28 agosto 2007

Ligando para o Brasil (utilidade pública)

(Telefone público em Nova York, aparelho para quem tem PHD em telecomunicações, por: Henry Alfred)

Esta é uma dúvida recorrente entre os que entram em contato comigo por e-mail:

- Como faço para ligar para o Brasil, estando em Nova York?

Existem algumas possibilidades, mas falarei de apenas duas:

1 - Cartão Telefônico;

2 - VOIP.

1 - Cartão Telefônico

Apesar de ser país de primeiro mundo, o sistema de telecomunicações dos EUA é bastante bagunçado. Há várias operadoras e cada uma oferece um tipo de serviço, com preços diferenciados. Isto vale desde telefones celulares até para orelhões. Às vezes, numa mesma quadra, há orelhões de três operadoras diferentes, com três tarifas diferentes.

Usar telefone público em Nova York é uma tarefa complicadíssima, recomendado apenas para quem possui QI 200+. Em todas as vezes que precisei usar um telefone público, passei um suadouro sem precedentes.
E há uma razão para que o serviço seja tão confuso: é que ninguém usa orelhão na cidade. Todo mundo tem celular, pra quê telefonia pública
?

Os telefones públicos funcionam com moedas de 25 centavos. Alguns orelhões solicitam 25 centavos iniciais para a operação, e outros 25 para cada 5 minutos, isto para telefonemas locais. Para ligações internacionais, não tenho idéia como funcionaria como moedas, mas, certamente, seria um valor absurdo. Por isto, a melhor alternativa são os cartões telefônicos.
Você pode comprá-los em farmácias, supermercados e Delis, com valores iniciais de 5 dólares. Com um cartão telefônico, você pode falar por um bom tempo com o Brasil, dependendo do cartão, por horas.
Para utilizá-los, você tem de ligar para o número gratuito indicado no verso do cartão (geralmente o toll number), digitar o código do cartão (você precisa raspar também no verso) e o número de telefone no Brasil, com código do país e código do estado. Você pode utilizar o cartão em telefones públicos ou em celulares, e toda vez que você iniciar uma ligação, ouvirá uma mensagem eletrônica indicando o valor disponível. Se você não souber falar inglês, sempre há opção para espanhol.




2 - VOIP

A outra alternativa, e a melhor, na minha opinião, é utilizar um serviço de VOIP. Porém, é preciso ter um computador conectado à internet e microfone.
Eu utilizo o Skype, que é barato e confiável.
O bom deste tipo de serviço é que, se você estiver ligando de computador para computador, a ligação é de graça e praticamente sem delay na voz (atraso). É quase uma ligação telefônica normal. Mas, se você quiser ligar do computador para uma linha fixa ou de celular no Brasil, você precisa comprar os créditos do Skype, com valores iniciais pequenos (nos EUA, 10 dólares). Este serviço se chama SkypeOut e as tarifas por minuto para ligações dos EUA aos Brasil são:

- 8 centavos para Rio de Janeiro;
- 6 centavos para São Paulo;
- 13 centavos para demais localidades;
- 51 centavos para celular.

Ou seja, é quase de graça! Se você falar 10 minutos com alguém de São Paulo, você não terá pago nem 1 real.

O esquema de VOIP é algo que chegou para ficar.

Para conhecer e entender o Skype
http://www.skype.com/intl/pt/



Importante: favor ler as Perguntas Frequentes - FAQ.

21 agosto 2007

Carmine's, prato tamanho família (alimentação)

(Fachada do Carmine's, por: Henry Alfred)

O "Carmine's" é uma típica cantina italiana, com um ambiente agradável e bem iluminado, só falta um tenor gordo cantando uma tarantela. O salão é grande e possui acomodações para grandes grupos, e, o mais importante, os pratos servidos são gigantescos.

Existem dois restaurantes da rede em Manhattan, um no Upper West Side e outro na Times Square (rua 44, entre a Sétima e Oitava avenidas). Conheci apenas o segundo e não me decepcionei.

(Ambiente legal, mas esta é uma das mesas da qual não se pode ver o cardápio, por: Henry Alfred)

A primeira situação inusitada é a ausência de cardápios na mesa. Apesar de ser um restaurante com aparência requintada, os Menus ficam nas paredes, grandes cardápios com os preços dos pratos. Se o garçom quiser deixar-lhe com torcicolo, poderá fazer a sacanagem de botá-lo num canto de onde não se pode ver o cardápio, e daí você ficará lutando para descobrir o que eles servem.

Os preços assustam, inicialmente. Um prato de espaguete com almôndegas (Spaghetti with Meatballs) por U$ 22,50 é assombroso! É macarrão, poxa! Porém, este prato serve tranqüilamente quatro pessoas, então, acaba saindo barato por cabeça. Aliás, espaguete com almôndegas é a recomendação para quem vai pela primeira vez.

Quando eu e minha esposa fomos, pedimos este prato e nos fartamos. Sobrou mais da metade e pedimos para embrulhar, jantamos na mesma noite e almoçamos no dia seguinte. Não somos nenhuma draga, mas um prato que dá para três refeições é uma baita porção.

(Eu sei, sei que falei do Espaguete, mas a Lasanha também é enorme!, por: Henry Alfred)

Mas também não vá com muitas expectativas. A comida é gostosa, mas nem de longe é a melhor comida italiana da cidade. E sinto uma falta tremenda de noque no cardápio. Se você estiver em dupla ou em grupo, o Carmine's é um local obrigatório, porém, há apenas uma restrição, todos terão de comer a mesma coisa, senão, o desperdício será grande e a conta, amarga.

Site Oficial do Carmine's
http://www.carminesnyc.com/


Importante: favor ler as Perguntas Frequentes - FAQ.

14 agosto 2007

Woodbury Outlets - E Vale a Pena? - Parte 2 (compras)

Esta dica estará divida em duas partes:
1 - Woodbury Outlets - A Odisséia
2 - Woodbury Outlets - E Vale a Pena Ir?

Woodbury Outlets – E Vale a Pena Ir?


(Atrás está a torre onde fica o quiosque de informações, pode ser vista de quase todo o complexo, por: Henry Alfred)

O Woodbury Commom Premium Outlets é um lugar pitoresco. Se os shopping centers são já uma criação artificial para simular segurança, o complexo de lojas de Woodbury é a hipérbole do artificial — uma mini-cidade, milimetricamente planejada, a quilômetros de distância da civilização.

(O complexo está vazio porque ainda é cedo, depois, fica lotado, por: Henry Alfred)

São 220 lojas no complexo, distribuídas em ruas e setores. É preciso andar um bocado para ver tudo, mas nada que não possa ser realizado em 4 ou 5 horas. Lá, tem lojas da GAP, Giorgio Armani, Burberry, Coach, Lacoste, Diesel, Dolce & Gabbana, Gucci, Nike, Adidas, Banana Republic, Fendi, Guess, Chanel, Calvin Klein, blá, blá, blá.
Se você quiser uma lista extensiva das marcas existentes em Woodbury, consulte o site do complexo, que fica mais fácil:

http://www.premiumoutlets.com/brands/


(Fachada da loja da GAP, por: Henry Alfred)

Além das lojas, em Woodbury há uma pequena praça de alimentação, sem muita variedade, mas que quebra o galho, afinal de contas, “saco vazio não pára em pé”.

O que já foi dito sobre a Century 21 vale aqui também — nem sempre é fácil encontrar algo que preste por um bom preço. Existem inúmeras promoções, porém, tão surreais que é difícil classificá-las como tal, uma bolsa da Burberry de 2 mil dólares por mil dólares é um baita desconto (de 50%), no entanto, mesmo assim é um absurdo de caro. Ainda mais se pensarmos logicamente que, se alguém está disposto a pagar mil dólares numa bolsa, esta pessoa pode pagar tranqüilamente 2 mil sem precisar enfrentar duas horas de viagem.

Na vez que fomos, duas lojas que realmente me chamaram atenção por ter produtos bons e baratos foram a Timberland, com botas para caminhada e montanhismo, e a Fossil, com relógios e bijuterias.

(Edifício da praça de alimentação, por: Henry Alfred)

Alguém comentou, numa comunidade do Orkut, que o bom é levar pelo menos 2 mil dólares para gastar em Woodbury, e isto não está muito longe de ser verdade. A grosso modo, uma ida até o complexo de Woodbury nem se enquadraria no propósito do blog “Nova York para Mãos-de-Vaca”, que é de apresentar dicas de lugares baratos, quase de graça, ou de graça em NY. Mas, como muita gente estava me perguntando sobre Woodbury, achei que deveria emitir minha opinião.
Se você não está indo com o bolso cheio de dinheiro e pretende comprar apenas um tênis e uma camiseta, acho que ir até Woodbury é perda de tempo e de dinheiro, só o fato de não ter de gastar o preço da passagem já compensa para que você mude de idéia.
Não é o tipo de lugar para se ir querendo economizar, nem se você for passar poucos dias em Nova York; perder um dia inteiro para ir a Woodbury é desperdiçar a oportunidade de conhecer melhor Manhattan, que é bem mais interessante e divertida.

E, por fim, se você quiser dar uma fugida para um shopping grande nas proximidades de Manhattan, você pode dar uma escapada até o Jersey Gardens, que não é tão badalado e benquisto quanto Woodbury, mas possui ótimas lojas e preços equivalentes, só que fica a meia hora de Nova York e dá para ir de graça nos finais-de-semana, além disto, pode-se aproveitar e passear na megaloja da IKEA, com artigos de decoração e móveis. Só que isto é assunto para outra dica...

Site do Woodbury Commom Premium Outlets
http://www.premiumoutlets.com/


Não deixe de conferir a dica Woodbury, 2 anos depois.


Importante: favor ler as Perguntas Frequentes - FAQ.

09 agosto 2007

Woodbury Outlets - A Odisséia - Parte 1 (compras)



Esta dica estará divida em duas partes:
1 - Woodbury Outlets - A Odisséia
2 - Woodbury Outlets - E Vale a Pena Ir?

Pelo visto, a moda entre os brasileiros que vêm a Nova York é dar uma esticada até Woodbury Common Premium Outlets. Até antes de começar a escrever este blog, eu nem havia ouvido falar deste complexo de lojas, mas foram tantas as perguntas, sobre se valia a pena, como era mais barato para se chegar lá, que me senti um pouco na obrigação de descobrir como responder a esta indagação.

Woodbury Outlets – A Odisséia

O complexo de Woodbury é longe, mas muito longe mesmo! A distância entre Manhattan e Woodbury é de praticamente 100 quilômetros, ou seja, para quem quer empreender esta viagem, é necessário dedicar um dia apenas para isto.

Existem três principais alternativas para se chegar a Woodbury Outlets, a primeira dela, caso você tenha a carteira de motorista internacional e um cartão de crédito, é alugar um carro e pôr o pé na estrada. Como não sei dirigir, não saberia informar nada sobre como isto funcionaria. Talvez, se você estiver indo com várias pessoas, este seja o meio mais barato, mas não posso confirmar isto.

A segunda opção é de ônibus, aliás, este é o meio mais utilizado pelos turistas que querem comodidade. O preço é salgado, 40 dólares ida-e-volta, mas o ônibus o leva da rodoviária (Port Authority Bus Terminal) até o complexo de lojas, e possui vários horários.


(O pessoal embarcando no trem, por: Henry Alfred)

A terceira opção é a mais barata que encontramos, porém, tem alguns revezes. Pegar um trem para fora de Nova York causa sempre fortes emoções. Como não estamos acostumados com este tipo de sistema de transporte, tudo, desde a compra dos bilhetes até como fazer conexão é um mistério. Há sempre aquela insegurança: “Será que estou na plataforma certa?”

Pega-se o trem na Penn Station de Nova York, uma imensa ferroviária sob o Madison Square Garden, de lá, partem trens para todos os EUA.

Para ir até Woodbury, você utilizará os serviços do NJ Transit, os bilhetes podem ser comprados em máquinas espalhadas pela ferroviária, o trajeto ida-e-volta custa a “bagatela” de U$ 16,25. O trem é confortável e confiável, mas deixa o passageiro de primeira viagem preocupado. Não é como o metrô de Nova York, que avisa qual é a próxima estação, se você não ficar de olho, vai embora mesmo, sabe Deus para onde. Além disto, é necessário fazer uma conexão.


(É aqui que você compra a passagem, por: Henry Alfred)

Segue abaixo o procedimento para a compra dos bilhetes:

1 – Escolha o idioma, entre Inglês (English) e Espanhol (Spanish); faremos a simulação em Inglês;

2 – Digite o número das estações de partida e chegada. Você estará partindo (from) da Penn Station NY, cujo código é 000 (zero-zero-zero), e irá até (to) a estação de Harriman, com o código de 792.

3 – Selecione a opção Off Peak Round-Trip Adult, que quer dizer, “Viagem de Ida-e-Volta, fora do horário de pico, para um adulto”, isto se você for um adulto, isto é, para eles, maior de 11 anos. Clique em Continue.

4 – Escolha a forma de pagamento. Se você for pagar em dinheiro, não se esqueça que o troco máximo é de 6 dólares, por isto, não chegue com uma nota de 100 dólares. Digite o número de quantos bilhetes (tickets) você deseja. Por fim, pressioner Print (imprimir).

Pronto, você está com sua passagem para Woodbury Outlets em mãos! O mais fácil foi feito.


(Num monitor como este, você verá em qual plataforma você embarcará, por: Henry Alfred)

Agora surgem as dificuldades: primeiro, descobrir em qual plataforma chegará o seu trem. Há monitores na Penn Station para indicar isto, mas fique atento se você está olhando para os monitores da NJ Transit, pois há também monitores da Amtrak. O problema é que o número da plataforma só é indicado minutos antes do embarque, então, fica todo mundo aglomerado, esperando e, quando o número aparece na tela, a multidão avança para as escadas, para garantir um bom lugar no trem.


(Os bilhetes, à esquerda, de NY para Harriman, à direita, o bilhete da volta, por: Henry Alfred)

Você reparará que não precisa passar o bilhete em nenhuma catraca, nem nada. Basta entrar no trem e se acomodar. Isto ocorre porque você pode entrar sem pagar, e, quando o bilheteiro passar, ele cobrará de você, porém, um preço bem mais alto do que aquele pago na máquina.
Deixe o seu bilhete à mão, para ser picotado pelo bilheteiro. Atenção, o bilhete lhe será entregue novamente, guarde-o bem, pois você precisará dele na conexão.

O tempo de viagem até a junção de Seacaucus é de menos de 20 minutos, bem rapidinho. É a primeira estação do trem.


(Plataforma de trem na Junção de Secaucus, por: Henry Alfred)

Quando você desembarcar em Seacaucus, você precisa ser rápido. O intervalo entre a conexão dos trens é pequeno, de poucos minutos, se você ficar zanzando muito, perderá o trem e terá de esperar mais de uma hora até o próximo trem para Harriman. Se você ficar em dúvida para onde ir, pergunte a algum funcionário da estação (nem sempre há algum por perto), mas você terá de subir uma escada, passar por uma catraca com o mesmo bilhete que você comprou na Penn Station e descer novamente para pegar a conexão. E importante, ainda não é hora de jogar fora o bilhete.
Reafirmo:

“O bagulho é nervoso, mano!”


(Estação de trem de Harriman, por: Henry Alfred)

Depois de você haver embarcado com sucesso no trem para Harriman, daí, você quase pode relaxar, pois demora mais de uma hora para chegar ao destino. Porém, é importante ficar atento para não passar a estação. Desta vez, o bilheteiro recolherá seu bilhete.

Chegando em Harriman, outra viagem, desta vez curta. Há um ônibus que realiza o trajeto entre a estação de trem e o complexo de lojas. O ônibus custa U$ 1,60 por cada trajeto, mas só tem um horário de manhã de ida, e um horário à tarde de volta; além disto, este ônibus só opera nos finais-de-semana.


(Ônibus entre Harriman e Woodbury, por: Henry Alfred)

Você também tem a opção de pegar um táxi da estação até o Outlet, custará no máximo 10 dólares, mas daí já começa a ficar cara a brincadeira.

Pegar o trem é bem mais barato do que ônibus, porém, só recomendo para aqueles que conseguem falar um pouco de inglês para pedir indicações, e, mais do que isto, inglês suficiente para entender as respostas. A viagem de trem custa praticamente a metade do preço do ônibus.

No site abaixo, há todos os horários do trem, da conexão e do ônibus entre a estação do trem e Woodbury.

http://www.mta.nyc.ny.us/mnr/html/getaways/outbound_woodbury_commons.htm

(Avançar para Parte 2)




Importante: favor ler as Perguntas Frequentes - FAQ.