Às 10:30, partimos de Pau rumo à Espanha. Logo de cara, três pedágios, um de 7 euros, outro de 2,20 euros e, por fim, um de 1,60, na região de Bayonne. Estávamos, enfim, deixando a França.
Se você espera algo maravilhoso ao cruzar uma fronteira, a experiência pode ser um pouco frustrante, pois não há nada, ou praticamente nada, que indique que você passou de um país para o outro, a não ser as placas de trânsito que, aos poucos, começam a aparecer em outro idioma.
Da Itália para a França, houve somente um discreto sinal dando as boas-vindas e uma inscrição no asfalto, já da França para a Espanha, o único indício de fronteira eram alguns oficiais da aduana logo após o posto de pedágio de Bayonne, e as placas em idioma basco.
Inclusive, esta é uma das línguas mais bizarras que já vi na vida, para a qual não tenho nenhum referencial. Simplesmente não se parece com nada que eu já tenha estudado e, se não houver a tradução para o espanhol, não dá para deduzir do que se tratam as informações. Mesmo assim, se você arranhar um espanhol, poderá se comunicar com todos no País Basco, mesmo que eles queiram se tornar independentes da Espanha e não se considerem espanhóis.
Outra prova que você deixou a França é o comportamento no trânsito. Os franceses são todos certinhos, respeitando limites de velocidade, dando seta para ultrapassagem e um bom espaço entre um carro e outro. Na Espanha, os motoristas voltam a ser um pouco mais agressivos, mas não tanto quanto os italianos.
Já o trecho de estrada entre a fronteira até a nossa primeira parada, a cidade de San Sebastián, foi um dos mais belos de toda a viagem, com colinas verdejantes, ovelhas pastando, rios e cidadezinhas no meio do nada. O pedágio foi de 1,50 euros.
San Sebastián
Esta foi a maior surpresa dentre todas as cidades que passamos. San Sebastián é lindíssima, com uma baía cercada por montanhas, limpa, organizada e segura.
Estacionamos o carro perto da Playa de Concha, que nos custou a cacetada de 4,40 euros por umas 2 horas, mas teve a vantagem de cairmos no meio do burburinho, a poucos metros do centro histórico e do calçadão para o mar.
Apesar do friozinho de uns 16 graus, fazia sol e havia alguns doidos nadando. Como era horário de almoço (e, consequentemente, da maldita siesta!), muita gente estava sentada nos bancos do calçadão, andando de bicicleta ou passeando seus cães.
Ficamos encantados com San Sebastián. Porém, chegar no horário da siesta tem suas desvantagens, estava quase tudo fechado, com exceção de um bar ou outro, onde os locais se reuniam para tapas (ou pintxos, no País Basco) e de alguns restaurantes.
Seguimos direto para o escritório de informações turísticas, num calçadão atrás do Ayuntamiento, pegamos um mapa e nos embrenhamos no pequeno centro histórico.
Por 10,50 euros, compramos dois pães com bife e um refrigerante, que foi o nosso almoço, numa portinha que também servia refeições. Em geral, os preços dos pratos na região eram razoáveis, nada muito extorsivo.
Uma de suas principais igrejas, a Basílica de Santa Maria, estava fechada.
Também demos com a cara na porta da Catedral del Buen Pastor de San Sebastián, um pouco mais distante dali.
Continuamos então a rota até nosso hotel, um Etap (atualmente Ibis Budget) na cidadezinha de Arrigorriaga, numa quebrada onde Judas perdeu as botas, apesar de termos ficado a uns 20 minutos de Bilbao, mas conseguir chegar era tão complexo que nos perdemos várias vezes, vendo o hotel passar do nosso lado da estrada sem sabermos onde entrar.
O pernoite custou 40 euros, com internet e estacionamento inclusos.
Bilbao
Esta é uma cidade que une História com modernidade. A principal atração disparada é o arrojado Museu Guggenheim, que se destaca na paisagem com sua arquitetura futurista. O preço da entrada é salgado, 11 euros por pessoa, então, só vimos por fora mesmo.
Toda a região ao longo do rio é salpicada de obras de arte e belos edifícios, além do Zubiarte, um imenso shopping center, onde o estacionamento é gratuito por duas horas.
O centro histórico é o local a ser frequentado para quem procura bares e restaurantes, sendo que suas maiores atrações turísticas são a Catedral de Santiago, a Alhondiga (antigo armazém convertido em uma zona recreativa, com bares e restaurante), a Plaza Nueva, além de suas próprias ruazinhas características.
Nosso jantar ficou por conta de um combo mais um cheeseburguer do Burger King, no shopping Zubiarte (www.zubiarte.com), por 11 euros.
Foi muito bom chegar, enfim, à Espanha, onde dominamos o idioma e onde o estilo das cidades e das pessoas se assemelham mais ao que nos habituamos na Itália. Mas o que mata mesmo é a siesta, e para isto não tem solução!
Balanço do dia
Distância percorrida: 272 km
Pedágio: 12,3 euros
Estacionamento: 4,40 euros
Hospedagem: 40 euros
Alimentação: 21,50 euros
Total para duas pessoas: 78,2 euros
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