercados mais requintados e cool de Nova York, depois, porque, de fora, você mal poderia dizer as surpresas que o esperam lá dentro, aliás, é frequentado principalmente por locais, sem a legião de turistas que se vê em outras áreas de Manhattan.


Apesa de ser uma região um tanto vazia e que até pareça ser um pouco perigosa, o Chelsea é um dos bairros que mais tem se valorizado nestes últimos anos e que de perigosa não tem nada. As fábricas e armazéns estão sendo convertidos em luxuosos lofts, ou demolidos para dar lugar a prédios modernos e com design arrojados.
Pouco foi alterado na fachada da antiga fábrica de biscoitos. É um prédio desinteressante e que muitos podem passar pela frente sem lhe dar atenção.


No interior do Chelsea Market, há a perfeita combinação entre novo e antigo, com algumas lojas e restaurantes caríssimos, mas que vale pela visita, pois sempre há instalações de arte pelo corredor do mercado, apresentações de grupos musicais, degustações e outras atrações.


E como está pertinho do High Line, o parque suspenso da vizinhança, esta é uma ótima oportunidade para fugir dos programões turísticos básicos e desbravar um bairro pouco visitado e bastante pitoresco, repleto de lojas e lugarezinhos curiosos.


Para chegar ao Chelsea Market, você pode descer na estação de metrô da rua 14, com as linhas A, C e E (azul) e caminhar uma quadra para oeste pela rua 15, ou descer na estação da rua 18, com as linhas 1 e 2 (vermelha) e caminhar um pouco mais.

É um passeio bastante interessante se você tiver alguns dia a mais em Nova York e quiser fugir do lugar-comum.

Site oficial do Chelsea Market
http://chelseamarket.com/
75 da Nona Avenida, entre as ruas 15 e 16.


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07 fevereiro 2012

La Continental, pizzas, empanadas e café da manhã. O seu oásis para um lanche em Buenos Aires


Bateu aquela fome em Buenos Aires e você está com medo em cair em alguma armadilha turística, num restaurante caro, sujo e com comida ruim?


Se você estiver perto de um dos vários pontos de La Continental pela cidade, então você já encontrou o seu oásis. Pode não ser a melhor pizza nem a melhor empanada de Buenos Aires, mas chega bem perto.


Você pode experimentar sem medo as pizzas de mussarela, de presunto com queijo e a napolitana (sempre al molde, que é com a massa grossa, como você verá nas estufas). As empanadas de carne ou presunto também são tradicionais e deliciosas.
Tanto a fatia de pizza quanto cada empanada custa o equivalente a pouco mais de 1 dólar.


Você tem a opção de comer nas mesas, com um preço ligeiramente diferenciado, mais caro, obviamente, além de ser de bom tom deixar uma pequena gorjeta para o garçom. Inclusive, algumas opções de promoções, como de café-da-manhã (da foto acima, que é servida o dia inteiro) ou de combos de pizza e bebida, só podem ser pedidas nas mesas.

Uma opção mais barata é comer de pé no balcão (en la barra), mas em algumas filiais há cadeiras, ou seja, não é tão incômodo.

Você também pode pedir para levar ou pedir para entregar em seu apartamento de temporada ou no quarto do hotel, ligando para a filial mais próxima ou fazendo seu pedido através do site da Continental.


Só não recomendo comer as massas ou as refeições deles (minutas), pois são bastante insossas e a qualidade dos produtos não me parece das melhores, mas pode confiar nas pizzas e nas empanadas, que não tem erro.

La Continental está espalhada por quase toda a cidade, perto do Cemitério da Recoleta, em San Telmo, perto do Teatro Colón no Barrio Norte, e em várias outras vizinhanças.
Descubra qual está mais perto de você e dê uma passada, pois vale a pena.

Site oficial de La Continental
http://www.lacontinental.com/


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05 fevereiro 2012

Cusco para Mãos de Vaca - Sacsayhuaman, a fortaleza cerimonial inca


Os relatos antigos dizem que a cidade de Cusco havia sido construída na forma de um puma, um dos animais sagrados dos incas, e, onde ficaria a cabeça deste puma, localizava-se Sacsayhuaman, uma fortaleza cerimonial.
Vendo a imagem abaixo, com o mapa do centro de Cusco, podemos ter uma noção de como ela deveria ser antigamente, como se fosse um puma deitado (para mim, se parece mais com um lagarto...).


Sacsayhuaman fica distante dois quilômetros de Cusco e a entrada está incluída no boleto turístico. É possível chegar à pé, a partir da Plaza de Armas, subindo pela calle Plateros, que se tornará calle Saphi mais adiante, mas não é muito recomendável, principalmente se você ainda estiver se adaptando à altitude, pois pode ser uma subida bastante puxada.


O melhor mesmo é contratar um serviço de city tour, que custará por volta de uns 5 dólares por pessoas e fará um itinirerário incluindo os principais sítios arqueológicos da região de cusco, como Sacsayhuaman, Qenko, Pukarapuraka e Tambomachay, mesmo sendo o primeiro o mais impressionante de todos, não é tão caro e acaba compensando.

Existem vários serviços de receptivo turístico ao redor da Plaza de Armas e ao longo da Avenida Sol, e nunca se esqueça de barganhar e pesquisar um pouco.


A esplanada da fortaleza é incrível e foi palco de sangrentas batalhas entre os incas e os conquistadores espanhóis. Atualmente, é o cenário do Inti Raymi, uma festa religiosa andina em celebração ao sol, que ocorre anualmente no solstício de inverno.


O ideal é sempre levar um casaco ou um moleton consigo, pois mesmo em dias ensolarados, pode ventar bastante e fazer frio ali em cima.
Se você estiver com um guia, o passeio durará mais ou menos umas duas horas até chegar ao topo das ruínas.


As construções são repletas de significados, e um dos símbolos identificados e mais famosos é o da pata de puma, numa das paredes das muralhas.


De sobre as ruínas, é possível ter uma vista estupenda de toda a cidade de Cusco, inclusive pode-se identificar vários pontos turísticos importantes.

(em detalhe: Plaza de Armas)

Sem dúvida, Cusco é uma cidade encantadora e mágica, onde se pode respirar sua história em cada ruela e em seu povo, extremamente orgulhoso de suas origens e de suas tradições incaicas.

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